segunda-feira, 29 de julho de 2013

PSD - Tomar: Continuidade sem evolução



Apareceu finalmente de forma pública a lista laranja nabantina. Conforme era previsível, trata-se de gente jovem, séria, ambiciosa,  trabalhadora e por aí fora. O pior é o substrato político. E a gritante falta de ideias originais e fecundas. Carlos Carrão consegue o seu sonho, não de toda uma vida, mas de quando percebeu que nesta terra tudo é possível com o actual sistema eleitoral de listas aferrolhadas. Ascendeu à cabeça e tem algumas hipóteses de ganhar tangencialmente. Não por mérito próprio ou dos seus acompanhantes. Apenas por manifesta inépcia dos adversários, uns escravos de fantasias, outros de ideias fixas, outros ainda de afigurações de tipo megalómano.
Em segundo lugar vem o jovem causídico João Tenreiro, inicialmente adversário interno de Carrão, posto que apoiante de António Lourenço dos Santos, que as instâncias partidárias rejeitaram, vá-se lá saber porquê. Capelinhas, está bom de ver. Trata-se portanto de um prémio de consolação para Tenreiro. Assim uma espécie de porta-chaves a comemorar o facto de ter engolido o sapo e passado a apoiar o que antes criticara. Por ser um neófito em funções autárquicas, vai seguramente passar um mau bocado, pelo menos até se inteirar da vida camarária, com os seus múltiplos alçapões e outras tantas ratoeiras.
Maria Luísa Oliveira é outra principiante, que aparece em terceiro lugar unicamente devido à sua condição feminina. Tanto mais que a seguir temos o actual vice-presidente, José Perfeito, que no actual mandato passou de quarto a segundo, o que pode bem ser uma indicação do que virá a suceder uma vez mais, caso o PSD consiga vencer. Com efeito, não fora o problema Tenreiro e o contingente feminino obrigatório, o actual vice seria naturalmente o segundo da lista. Nestas condições, uma vez eleito, com maioria absoluta ou relativa, Carrão renovará a indicação de Perfeito como vice-presidente, assim transformando Tenreiro e Luísa Oliveira em dois jarrões chineses. Ou dois autarcas no regime de formação remunerada em exercício.
Maldade minha? Má vontade? Que não, que não! Apenas uma singela constatação interrogante: Que se pode esperar de dois autarcas experientes e bons conhecedores da casa, secundados por dois principiantes em política autárquica? Carrão e Perfeito já demonstraram não ter qualquer programa credível ou sequer vontade de o apresentar. Os outros dois têm? Vai daí, A ser assim, vamos ter mais quatro anos de continuidade sem evolução. Triste sina a nabantina!

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