quinta-feira, 28 de abril de 2011

POR ISSO ESTAMOS CADA VEZ PIOR...

Foto O MIRANTE

Abre-se uma excepção à usual Análise da imprensa regional -geralmente à quinta-feira à noite- para dela destacar a manchete desta semana do semanário  O MIRANTE. Que bem merece. No país e na terra do "respeitinho é muito bonito", com tudo o que isso implica, é sempre um prazer ler alguém que tem a ousadia de falar claro e urinar a direito, em português usual; de chamar os bois pelos nomes, em vernáculo; de mostrar o peito às balas, em linguagem de antigo combatente; de ser assertivo, em "convenientês"; ou de ser "um pessimista crónico e má-língua compulsivo", em "autarquês/tomarensês".
Mas vamos ao começo. Natural das Cabeças/S. João Baptista, criado em Tomar, o nosso conterrâneo Manuel Oliveira formou-se em Coimbra. Tem casa em Tomar e nela passa muitos fins de semana, mas trabalha sobretudo em Santarém, porque na sua terra natal não o souberam acarinhar. Já aconteceu a muitos outros e vai continuar a ocorrer. Por isso estamos cada vez pior.
Entrevistado pela jornalista Ana Santiago, Manuel Oliveira foi sintético e frontal "O Serviço Nacional de Saúde é mal gerido e não tem viabilidade... ...Seja qual for o partido que vá governar o nosso país, por muito boa vontade que tenha, não tem maneira de manter o Serviço Nacional de Saúde tal como está." Quem ouviu Sócrates ontem na Tv, ficará agora com um falso dilema na mente: Qual dos dois estará a mentir? O médico ou o político?
Tendo-lhe a jornalista perguntado, referindo-se ao hospital privado agora em construção na capital ribatejana, "Mas porquê em  Santarém e não em Tomar, de onde é natural?", Manuel Oliveira manteve a frontalidade: "...Cheguei a falar com o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Tomar, para nos alugar as instalações do antigo hospital, onde trabalhei. Queria criar lá uma unidade do género. Criaram-me dificuldades"... 
A entrevistadora acrescentou: "Ao contrário de Tomar, Santarém acolheu bem o projecto..." Nova posição assertiva do clínico nosso conterrâneo: "O Dr Moita Flores foi excepcional. Colaboraram sempre, não ultrapassando a lei, mas agilizando a aprovação das coisas. Ainda bem que foi assim. É uma desgraça o que se passa e muitos municípios deste país."
"É a tradicional má-lingua tomarense", argumentarão os senhores autarcas cá do burgo. Especialistas em pôr-se a jeito, em dar caroladas na parede, depois ainda têm a distinta lata de se lastimarem, por terem as respectivas cabeças cheias de "galos". Triste sina Severina, ter nascido e crescido nas margens do Nabão!
E tudo isto num semanário editado fora da terra, que a imprensa tomarense, se não continua açaimada, pelo menos imita muito bem. Apenas velhos hábitos? Neste caso, para quando a mudança?

1 comentário:

Anónimo disse...

Há anos atrás,em 2007,tive de ir tratar um assunto pessoal ao DAU.
Estava marcada uma reunião com vários técnicos + o então presidente Paiva.

Quando o homem chegou foi abordado por N funcionários para lhe fazerem perguntas e colocarem questões.

É então que assisto a algo que,apesar de já o conhecer razoávelmente bem,me deixou espantado e boquiaberto.

O homem não respondia,urrava!
Sempre aos gritos,usando uma linguagem vernácula primária,soltava todo o ódio e inveja que tinha dos agentes económicos e potenciais investidores,tratando-os por "esses cabrões"...no meio de uma caralh*da pegada.

Foi esta a política de atração de investimento da era Paiva/Relvas.

Agora,talvez sem impropérios,continua a mesma mer*a...

Mas esta política tem rostos,tem responsáveis,alguns tentando enganar o pagode com pretensas "poses de Estado" e travestindo-se de lobos para carneiros...

Até enganando,ludibriando e hipnotizando alguns pensantes cá do burgo,como,por exemplo,o "patron" deste blogue.

E se tudo isto tem o seu lado repugnante,não deixa de ser lúdico...

Pena é que as vítimas sejam o concelho e os Tomarenses.

Mas também é verdade que esta corja mandante (PSD+PS)só lá está porque neles votaram e porque se juntaram para partilhar benesses e mordomias.

Essa é a incómoda mas crua verdade.

Até quando?