quinta-feira, 18 de julho de 2013

O livro político deste Verão



É o livro político da saison, que já vai na 2ª edição em apenas dois meses, coisa rara para este tipo de obra. Assina-o o nosso conterrâneo José Gomes Ferreira, jornalista, comentador e subdirector de informação na SIC. São 475 páginas de linguagem directa, substantiva e sem rodriguinhos. Logo na introdução, o autor é frontal: "Não, não estou a candidatar-me a nada. Não sou político. Sou jornalista, como muito orgulho."
O que lhe permite, 328 páginas mais adiante, citar esta "mensagem que corre na Internet e nas redes sociais, de autor que não consegui identificar":
"Já se perguntaram por que razão os partidos governam tão mal? É porque podem! Não há nada que penalize os seus chefes. Os portugueses julgam que "vivem" em "democracia" porque têm um "voto", mas este sistema eleitoral de listas "fechadas" sem voto nominal, não lhes permite sequer IMPEDIR que os candidatos colocados nos primeiros lugares das listas sejam sempre "eleitos". Como a ordem de atribuição dos lugares... ...é IMPOSTA pelo partido, em vez de ser em função de quem tem mais votos, os caciques elegem-se a si próprios! Vivem eternamente blindados contra o escrutínio e não há nada que os obrigue a pensar no bem público.
TEMOS O SISTEMA ELEITORAL DA ALBÂNIA, UCRÂNIA E RÚSSIA!"
Conforme venho escrevendo há meses, contra tão bizarra situação de abuso há um único remédio: a abstenção como forma de protesto cívico. Mais nada!

1 comentário:

templario disse...

DE: Cantoneiro da Borda da Estrada"

"Não sou político"! Isto dito por um jornalista moço de recados deste governo de garotada, frequentemente chamado à pressa ao "prime time" da sic, com amiudadas intervenções extra durante a tarde, para "limpar"... as trapalhadas deste governo..., se isto é não ser político, vou ali já venho. Pelos vistos, muito apreciado pelo Dr. Rebelo, que o destacou a negrito!

"Não ser político" parece, assim, ser uma virtude!

Não ser político...., não ir às urnas...., etc. etc., etc......, eis as bandeiras democráticas do nosso querido Dr. Rebelo.

Estou em crer que o Bom do Dr. Rebelo comprou o livro ou nas lojas do Aerop. da Portela na sua partida para a Grécia ou na sua última ida ao supermercado. Podia esperar mais dois meses e enviar-me um email a pedir-me que o comprasse num alfarrobista de Lisboa por uma bagatela - 1 (um) Euro. Há ali um nas Portas de Sto. Antão, junto ao Rossio, que adquire os "leftovers" destas edições ao quilo.

Valha-nos deus - se é que ele existe!