sábado, 2 de abril de 2011

AO QUE CHEGÁMOS!

Ao que chegámos! À escala do país todos reconhecem agora que ajuda externa -o chamado resgate- é agora inevitável. Conquanto não resgate nem melhore o que quer que seja no imediato, trará consigo o FMI e a coragem de finalmente cortar onde e quando seja preciso. Lamentável mesmo é a ridícula atitude do governo, afirmando através de Teixeira dos Santos que só o Presidente da República tem legitimidade para solicitar ajuda externa. Se assim fosse -se o PR, que não tem funções executivas, devesse pedir a intervenção do casal BCE/FMI- então o executivo em gestão serviria para gerir o quê? As contas bancárias dos seus membros ao fim de cada mês? E o carácter, a ética, a honestidade, a verticalidade, a coragem, saberão o que sejam?
Paralelamente, nas frondosas margens nabantinas reina o comportamento mimético, tipo camaleão. Se o governo faz assim, porque havemos nós de fazer assado? A situação não é mesmo nada boa? Depende dos pontos de vista. Da rua para os Paços do Concelho está tudo uma desgraça, que não pode prolongar-se muito mais, sob pena de corrermos sérios riscos enquanto concelho sustentável. Porém, em sentido inverso, vista das cadeiras do poder para a rua, a situação nunca esteve tão boa. Ainda nunca faltou o ordenado ao fim do mês, nem as numerosas mordomias, que vão dos telemóveis à gasolina, passando pelas ajudas de custo e os secretários. Além disso, pensam os maioritários relativos, se estivéssemos a governar tão mal quanto se diz por aí, ou nem sequer governássemos, as oposições já teriam agido de modo substantivo. Se o não fizeram nem fazem, será certamente porque também não têm soluções alternativas. De forma que, quem não estiver bem que se mude. Nós, autarcas do executivo, na maioria relativa, na oposição, ou assim-assim consoante os casos, nunca estivemos tão bem. Oxalá isto dure até Outubro de 2013! Amen, que os tomarenses demonstram cada dia que passa não merecerem melhor.

9 comentários:

Anónimo disse...

A comunicação social de hoje informa que o Exército, em Março, não tinha dinheiro para pagar salários, e teve que pedir uma autorização especial para ultrapassar o orçamentado.
Com a vinda do cego FMI muita coisa vai fechar, no país e em Tomar. Qual o futuro dos caminhos de ferro ? Qual o futuro do Politécnico ? Qual o futuro do Hospital ? Qual o futuro de muitas Escolas e de professores ? Qual o futuro de muita Função Pública ?
Os bancos já estão a encerrar agências, em Tomar e por esse país fora. Os bancos estão com dificuldades de liquidez,e...
A Câmara Municipal de Tomar não tem qualquer capacidade de desenvolver o concelho.
Tomar vai levar, e bem. Para onde nos podemos virar ? Para a Misericórdia ? Esta também vai por caminho errado.

Anónimo disse...

O comentador das 12:28 faz perguntas pertinentes. Mas também podia perguntar porque somos - dizem - o país da Europa com mais generais, porque temos gestores às mãos cheias nos mesmos serviços quando um chegava, porque temos fundações que para nada serevm e o próprio Governo não sabe quantas no total, porque - dizia ontem o Correio da Manhã - os administradores da Carris compram carros topo gama, etc. etc. O FMI não vai fechar os serviços que aponta. Virá, isso sim, racionalizar os serviços que o Governo não consegue controlar. Anda por aí, na internet, e ninguém desmente, que os governos socialistas só sabem governar quando há dinheiro. Quando não há, atiram com a responsabilidade da crise para os outros. É tempo de falar verdade ao País. Sejamos realistas. Acabe-se com os privilégios!

Anónimo disse...

Hoje, no Jornal de Notícias: "Soares afasta receios sobre FMI (...) O ex-presidente da República Mário Soares disse, sexta-feira à noite, não ser daqueles que têm muito medo do Fundo Monetário Internacional, recordando que enquanto primeiro-ministro teve que recorrer a ele duas vezes e que Portugal resolveu os problemas".
"Freitas do Amaral recorda que o FMI salvou Portugal duas vezes da bancarrota"

Anónimo disse...

Acho engraçada a ideia do vereador-maravilha Luis Ferreira de vir a cobrar pelos serviços de limpeza da Protecção Civl/Bombeiros e demais serviços que prestem sempre que para isso solicitados.
Alega o esplendoroso vereador que os serviços devem ser pagos a bem da razoabilidade.
Então, e esta é a minha opinião, não venham os Bombeiros/Protecção Civil para as estradas e cruzamentos fazer peditórios e outras campanhas de angariação de fundos. Se as coisas devem ser como o senhor vereador maravilhoso entende, então se o negócio não der fechem a tasca...

Cantoneiro da Borda da Estrada disse...

"...trará consigo o FMI e a coragem de finalmente cortar onde e quando seja preciso." - bela receita..., estrondoso desenlace!

O PSD e restantes partidos que provocaram a demissão do Governo é que terão de responder aos portugueses pelo trinta e um em que espetaram Portugal e os portugueses. Estes partidos e o Presidente da República, que também quis jogar o jogo do bota-abaixo.

É caso para dizer: agora desembrulhem-se!

Mas a coisa não pode ser vista assim, a tragédia é grande de mais. E por isso os gangues e camarilhas que dominam o nosso sistema partidário vão ser forçados, queiram ou não, a responder pelos seus actos no próximo acto eleitoral.

Por mim responderiam antes: os seus líderes deviam ser levados à barra do tribunal pelo Ministério Público.

Em primeiro ligar por não terem aceite durante quase sete anos os últimos dois veredictos do povo: em segundo lugar por terem "derrubado" um governo legítimo, que estava, da maneira mais adequada, no contexto desta crise, como devia, a implementar uma solução, no quadro da UE, de que fazemos parte, envolvendo-a nessa responsabilidade - responsabilidade que também é da UE; em terceiro lugar por deixarem o país sem governo, sem dinheiro, sem uma solução alternativa, obrigação sagrada quando se deita abaixo um governo. A mesma obrigação que me cabe, como cidadão, de não pedir a demissão do actual Presidente da República, principal instigador desta situação.

José Sócrates, que já derrubou quase meia dúzia de dirigentes do PSD, havia de concitar sobre si o ódio mais assanhado duma direita alapada e aliementada pelo OE, julgando eles que, isolando-o nos seus ataques, seria fácil ludibriarem o povo e destruir o PM, já que não o conseguiram nas urnas.

José Sócrates é, na batalha que se está a travar, no contexto político actual, o verdadeiro representante da Esquerda e da democracia, o líder certo para quebrar este primeiro ciclo do pós 25 de Abril, rumo a uma nova fase de modernização e revigoramento das nossas capacidades como povo, Estado e Nação.

Não há volta a dar: para derrotar esta direita irresponsável e criminosa e uma esquerda reumática e bolorenta, resta aos verdadeiros democratas, progressistas e gente de esquerda votar em José Sócrates.

Vamos todos derrotar esta aliança do Portugal Velho, votando em massa em José Sócrates, em cuja pessoa querem vencer a dignidade de Portugal e os legítimos interesses dos portugueses.

Sei que banharei o meu rosto de lágrimas de alegria nas ruas de Lisboa se José Sócrates, a Esquerda, vencer mais uma vez esta direita e esquerda reumáticas do antes e pós 25 Abril..., tal como no célebre combate Soares/Freitas do Amaral.

Se ele perder não chorarei por isso: o povo é quem mais ordena.

Não há alternativa. Vamos votar no meu Zezito!

Anónimo disse...

Só de pensar qiue o incompetente Miguel Relvas é um dos que estão a fazer a lista de deputados e que estão na lista um arrasador de Tomar, leva-me a ter que deixar já este PSD que não é o de Sá Carneiro, pois com estes miudos imbecis não vamos lá. Ainda seriam piores que Sócrates. Com que ent~~ao o Barão de Trofa na lista e nós que andamos aqui a colar papéis. Fora com esse RELVAS

Cantoneiro da Borda da Estrada disse...

Referem muito o Barão de Trofa.

Posso saber quem é esse Nobre?

Cumpts/Obgd.

(Será o Sr.Paiva?)

Anónimo disse...

Para o Cantoneiro e amigo:

É o que se chama uma pontaria do caraças! E daqui até à Trofa ainda vai uma boa distância!

Anónimo disse...

O FMI já esteve duas vezes em Portugal, e o Soares diz que não é papão. Foi nesse período quando ele era Primeiro-Ministro que houve fome, miséria e desemprego em Portugal, por causa das medidas do FMI. Foi quando a Maria Barroso disse: Fome em Portugal? Não, fome é no Biafra. Ou já se esqueceram?
Acabar com os privilégios. Acreditam que o FMI, um dos instrumentos do capitalismo, vai acabar com os privilégios? Tanta inocência. Os privilegiados são necessários ao sistema, o povo e a classe média(?)é que estão a mais, daí terem de empobrecer.
Quando um país chega ao ponto de mandar para o Poder meninos como o Relvas e o Coelho está tudo dito.
Cada povo tem o que merece. Como dizia o Diário de Notícias, Portugal faz parte do anedotário mundial. Na divisão internacional do trabalho o papel dos portugueses é fazer rir o resto do mundo.
Se os tomarenses sustentaram a vida do Relvas, por que é que os portugueses não podem fazer o mesmo ?