Redacção de Tomaradianteira
Colaboração PAPELARIA CLIPNETO
Quem, como nós, se der à tarefa de comparar a imprensa da região desta semana, concluirá, sem grande esforço, que há aqui na zona duas realidades - a tomarense e a distrital. Exemplos verificáveis: O Ribatejo escreve sobre Plano Regional de Apoio às Empresas; Maior crise desde 1975; PSD preocupado com desemprego, que vai ultrapassar os 10% na região; Da crise global à crise local; O Templário penhorado por decisão judicial. Referido no semanário de Santarém, o periódico tomarense de Além da Ponte enche a primeira página com Stand de motos assaltado, Redução de serviços no Centro de Saúde de Marmelais gera descontentamento e Presidente da Câmara de Ferreira do Zêzere ouve sentença no dia 18. No interior refere-se que a Antiga Cerâmica da Portela vai para processo de insolvência, o autarca da Madalena anunciou recandidatura e Tribunal de Tomar 5 dias sem telefone. Se não fora a peça, corajosa e frontal como sempre, subscrita por Isabel Miliciano, ficava-se com a impressão de estarmos a consultar um jornal de faits-divers, conhecido em certos meios por "imprensa de faca e alguidar". Os mais argutos poderão até arguir que o semanário dirigido por José Gaio só não fala da penhora de que é alvo, porque o tribunal de Tomar, privado de telefone e fax durante 5 longos dias, ainda não teve tempo, nem oportunidade, par avisar o jornal.
Igualmente esta semana, O Mirante fala sobre o plano da Nersant contra a crise ( ver acima), da iniciativa "Máquina do Tempo" que vai ajudar a conhecer o Convento de Cristo, dos 10 anos da "Mostra da Lampreia" em Tomar e dos problemas de Além da Ribeira, denunciados pelos socialistas nabantinos, que visitaram aquela freguesia. Comparativamente, Cidade de Tomar diz que Convento de Cristo guarda há décadas todo o espólio arqueológico municipal; Corvelo de Sousa candidato à Câmara, Miguel Relvas à Assembleia; Carnaval de Tomar favorecido em relação ao da Linhaceira; Tomarpolis será extinta até final de Junho; uma página com curiosidades de namorar em Tomar; 2 páginas sobre os Serviços de Acção Social do IPT, onde por mero acaso um dos administradores do jornal dá aulas e uma curiosa crónica, na qual Jorge Franco manifesta descontentamento em relação aos políticos da cidade, sem que se vislumbre porquê ou para quê. Na última página, novamente a novela das escavações junto ao Cemitério Velho, desta vez para referir que já foram encontrados mais de 3.400 esqueletos. Qual o interesse de tudo aquilo? Que elementos importantes já foram recolhidos e devidamente estudados? De que séculos são os restos mortais já achados? Como foi efectuada essa datação, onde e quando? Quanto é que já custaram as escavações? Quem vai pagar, caso a empresa que construiu a ponte alegue trabalhos a mais? Eis algumas das perguntas a que nem o semanário mais antigo da cidade nem qualquer outra entidade julgaram útil responder. Pelo menos até agora.
Concluindo, de modo simultaneamente abrangente e breve, citamos um elemento aqui da redacção, que pediu o anonimato, por razões óbvias. "Com a imprensa local que temos não há espaço para jornais humorísticos."
2 comentários:
Caro amigo Rebelo está preocupado com a penhora do Templário?
Pois eu, garanto-lhe por todas alminhas deste mundo, incluindo a minha e a sua, que é assunto que não me preocupa absolutamente nada!
Nunca se esqueça do velho ditado:
"Os cães ladram e a caravana passa!"
Quanto à análise que faz da imprensa tomarense e no que toca a "O Templário", fazemos jornais para o público, não para alguns intelectuais da nossa praça. Esses têm os blogues quando lhes apetece.
Com os melhores cumprimentos
nthi
Isabel Miliciano
Oh Tó como é que filtras uma série temporal mensal? Usas o filtro HP e depois um lambda igual a 400, não é?
Vá vamos ver do que és capaz!
Deixa lá a Miliciano e o marido que é como ela diz: os jornais são para o povo não para velhos armados em intelectuais.
Vai doutorar-te e estuda econometria. Usa o RATS como package de tratamento dos dados. Quem te avisa teu amigo é, Tó!
E vai à tua vida que ninguém te liga, pá!
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