terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

ELEIÇÃO PARA O CONGRESSO DO PS

O PS/Tomar escolheu, por voto secreto em urna, na passada sexta-feira 13, os seus delegados ao Congresso do partido, tendo igualmente votado o seu secretário geral, José Sócrates, que era candidato único ao cargo.
Votaram 63 pessoas, das mais de 300 inscritas, o que corresponde, segundo o próprio PS local, a 17% de participação. Ou seja, verificou-se uma abstenção de 83%, acrescentamos nós. Em ano eleitoral, quando a grande maioria dos voluntariamente filiados num partido se afasta das eleições internas, será que estamos no bom caminho? Será que, pelo menos, vamos na boa direcção?
Assim à primeira vista, tendo em conta que, aquando da escolha do cabeça de lista para a Câmara, votaram todos os que tinham direito a voto, há duas interpretações possíveis para a esmagadora abstenção do passado dia 13: Hipótese A - Os filiados já perceberam que com o anunciado candidato vão sofrer (mais) uma pesada derrota, pelo que não vale a pena continuar a perder tempo com actos inconsequentes a nível local; Hipótese B - Como usualmente, foram votar apenas os instalados à mesa do orçamento, respectivos acólitos e um ou outro aspirante.
Em qualquer dos casos, pode-se dizer, sem ponta de exagero -Isto está a ficar bonito, está!
Até o secretário-geral Sócrates, igualmente primeiro-ministro, para o qual não se vislumbra candidato alternativo em qualquer dos casos, conseguiu apenas 83% dos 17% que foram votar, o que corresponde a 54 inscritos. Isto é que vai uma crise!

13 comentários:

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Essa colagem duma eleição para o secretário geral, que é figura por vezes pouco amada, em especial pelos próprios socialistas, à escolha do candidato local, parece um pouco tendenciosa, não lhe parece?
Todos sabem que você também foi candidato, e perdeu!

Anónimo disse...

Sr. Dr. António Rebelo, está a ver.

Escusava bem de ouvir isto, mas pôs-se a jeito....

Parabéns ao Kim-Il-Sócrates pelo seu resultado esmagador!

É obra!

O Paulinho das Feiras não atingiu esse magnífico score de 96%, ficou-se dez pontos abaixo!

E depois dizem que o ditador é o Hugo Chavez!!!!!

Viva a demUcracia! à portuguesa!

Sebastião Barros disse...

Realmente, os tomarenses continuam a surpreender. Mesmo quem cá vive há mais de 50 anos. É que têm cá uma maneira de ver o mundo e os seus problemas, que é de se lhe tirar o chapéu.
1º Ponto: Quem foi que lhe garantiu que o escriba de serviço era o Rebelo? Mais ninguém cá no blogue sabe escrever? 2º Ponto:Não se tratou de uma eleição para secretário-geral, como o próprio título mostra, mas de duas eleições. Uma para escolher os delegados ao congresso, outra para eleger o secretário-geral. 3º Ponto: Não se percebe onde foi você desencantar uma "colagem um pouco tendenciosa", só porque se compara a participação unânime na escolha do candidato à câmara, com estes pobres 17% para a escolha dos delegados ao congresso, decorridos poucos meses. Repare que se subtrairmos os 30 e tal membros da Comissão Política, só outros tantos se incomodaram a ir votar. Temos de concordar que é muito pouco e mostra claramente uma tendência. 4º Ponto: Está no seu pleno direito ao afirmar que houve colagem tendenciosa, até porque o faz de forma correcta e polida. Mas diga-me uma coisa: Se não se pode comparar uma eleição local com outra eleição local, ambas com o mesmo universo eleitoral, então pode-se comparar com quê? Com o comprimento da barba do Che Guevara, quando foi assassinado?
5º Ponto: Ainda que não tenha sido o caso, mas apenas para salvaguardar o futuro, onde é que está escrito que os candidatos vencidos não podem comentar ou comparar resultados eleitorais, desde que não alterem os factos?
6º Ponto: Cada um é livre de interpretar factos como muito bem entende. Quando, porém, nega coisas evidentes, não poderá queixar-se se caír no descrédito total.

Anónimo disse...

Tenho a opinião que é como uma votação para a constituição da equipa e que se lixe o treinador e que se amanhe e que outra será a atitude quando for "contra a equipa adversária".

Anónimo disse...

Se é verdade que a participação é fraca por falta de confiança ou identificação ou o que seja, nos homens cá do sítio, e uma vez que esta votação decorreu simultaneamente em todo o país, como terá sido nos outros concelhos?
Talvez pudessem apurar isso, para sermos melhor esclarecidos.
E já agora apurar também como costuma ser nos outros partidos.
E para ser completa a investigação, apurar igualmente quando é que acontecem eleições no grupo dos independentes, e quantos são os inscritos.

Assim sim, teríamos a totalidade do cenário, para podermos verificar da veracidade da tese apresentada.

Anónimo disse...

SÓCRATES REELEITO SECRETÁTIO GERAL DO PS

Ena, foi uma eleição à Salazar: candidato único com 96% dos votos. Onde é que eu já vi isto?

Sebastião Barros disse...

Para anónimo em 09:42:
Tem toda a razão! Assim que conseguirmos fundos para tanto, vamos recolher os dados de todo o país e de todos os partidos. Faremos até mais: solicitaremos ao Zapatero, à Aubry, ao Brown, e assim sucessivamente, de forma a conseguir uma base de dados sobre todos os resultados de todos os partidos socialistas na Europa. Para já, e logo que haja carcanhol para isso. Mais tarde, tencionamos mesmo indagar onde é que há mais partidos socialistas, além da América do Sul, e recolher os respectivos dados eleitorais. Claro que depois, restará ainda saber como irão as coisas aí pela nossa galáxia. Mas lá chegaremos também.
Agora falando a sério: Onde é que você conseguiu vislumbrar uma "tese apresentada"? Não há tal coisa, criatura. Apenas se apresentaram factos e se relacionaram. Se isso é uma tese, então um trompetista é uma orquestra.
Ainda um outro detalhe: Qual a relação entre os independentes e aquilo que foi escrito? Se está tão interessado em saber essas coisas, faça-nos um grande favor. Tente conseguir o máximo de dados verídicos e mande-os aqui para o blogue, sob forma de mensagem. Antecipadamente muito agradecidos, lamentamos a sua dor, mas já sabíamos muito bem que a verdade nua e crua aleija sempre.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Continua a não ter razão, e a querer esconder o que é evidente, que há uma tese: a de que os socialistas em Tomar não votaram mais porque não creem nos dirigentes locais ou no candidato por eles escolhido.
A falha na tese é que, do que penso saber, tomar teve das maiores, senão a mair taxa de participação do distrito.
Assim, será que os socialistas abrantinos também não estão satisfeitos? Ou os torrejanos, ou os scalabitanos, ...

Sebastião Barros disse...

Para anónimo em 17:02:
Admitamos, então, que há uma tese. Mesmo assim, como explicar de maneira convincente o seguinte: Para a escolha interna do cabeça de lista, o universo eleitoral era de 32 (salvo erro) e votaram todos. Meses volvidos, com um universo eleitoral superior a 300, foram votar apenas 63. Ou seja, presume-se os 32 "do costume" e mais 31. Será isto normal? Quais serão as causas reais?
É fácil escrever que nos outros concelhos do distrito, etc e tal... E os números oficiais? Onde estão? Onde foram publicados?
Você parece tão bem informado que achamos estranho que ignore o que vai, designadamente, por Santarém e por Abrantes. Em Santarém quase ninguém se entende no PS. Até já foram convidar o Moita Flores para cabeça de lista. Em Abrantes o Nelson bateu com a porta, após 15 anos de bons e leais serviços, mas absteve-se de explicar a sua retirada de modo convincente. Com exemplos destes... Mais valia estar calado.

Anónimo disse...

PS o voto que estarrece!!!!!!!!!!!
Se não é parece!!!

Anónimo disse...

PS o voto que estarrece!!!!!!!!!!!
Se não é, parece!!!