quinta-feira, 25 de julho de 2013

Doenças graves

Informei os leitores em tempo oportuno que iria suspender os escritos neste suporte, devido a problemas graves de saúde na família. E assim tem sido, ou quase. Apenas procuro publicar os incidentes mais urgentes, preocupado e assoberbado que ando com a doença da minha senhora (acho o vocábulo "esposa" inadequado por demasiado piroso). Para mal dos meus pecados (que são muitos, bem sei), outra doença me atazana o espírito, por ser de certo modo ainda mais grave que a antes mencionada. Falo da decadência aguda da comunidade tomarense.
E refiro de certo modo mais grave porque, enquanto no caso da mãe do meu filho, tudo está a ser feito para  ultrapassar a maleita, havendo até já um projecto para a levar ao estrangeiro, se tal vier a ser necessário, no caso da cidade e do concelho -NADA! A autarquia e os autarcas nabões continuam alegremente a nadar.
O senhor Carlos Carrão, que é o mais humilde dos três da troica do poder, tem pelo menos o mérito de nada prometer, além das usuais festarolas bem regadas e de uma nova etapa, ninguém sabe com quem, para onde, porquê ou para quê. Na verdade apenas procura manter o seu ganha-pão actual, que lhe é indispensável para poder continuar a assegurar a educação dos filhos. Quanto à sua actuação política, basta lembrar que o executivo decidiu contratar mais funcionários efectivos, numa altura em que por esse país e por essa Europa fora se fala sobretudo em despedir "servidores" do Estado, tornados redundantes pelos servidores informáticos.
A senhora licenciada Anabela Freitas -uma simpatia, que todavia não responde às ofertas de ajuda- dá mostras de grande entusiasmo na divulgação da cartilha socratino-segurista, prometendo tudo a todos, a começar pela MUDANÇA, que por enquanto ninguém sabe em que consiste. Exactamente como o seu secretário-geral, que apregoa medidas como por exemplo a renegociação do memorando de entendimento ou os eurobonds, sem previamente ter consultado os nossos credores, que obviamente não estão para aí virados. O senhor licenciado Seguro anda portanto a difundir balelas oportunistas e a senhora licenciada Anabela idem.
Não estando em causa a pessoa, ainda que o seu feitio tenha umas arestas que se fossem limadas só o beneficiariam, o licenciado Pedro Marques e a sua formação IpT constituem uma verdadeira chaga no cada vez mais mirrado corpo nabantino, ao implicar quase obrigatoriamente um poder a três, fórmula que não será a  melhor para encetar novos e indispensáveis caminhos por estas bandas. Como é sabido, capitaliza sobretudo votos que seriam do PS, partido com o qual de facto não quer negociar. Beneficia assim um PSD exausto e seco de ideias, que nos arrasta para a irrelevância regional.
Restam os outros três intervenientes, com destaque para o engenheiro Bruno Graça, que tem prestígio e obra feita, mas está outra vez numa formação cujo futuro já foi. Como sucedeu com as defuntas UDP, FEC/ML e  OCMLP. É pena.
Bem sei que há as tertúlias, ao que parece muito frequentadas e animadas. Porém, mesmo tendo em conta que em política o que parece é, na verdade o tempo das tertúlias, das doutrinas tentadoras e da esquerda em geral já passou. Agora chegou a era do res non verba. Nós é que continuamos bastante atrasados nas ideias dominantes em relação à Europa e ao Mundo. A nossa doença do costume. Insistimos de forma obstinada na falsa ideia de que os outros vão esperar por nós...

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