À atenção da maioria relativa nabantina, bem como à oposição com lugares no executivo, que não me parece de confiança, tendo em conta que as autárquicas de 2013 são já ali adiante. Chrysostomos Tabakis é um jovem grego, doutorado em economia pela Universidade de Colúmbia - USA. Desde há 6 anos lecciona economia na Universidade Nova de Lisboa. Entrevistado por Margarida Videira da Costa e Ana Suspiro, ambas do jornal i, facultou pontos de vista fundamentados, que me parecem com extremo interesse para os tomarenses. Sobretudo os autarcas eleitos, que nos deviam representar se...
Questionado sobre a situação grega, resultante do pedido de ajuda externa, e os eventuais ensinamentos para Portugal, o ilustre académico helénico foi categórico: "Cortar salários e pensões não é uma reforma. O que se está a fazer é penalizar toda a gente, tanto do sector produtivo como do não produtivo. O que é importante é fazer reformas como abrir os mercados, reduzir a burocracia e combater a corrupção. Só as verdadeiras reformas produzem crescimento, caso contrário só se produz recessão e entra-se num círculo vicioso. É o que estamos a ver na Grécia. A economia entrou em recessão, as receitas fiscais caem e são precisas mais medidas de austeridade para consolidar as finanças públicas, as quais vão agravar a recessão, que por sua vez reduz as receitas fiscais...
Em Portugal é necessário reduzir o sector público. Quando este é grande, é necessário taxar proporcionalmente a economia para o financiar. É então a parte eficiente da economia que está a financiar a ineficiente. Quanto maior é o sector público, mais pesados terão de ser os impostos..."
Perceberam agora, senhores eleitos? Com uma economia local já de rastos, um concelho cada vez menos competitivo e uma autarquia cada vez mais endividada, sem margem para novos investimentos, ou mesmo para honrar dívidas já existentes, adjudicar mais obras é suicidário, contratar mais pessoal é pouco menos que criminoso. Ambas as decisões implicam forçosamente, mais tarde ou mais cedo, aumentos de impostos locais, de taxas e de preços, os quais por sua vez vão acentuar a debandada de eleitores e a consequente redução das receitas a cobrar, exigindo novos aumentos e assim sucessivamente...
Consta por aí que todas as contratações, tanto de empreitadas como de novos funcionários, resultam de compromissos assumidos anteriormente, na convicção de que a crise seria coisa passageira. Há até quem sustente que, pelo menos num caso, o concurso entretanto aberto tem "fotografia" do já projectado candidato, ou da candidata, para ser mais preciso. Logo veremos.
Entretanto, façam o favor de arranjar novos comportamentos, atitudes diferentes e outras linhas de actuação, quanto antes. Caso contrário poderá acontecer que venham a passar alguns maus bocados, pois até já há quem dê a entender que isto só lá vai com umas acções mais fortes... As pessoas começam a estar fartas, situação em que por vezes basta uma pequena faísca para provocar um gigantesco incêndio. Cautela e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém...
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Aguentem-se!
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