quinta-feira, 28 de abril de 2011

ANÁLISE DA IMPRENSA REGIONAL DESTA SEMANA


Além do tema já destacado esta manhã, no post "Por isso estamos cada vez pior", O MIRANTE desta semana inclui mais duas peças sobre a nossa cidade, ambas da responsabilidade de Elsa Ribeiro Gonçalves.  A da capa, com a foto do mordomo João Victal é naturalmente sobre a Festa dos Tabuleiros, a Festa Grande de Tomar, ocupando toda a página 4. Segundo o entrevistado, "O essencial da Festa dos Tabuleiros não pode mudar". Uma constatação susceptível de congregar senão todos os tomarenses, pelo menos a maior parte deles. Desde que antes se defina com todo o cuidado o que é e o que não é essencial. Porque na verdade o que alguns tomarenses, respeitadores da tradição e sinceros admiradores da festa pretendem, é alterar a organização do maior evento turístico do concelho, de forma a que deixe de ser um poço de despesas e passe a constituir uma importante fonte de receitas. Trata-se portanto de uma evolução inevitável, tendo em conta a envolvência orçamental, apenas faltando determinar se o conseguiremos fazer de motu próprio ou, pelo contrário, forçados pelas circunstâncias, sendo um dado adquirido que as verbas autárquicas não são elásticas, nem há para os municípios qualquer fundo europeu de resgate. Trata-se de uma temática a debater fraternalmente após a festa. Por agora desejam-se os maiores êxitos a João Victal e a todos os que o secundam, por amor à tradição.
Quanto à outra peça, está na página três, tendo por título "Festa dos Tabuleiros de geração em geração", com uma bela foto de meia página.

N'O RIBATEJO, como já vem sendo habitual, nada sobre Tomar, excepto uma referência na manchete:  "Uma máquina de cortar pedra, um carro eléctrico de gelados, uma máquina para fazer pranchas de surf...São apenas alguns dos projectos desenvolvidos para empresas pelo laboratório criado pelo Instituto Politécnico de Tomar"...em Abrantes! De referir que até à data ainda ninguém julgou útil explicar aos tomarenses o ou os motivos que levaram o dito laboratório científico para Abrantes. Aguardemos!

N'O TEMPLÁRIO, a peça mais importante da semana parece-me ser o editorial assinado pelo director, José Gaio, com uma corajosa tomada de posição, intitulado "Pior do que decidir mal, é não decidir". Uma arreigada tradição tomarense, que já bastas vezes arrastou pacatos cidadãos-investidores para "secas" superiores a cinco anos. O que não impede os senhores autarcas de agora virem propugnar a recuperação do património urbano da cidade antiga.
Em tempos recuperei quatro imóveis, tendo acabado por perder a paciência, dado que o projecto seguinte era sempre bem mais complicado e oneroso do que o anterior, vá-se lá saber porquê. Ceio que o mesmo terão decidido outros tomarenses, deixando cair os prédios velhos. Os resultados estão à vista, o que parece não ser suficiente para alterar o modus operandi de eleitos e técnicos superiores do município, intimamente convencidos de que os cidadãos estão a disposição da autarquia, quando é exactamente o oposto que devia acontecer -A câmara é que deveria estar ao serviço dos cidadãos e de toda a comunidade concelhia, mas infelizmente não está, o que se nota cada vez mais.

"Vendam o Convento de Cristo como título da dívida pública aos chineses, para estar sempre aberto!" titula António Freitas, na página 15 de CIDADE DE TOMAR, ilustrada  com turistas a saltar a muralha da Porta de S. Tiago. Pois tem toda a razão, penso eu. E o estilo sarcástica parece ser mesmo o mais adequado para abordar uma questão afinal bem patusca. Enquanto os comerciantes, hoteleiros e restaurantes, insistem em queixar-se que os turistas visitam o Convento mas não descem à cidade, o principal monumento da urbe encerra às 17 e trinta de Outubro a Maio, e às 18 e trinta de Junho a Setembro. Além disso, está encerrado entre as 12H30 e as 14HOO, bem como no primeiro de Janeiro, na Sexta-feira santa, no Domingo de Páscoa, no 1º de Maio e no Natal. Os visitantes que se marímbem!
É claro que tudo isto é feito sem antes ter pensado nas eventuais consequências negativas, tanto para os visitantes como para a cidade. Tomemos o caso de grande parte dos turistas estrangeiros. Munidos dos mais variados guias, resolvem visitar Tomar porque aqui há um monumento classificado pela UNESCO como Património Mundial, coisa assaz rara em Portugal, apesar de tudo. De acordo com as próprias indicações dos citados livros de viagem, muitos chegam a Tomar ao fim da tarde, depois de terem visitado Nazaré, Alcobaça, Batalha e Fátima. Com encontram o Convento de Cristo encerrado, dão o assunto por arrumado, indo jantar e pernoitar alhures. Se, pelo contrário, o monumento tivesse horários mais adequados ao turismo moderno, até às 20H30 no Verão, por exemplo, os mesmos visitantes não só pagariam as suas entradas como jantariam e dormiriam em Tomar, podendo até frequentar outro comércio local. Mas quê! Como bem diz o povo "Quem não sabe, é como quem não vê!"
Até hoje, que se saiba, nunca os senhores autarcas (tanto os da maioria como os da oposição) reclamaram junto do IGESPAR horários mais consentâneos para os turistas e mais convenientes para a economia local. Deve ser porque estamos muito bem assim! Os malandros dos turistas é que são uns desavergonhados, sem consideração nenhuma por esta "Cidade Templária"...

5 comentários:

Luis Ferreira disse...

Ó meu caro amigo Rebelo

Sendo esta a sua seara - do turismo - até Me acanho de comentar. Mas que todos os autarcas se marimbem não será bem assim. Cada um falará por si e o exemplo nesta, como em outras coisas na vida, contará um pouco mais do que as palavras.

Se tomar um pouco de atenção poderá verificar que neste momento o posto de turismo junto à mata, o posto informativo à entrada da corredora, o espaço expositivo da casa dos cubos e casa Memoria Lopes Graça encontram-se encerrados à hora de almoço.

Dir-me-á que tais locais não são significativos ou relevantes, quando comparados com o Convento de Cristo, a igreja de S.João ou a Sinagoga. E mesmo estes vão tendo horários mais ou menos díspares e aberturas mais ou menos regulares e homogenias.

Pois, mas desde o inicio de Abril do ano passado até ao final do ano, houve quem provesse a que TUDO o que fosse posto informativo ou espaço visitável na Cidade tivesse EXACTAMENTE o mesmo horário de funcionamento: das 10H às 19H, até outubro e às 18H no Inverno.

Pois!
E não me venham com a "ladainha" da ausência de recursos humanos disponíveis. Basta apenas QUERER, o que nesta terra parece uma palavra cada vez mais proibida...

E penhoro-me se esta estratégia, não estiver correcta dentro dos cânones que o Prof.Rebelo muito melhor do que eu saberá, mas ouvi dizer que a DISPONIBILIDADE é um factor importante para o TURISMO...

Anónimo disse...

Sobre o laboratório do IPT em Abrantes, convem lembrar que quando o prof. do Colégio, dr.Pires e Silva se candidatou a presidente do ipt, foi de Abrantes que veio o apoio.Aliás o que agora é presidente foi director durante vários anos, da Escola de Abrantes.

Anónimo disse...

Para anónimo das 17:31.
Numa entrevista o Pires da Silva diz que ele é quem conhece melhor o Eugénio, o actual Presidente, depois dos pais e da mulher. O IPT é assim uma espécie de "casa real" ou de "cosa nostra".

Anónimo disse...

Miguel Relvas

Miguel Relvas, secretário-geral do PSD, já não consegue esconder o nervosismo e recorre ao ataque pessoal de foram vergonhosa, já não poupando os familiares de José Sócrates. Relvas sempre foi a versão pimba na política mas já no mundo dos pimba se fala e se pensa como o faz este político de muito baixo nível.

Daqui a uns tempos vão recordar-se do que fizeram e do que andaram a dizer pois são tão burros que não percebem que o país não se reconhece nestes métodos de fazer política. Se não abateram Sócrates com difamação e processos judiciais não vai ser o Relvas, um exemplo de pobreza intelectual, a conseguir fazê-lo com linguagem menos própria.

«O secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, acusou o primeiro-ministro de fazer uma campanha à base de "discurso escrito, teleponto e muita falta de vergonha". Disse ainda que não quer que a filha tenha vergonha dele.


Convidado para falar aos alunos de mestrado em ciência política do Instituto de Ciências Sociais e Políticas (ISCP), em Lisboa, numa aula aberta à comunicação social, Miguel Relvas afirmou também que o PSD recusa "fazer campanha como o engenheiro Sócrates: discurso escrito, teleponto e muita falta de vergonha".

"Eu quero chegar a casa, depois de ganhar as eleições, todos os dias e quero que a minha filha tenha orgulho daquilo que está a ser feito", disse o porta-voz do PSD, acrescentando: "Eu no lugar do engenheiro Sócrates tinha vergonha, eu se fosse parente do engenheiro Sócrates escondia que era parente dele".» [DN]

JUMENTO

Anónimo disse...

pires da silva conhece ate i sitio na presidencia onde guardam as garrafas de uisque que as empregadas de limpeza descubriram... sem vergonhas sao os proximos a destruir o pilitecnico. o socrates o pais e a seguir o ipt. é preciso investigar o desvio de dinheiro na nova escola de abrantes pois temos gente a ganhar muito dinheiro