É agora do domínio público que, durante a última reunião da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Tomar, ocorreram situações menos correntes. Desde logo, o reduzido número de presentes. Ao que nos foi possível apurar, menos de 40, numa agremiação com mais de 1.200 membros. Depois, as queixas repetidas de que antigos "irmãos" são agora designados por sócios, nos recibos das contribuições mensais. Quando solicitaram esclarecimentos, foi-lhes dito que o programa do computador não aceita a denominação de "irmão". Como se agora os computadores também começassem a emitir opiniões políticas.
Outra questão estranha, foi a apresentação e subsequente votação favorável, após ligeira alteração, de uma moção condenando uma notícia, publicada pelo semanário O Templário, sem todavia explicitar se na citada peça havia algum erro, exagero ou falsidade. E se não fora a oportuna e convincente intervenção de um dos "irmãos", até um antigo dirigente daquela Santa Casa teria sido criticado, por ter feito uso dos seus direitos legais, ao prestar breves declarações que o referido jornal publicou. Cabe acrescentar que o "irmão" em causa goza de grande prestígio e excelente reputação na cidade e no concelho, encontrando-se actualmente enfermo, pelo que não comparecera na mencionbada assembleia.
Facto igualmente insólito, é que a actual Mesa da Irmandade nem sequer pode alegar falta de experiência política, pois não só o seu provedor já foi vereador e é agora membro da Assembleia Municipal de Tomar, como a supracitada moção foi apresentada por ex-dirigente partidário e ex-autarca de um partido conhecido pela sua abertura e tolerância. Assim sendo, nos meios sociais muita gente se interroga sobre o caminho que a Santa Casa está a trilhar, posto que até já pretende impôr a "lei da rolha" à imprensa local, o que é intolerável e por isso aqui se denuncia.
A próxima assembleia daquela Santa Casa será em Março 2009, salvo se entretanto um grupo de 30 ou mais "irmãos" decidir solicitar a convocação de uma assembleia extraordinária, pois neste caso a referida reunião será obrigatória. De acordo com algumas fontes contactadas por Tomar a dianteira, esta última hipótese continua a ser fortemente ponderada.
A velha senhora indigna (com parte da redacção)
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