Fontes do PSD local, contactadas por tomaradianteira na sequência da entrevista de Corvelo de Sousa, hoje publicada no semanário Cidade de Tomar, manifestaram a sua insatisfação, por considerarem tais declarações redundantes e inoportunas. Acrescentaram não entender o que poderá ter levado o actual presidente a afirmar que só manterá as actuais orientações de António Paiva até final do mandato, quando é sabido que nunca dele discordou enquanto ocupou o lugar de vice-presidente. Os mesmos militantes disseram duvidar que Corvelo de Sousa, no caso de vir a ser designado cabeça de lista, consiga realmente elaborar, nas actuais circunstâncias, um plano de trabalho alternativo, sem a ajuda de Paiva.
Assinalaram igualmente que cresce a tensão no partido, por não se vislumbrar solução para o problema desencadeado por protagonismos e rivalidades pessoais, os quais tornaram praticamente impossível o surgimento de uma lista PSD unitária, integrando todos os elementos da actual maioria. No quadro actual, disseram, se Carrão for o cabeça de lista, Corvelo não aceita ir em 2º; mas se o cabeça for Corvelo, Carrão ameaça ir como independente à cabeça de outra lista.
Para agravar as coisas, os resultados da anunciada sondagem para desempatar, tardam em ser conhecidos. Um elemento do PSD, contactado informalmente por uma amigo deste blogue, estranhou que ainda não sejam conhecidos os referidos resultados, uma vez que já passaram três semanas e as sondagens se fazem normalmente em três dias, o que pode levar ao aparecimento de dúvidas sobre as reais intenções de quem encomendou a sondagem.
As fontes citadas em abertura manifestaram igualmente o seu desacordo com o facto de o futuro cabeça de lista do PSD poder vir a ser designado só em Março. Acham que para bem do partido, designadamente para o indispensável apaziguamento interno, o candidato a presidente devia ser conhecido antes do Natal e nunca depois.
Sebastião Barros
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