Redacção de tomaradianteira
Vítima da sucessivas "sangrias", ainda por explicar cabalmente, o Hospital de Nossa Senhora da Graça vai rumando para a desgraça. Tal como acontecia com os pacientes, que até finais do século XIX eram submetidos a tal terapêutica, exteriormente está como o mesmo aspecto (só precisa de uma pintura com forte aditivo contra os fungos...), mas interiormente está cada vez mais "doente". Hoje um serviço, amanhã uma especialidade, depois uma secção, mais tarde um arquivo, etc. etc. De "sangria" em "sangria", os recursos humanos e materiais vão sendo transferidos para Abrantes ou para Torres Novas, sem qualquer justificação coerente e aceitável. É ou não verdade que o hospital nabantino é o mais moderno, o mais vasto e o melhor apetrechado dos três? Sendo assim, porque persistem em retirar-lhe pouco a pouco, pela calada, valências, recursos, serviços, etc.?
À falta de argumentos clínicos ou humanos, resta um dos mais plausíveis -por razões políticas.
Como se sabe, Abrantes é, desde há muitos anos, o "feudo político" do actual secretário de Estado Jorge Lacão, presidente da Assembleia Municipal abrantina. No mesmo sentido, o PS distrital, sobretudo após ter perdido Santarém, ao cabo de 30 anos de gestão tosca, considera "território socialista" Abrantes, Torres Novas e Entroncamento, enquanto Tomar, Ourém e Ferreira são
"território PSD", mais precisamente "o feudo do deputado Miguel Relvas". Nestas condições, sem grandes hipóteses de vencer em Tomar, ou em qualquer uma das outras duas, mas com fortes possibilidades de perder em Abrantes, dada a brusca e inexplicada renúncia de Nelson Carvalho a novo mandato, trata-se a nosso ver de ir confortando Abrantes e Torres Novas/Entroncamento, transferindo paulatinamente recursos humanos e materiais para zonas onde o total de habitantes não justifica a sua existência. Num segundo tempo, os pacientes terão de ir para onde existem os tais recursos, engordando assim as estatísticas. Finalmente, com os gráficos comparativos na mão, será então muito mais fácil pedir obras de modernização, equipamentos e recursos humanos.
Temos de reconhecer que está bem arquitectado e que tem sido feito com muita habilidade. Tanta habilidade que, aqui em Tomar, nem a autarquia, nem os autarcas, nem os partidos, nem a população em geral, julgaram ainda útil manifestar a sua indignação. Devem aguardar, como é costume que "eles resolvam". Resta saber quem são "eles".
Só a jornalista Isabel Miliciano, com a sua habitual frontalidade, escreveu sobre a perigosa e estranha situação, mais do que uma vez, nas colunas d'O TEMPLÁRIO. Não teve, todavia, o casião de efectuar a para nós óbvia ligação entre a recente demissão do director clínico do Centro Hospitalar, o conceituado e respeitado médico cirurgião João Vieira da Luz, bem como a do médico Gomes Branco, algum tempo antes. Embora nenhum destes clínicos tenha explicado publicamente as razões dos respectivos abandonos de funções de alta responsabilidade, por isso mesmo bem remuneradas, sabemos que foram basicamente motivadas, em ambos os casos, por terem percebido que, na nossa área, a saúde está a ser gerida em função de orientações políticas, ao arrepio das melhores práticas clínicas.
No caso de Vieira da Luz, conquanto persista no silêncio sobre a questão, terá sentido bastante desconforto, designadamente no caso dos tarefeiros e no das transferências de recursos para fora de Tomar, tendo decidido apresentar a sua demissão quando chegou à conclusão que estava a ser usado como "fachada respeitável" para decisões menos aceitáveis e sobretudo político-partidárias.
Resta aguardar que as forças políticas tomarenses resolvam, finalmente, fazer alguma coisa, sendo certo que tanto os "funcionários" do PS como os do PSD vão garantir que tudo o que acabámos de escrever não passa de uma campanha contra...etc. etc. Compreendemos perfeitamente. Antes da mais há que garantir a manutenção da actual situação. E se os eleitores resolvem acordar, corremos o risco de vir a ter o caldo entornado, em diversas áreas e para diversas pessoas.
Dado ser preferível prevenir do que remediar, se por acaso ouvir alguém repetir que a nossa explicação não é verdadeira, tenha na ponta da língua a pergunta adequada: -Então qual é a explicação para tanta decisão ao arrepio da lógica, sempre para prejudicar Tomar?
29 comentários:
Tomar foi prejudicado quando foi decidida a construção deste hospital.
Numa zona onde há mais dois hospitais, tomar só tinha sido beneficiado se tivessem tido a coragem de rejeitar este hospital e investir o dinheiro em acessibilidades aos outros dois.
"Tomar" e não "tomar" como é óbvio.
É um ponto de vista respeitável, que nunca ninguém defendeu publicamente em Tomar. Como qualquer outro, carece de demonstração. Até porque o hospital de Abrantes foi construído após concordância do então presidente da câmara de Tomar, a quem disseram que o hospital abrantino estava pior que o de Tomar, onde tinha havido obras de modernização pouco tempo antes. Por isso, disseram-lhe, era melhor fazer PRIMEIRO em Abrantes e A SEGUIR em Tomar. Torres Novas só passou a ser hipótese anos mais tarde, graças à inércia tomarense.
De qualquer maneira, a história nunca se fez nem se faz com SES. O mesmo é dizer que devemos considerar sempre o que é, nunca o que poderia ter sido. E aqui vem a pergunta sacramental: Devemos mandar os doentes para onde existem as especialidades, que entretanto também foram deslocadas para lá? Ou, pelo contrário, manter e/ou criar especialidades onde estão os doentes? Afinal, a distância de Tomar a Abrantes ou Torres Novas é exactamente a mesma que no sentido inverso.
E todos sabemos que a falta de doentes em Abrantes é crónica. Já aqui há cerca de 20 anos o hospital tinha dois andares fechados e falava-se em os ceder às forças armadas da NATO. Agora, com a população a diminuir por aquelas bandas... O que explica as últimas transferências de especialidades.
Tomar sempre a perder! Onde estão os políticos de jeito desta terra? Até andou um palerma qualquer na assembleia a quem enfiaram o barrete que iam vender a Janela do capítulo e o gajo mamou-a! Foi a risota geral.
Os Mendes? Só se for para a administração da Adega Cooperativa do Cartaxo!
Quem mais? Quem mais se perfila no horizonte que se possa reconhecer como possível ocupante dum lugar de verdadeira importância política?
Nada! Um autêntico deserto!
O Kadhafi não deixou cá os camelos quando cá esteve? É pena que não, porque sempre se podia aproveitar algum para nos representar! Faria de certeza melhor figura que os paspalhões que já andaram pelos corredores do poder de Lisboa!
Tomar está sempre a perder porque os "tomarenses" [há excepções e até notáveis excepções] abdicaram de pensar pela sua própria cabeça. O problema de Tomar não são os Mendes nem os outros "mendes" quaisquer são os "totós" [há excepções] que escrevem comentários fabulosos mas não têm outra prática nenhuma a não ser o voto encarneirado quando lho concedem.
Em Tomar discutem-se muito as pessoas e melhor seria que se discutissem as ideias e as melhores formas de as pôr em prática.
E a propósito de camelos.
Já reparou o anónimo comentador que se considera tão baixo que até admite que Tomar seria melhor representada por um camelo que por si?
Caramba!
Como é que Tomar pode ir se nós não fazemos mais nada que peso-morto?
Artigo na edição do Templário de 05.FEVEREIRO.2009
PROBLEMAS DA SAÚDE EM TOMAR
O Dr. António Correia de Campos abandonou o cargo de Ministro da Saúde há um ano, sem nunca se ter dignado ouvir os representantes dos órgãos autárquicos do Município de Tomar, apesar de lhe ter sido solicitada, por diversas vezes e insistentemente, audiência.
Mas, com a nova Ministra Drª Ana Jorge, os representantes autárquicos continuaram a não ser ouvidos no (e pelo) Ministério da Saúde.
Pelo que, em relação a Tomar, a nova Ministra, nunca venceu o desafio que lhe foi lançado por Constantino Sakelarides no "Jornal de Notícias", de 30-01-2008: “… ter capacidade para descer ao terreno e falar com as pessoas. Só assim poderá perceber ainda melhor quais são as matérias em que é preciso avançar e quais são os problemas em que há margem de recuo."
Entretanto foi agora anunciado que o Dr. Vieira da Luz apresentou o seu pedido de demissão do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, onde era Director Clínico, o que vem confirmar que os problemas do funcionamento da urgência do Hospital Nª Sª da Graça, bem como das suas valências e dos cuidados de saúde primários, para além de não estarem resolvidos, se terão até agravado.
As notícias dispersas que, de há uns meses para cá, têm vindo a ser divulgadas na comunicação social, indicam que o Hospital de Nossa Senhora da Graça de Tomar tem perdido posições no Centro Hospitalar do Médio Tejo, onde se insere, a par com os Hospitais de Abrantes e de Torres Novas.
É que a urgência – como aliás se temia – se foi concentrando no Hospital de Abrantes, apesar de altos responsáveis governamentais (incluindo o Primeiro-Ministro), regionais e de autarquias terem assegurado, repetidamente, que tudo ia ficar na mesma e que ninguém sairia prejudicado.
Paulatinamente, no segredo dos gabinetes, foi-se consumando o controverso Plano da Rede de Serviços de Urgência, com a concentração da urgência médico-cirúrgica no Hospital de Abrantes, ficando o Hospital de Tomar (e o de Torres Novas) com a urgência básica.
É por tais motivos que se justifica agora, mais que nunca e de uma vez por todas, que órgãos autárquicos concelhios insistam com a Ministra da Saúde para que receba os seus representantes (os Presidentes da Assembleia e da Câmara Municipal e a Comissão de Saúde da Assembleia Municipal).
Nessa audiência deve exigir-se que lhes expliquem com verdade e sem subterfúgios quais são as efectivas opções do Ministério em relação ao funcionamento do Centro Hospitalar do Médio Tejo e da saúde no Concelho e devem apresentar-se, de viva voz, as reivindicações de Tomar, em relação ao funcionamento do Hospital de Nossa Senhora da Graça, ao seu papel no contexto do Centro Hospitalar do Médio Tejo e em relação à organização e funcionamento das unidades de saúde Concelhias, suas carências e potencialidades.
Torna-se imperioso que se instale um clima de diálogo franco e sem sofismas para se encontrarem as mais adequadas soluções, tendo em vista resolver os candentes problemas deste importantíssimo sector, em que se têm de consolidar, reforçar e valorizar os meios humanos e materiais existentes, com respeito pelos interesses dos utentes.
É um assunto demasiado sério, que implica um grande sentido de responsabilidade com políticas claras, coerentes, pagmáticas, conducentes à rápida ultrapassagem das carências existentes e a responder adequada e eficazmente às necessidades e anseios das populações.
Em tempos de crise, o aproveitamento dos recursos existentes nos serviços de saúde, a sua potenciação e a sua correcta aplicação são um imperativo e constituem um grande contributo para atenuar os sofrimentos e as dificuldades dos cidadãos, principalmente dos mais carenciados.
A saúde é um bem precioso, que não pode ser objecto de qualquer tipo de negócio!
joao.henriques.simoes@gmail.com
Com todo o respeito e consideração que me merece o Sr. Dr, João Henriques Simões lhe peço que traduza de "politiquês" para língua de gente o seguinte "(...)e devem apresentar-se, de viva voz, as reivindicações de Tomar, em relação ao funcionamento do Hospital de Nossa Senhora da Graça, ao seu papel no contexto do Centro Hospitalar do Médio Tejo e em relação à organização e funcionamento das unidades de saúde Concelhias, suas carências e potencialidades." Ou seja, no seu entendimento quais são, clara e especificamente essas reivindicações? Isto só para sabermos do que estamos a falar e não a falar de generalidades.
Eu, por exemplo, acho que a concentração das urgências, com bons meios materiais e bons profissionais é sempre melhor que três urgências com pouca capacidade de resposta e, insisto, Tomar carece de boas infraestruturas viárias para um acesso urgente a essas urgências.
E não estou a dizer mal do HDNSG onde sempre fui excelentemente recebido e tratado.
Só faltava o pintas do João Simões vir-se armar em cavaleiro das causas perdidas, a defender o indefensável, que é o HDNSG.
Já devia ter percebido, há anos, que agora existe o Centro Hospitalar do Médio Tejo, com sede em Torres nOvas e centro nevrálgico em Abrantes. Em Tomar, fisioterapia, cirurgia programada, unidade de dor e outras valências "limpas", p'ra burgês consumir.
Os nossos actuais políticos e futuros candidatos já assumidos
são uma ganda CACA.
Se aparece alguém com ideias diferentes e competente, surgem logo as clientelas dos partidezecos a gritarem aqui D'El Rei, que que vem aí a ameaça.
E para evitar que o poder lhes escape entre os dedos oferecem empregos, subsídios, calcetamentos, alcatroamentos, carrinhas e afins para seguraram o poder.
Estou farto disto.
Vão ficar sem hospital? É bem feito! O povo tem o que merece.
Não votaram neles? Agora têm a factura! Bem feito.
O Opinador de serviço
Bravo, comentador anterior! Agora acautele-se, vem aí D.Diogo de Arruda a cavalo no seu corcel de cartão com a espada de Dâmocles, todo eriçado que nem um gato escaldado, zurzir-lhe raios e coriscos. Atreve-se vossa mercê desprestigiar a classe política tomarense em vez de apontar caminhos, a Luz que ao fundo do túnel nos deve orientar. Então não segue o exemplo desse inestimável tomarense? Basta ler os comentários de D.Diogo de Arruda para perceber o seu contributo ao desenvolvimento desta terra onde o diabo perdeu as botas...!!!
"Só faltava o pintas do João Simões vir-se armar em cavaleiro das causas perdidas, a defender o indefensável, que é o HDNSG."
É por causa de pessoas como este anónimo que Tomar vai perdendo, a pouco e pouco, o que tem e ainda por cima não ganha nada.
Com que então uma causa perdida!
Com que então o indefensável!
Se todos pensarem assim (e felizmente muitos não pensam) mais vale fechar Tomar e ir viver para outro lado.
Estamos fartos de traidores!
Estão de barriga cheia, ou mamam no tacho do poder e depois quem se lixa .......
Haja bom senso e sentido Tomarense!
Concordo: ESTAMOS FARTOS DE VASCONCELOS (TRAIDORES).
Já era assim no Sec.XVII, aquando da restauração. É-o assim hoje. Onde anda o Relvas e a Graça, que há dois anos pareciam cães de fila a defender o Hospital da Sra da Graça? Já deixou de render votos a contestação na saúde? Onde andam os autocarros de velhotes arregimentados pelo tio Custódio contra o Governo? Estão em passeatas à conta da Junta? Já não rende votos?
Xico espertos, sem deceência é o que são todos.
Sr Diogo de Arruda;
As reivindicações devem ser concretizadas pela Assembleia Municipal (Comissão de Saúde) depois de ouvir a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, os Presidentes de Junta de Freguesia do Concelho, alguns profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, administrativos) e depois concertar a estratégia com a Câmara Municipal.
Mas não será estultício afirmar que se pode (deve) reivindicar que as urgências interligadas funcionem nos três hospitais, a manutenção e o reforço das valências constantes do plano Funcional do HTomar, o aproveitamento e optimização dos meios humanos e materiais existentes (fisiatria e fisioterapia, oftalmogia, psiquiatria), a ligação das Unidades de Saúde ao Hospital e vice-versa (utilização dos meios auxiliares de diagnóstico), a realização de cirurgias programadas no HTomar, etc.
Uma coisa é certa, o HTomar está a ser desactivado no silêncio dos gabinetes e de forma muito bem planeada em benefício de Abrantes (o grande ganhador) e de Torres Novas.
A estratégia ministerial agora é o facto consumado sem afirmação pública nem confronto, como bem se explica na mensagem original.
Se ninguém fizer nada o Ministério/ARS continua o trabalhinho de sapa e de execução e um dia destes, o nosso Hospital será um mero Centro de Saúde com gigantes instalações, ou até um Hospital Privado ou mesmo uma nova unidade hoteleira.
Vai lá, vai! Estas achegas de D.Diogo de Arruda são um hino ao moralismo, um compêndio da nossa língua, Camões, Pessoa, Al Berto e tantos outros morreriam de inveja...
O néscio crítico que deixou a nota anterior tem, necessariamente, fraco conhecimento da semântica.
É necedade em estado puro.
Pedimos licença para recomendar a todos os participantes TENTO NA LÍNGUA. Não em termos de ideias, que são sempre bem acolhidas, ou de discordância, que até se encoraja vivamente. Simplesmente no domínio da natural e necessária convivência democrática. Discordar é uma coisa, insultar é outra, mudar de assunto denota falta de coragem, mudar de assunto para insultar é uma vergonha, indigna de qualquer cidadão digno desse nome.
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TOMAR
GRUPO MUNICIPAL INDEPENDENTES por TOMAR
P R O P O S T A
As notícias dispersas que, há já algum tempo, têm vindo a ser divulgadas na comunicação social, indicam que o Hospital de Nossa Senhora da Graça de Tomar vem perdendo valências, recursos e serviços para os Hospitais de Abrantes e de Torres Novas, sem que se conheça qualquer justificação.
Assim, sendo o Hospital de Tomar o melhor apetrechado dos três hospitais e o que tem maiores instalações, não é compreensível, nem aceitável que tal situação aconteça e ainda que se vá processando pela calada, no segredo dos gabinetes
E não sendo conhecidos ou reconhecidos argumentos clínicos ou humanos, apenas resta um dos mais plausíveis - razões políticas.
Paulatinamente, foi-se consumando o controverso Plano da Rede de Serviços de Urgência, com a efectiva concentração da urgência médico-cirúrgica no Hospital de Abrantes e a redução do Hospital de Tomar a uma mera urgência básica cada vez mais desvalorizada, isto apesar de altos responsáveis governamentais (incluindo o Primeiro-Ministro), regionais e autárquicos terem assegurado, repetidamente, que tudo ia ficar na mesma e que ninguém seria prejudicado.
Entretanto, foi recentemente divulgado que o Dr. Vieira da Luz apresentou o seu pedido de demissão do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), onde era Director Clínico, o que vem confirmar que os problemas do funcionamento da urgência do Hospital Nª Sª da Graça, bem como das suas valências e serviços, para além de não estarem resolvidos, se terão até agravado.
Os órgãos autárquicos de Tomar já expressaram, por mais de uma vez, a sua firme oposição a qualquer situação de desvalorização ou de subalternização do Hospital de Nª Sª da Graça – Tomar no contexto do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) e não podem continuar indiferentes com tal estado de coisas.
Pois, as deslocações de serviços, de recursos, de valências e o subaproveitamento de valências e de equipamentos, inserem-se numa estratégia de desvalorização e subalternização do Hospital de Nª Sª da Graça – Tomar no contexto do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), em favor das outras duas unidades, o que lesa os interesses de Tomar e dos cidadãos desta vasta Região do Pinhal, carentes de melhores e mais efectivos meios de prestação de cuidados de saúde.
A Assembleia Municipal de Tomar reunida no dia 27 de Fevereiro de 2009 decide:
1.- Expressar a sua grande preocupação pelo funcionamento do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), principalmente no que concerne ao Hospital de Nª Sª da Graça – Tomar.
2.- Manifestar a sua firme oposição ao desvio de valências, de recursos e de serviços do Hospital Nª Sª da Graça – Tomar para os dois outros Hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), bem como o subaproveitamento de valências.
3.- Repudiar a falta de diálogo do Ministério da Saúde com os representantes autárquicos de Tomar e a tomada de decisões na gestão do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), à sua revelia, de forma encapotada e com falta de transparência, que atingem o funcionamento do Hospital de Nª Sª da Graça – Tomar.
4.- Que a Comissão de Saúde (Acompanhamento do Hospital de Tomar) se reúna para analisar e fazer um ponto da situação, proceder a audições e levar à prática acções conducentes à defesa dos interesses de Tomar e dos cidadãos desta vasta Região do Pinhal, carentes de melhores e mais efectivos meios de prestação de cuidados de saúde.
5.- Em conjunto e em consonância com a Câmara Municipal solicitar uma audiência urgente com a Ministra da Saúde:
- para lhe exigir que, com verdade e sem subterfúgios, explique quais são as efectivas opções do Ministério em relação ao funcionamento do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), em particular do Hospital Nª Sª da Graça -Tomar, bem como ao funcionamento dos serviços de saúde no Concelho de Tomar;
- para dar a conhecer ao Governo a firme oposição dos representantes do povo de Tomar à concretização da deslocação de serviços, de recursos, equipamentos e valências para outros Hospitais; ao subaproveitamento de valências, de recursos e de equipamentos; bem como a exigência da melhor e mais efectiva prestação de cuidados de saúde aos munícipes e aos utentes, quer pelo Hospital de Nª Sª da Graça – Tomar, integrado no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), quer também pelas unidades de saúde concelhias.
6.- Aprovar esta proposta em minuta, dar dela conhecimento ao Sr. Presidente da República, à Assembleia da República (Presidência, Grupos Parlamentares e Comissão Parlamentar de Saúde), ao Governo (Primeiro-Ministro e Ministra da Saúde), à Câmara Municipal, às Assembleias e Juntas de Freguesia do Concelho, à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, à Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (e do Hospital Nª Sª da Graça – Tomar), à Comissão de Utentes da Saúde do Centro Hospitalar do Médio Tejo e transmiti-la à comunicação social.
Tomar, 27 de Fevereiro de 2009
O GRUPO MUNICIPAL INDEPENDENTES por TOMAR;
Aprovada por maioria com a abstenção do Partido Socialista!
É realmente uma pena que o Dr. Vieira da Luz se tenha demitido do cargo de director clínico do hospital. Não me surpreende.No nosso País já estamos acostumados a que quem é bom e faz barulho seja sacudido, porque perturba a tão comoda inercia. Ele é um homem que tem feito muito pela nossa cidade,e pelas nossas gentes: não sendo originário de Tomar, tem feito muito mais pela cidade do que muitos ditos tomarenses.
Esta história da perda de valências do Hospital tem sido uma vergonha.
A questão de centralizar o serviço de urgência, com a desculpa de fortalecer um serviço de urgencia a nivel regional, não me parece aceitável nem desejável. Isso não se resolve com melhores acessos: existem situações em que todos os segundos contam, e numa ambulância, por muito equipada que esteja, não existem todos os meios materiais e humanos para dar as mesmas condições ao paciente em estado critico.
Esta ideia de contar euros quando se pensa em Saúde, e não se pensar em contar esses mesmos euros quando se pensa na construção de aberrações inuteis... cada vez que passo na rotunda em que construiram aquela fonte/tanque, que à parte está sujissima, penso no bem que setia se aquele dinheirinho, há uns anos atrás, tivesse sido doado ao hospital, para a aquisição de um TAC, por exemplo, que nem é nada de tão sofisticado...e que nós não temos.
Pois bem, que se saiba que quem tiver o azar de ter um acidente vascular cerebral durante a noite ou fim de semana,tem de fazer toda a viagem até Abrantes para fazer um TAC. Simplesmente para ter um diagnóstico... logo a solução provavelmente estará apenas no Hospital de Santa Maria, ou na funerária. Este é um dos casos, aliás com grande incidencia entre a nossa população, em que cada segundo conta mesmo.
Hoje em dia, até algumas clinicas veterinarias têm TAC...
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