sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

RESPOSTA A UM OUTRO BLOGUEIRO


António Rebelo


Os blogueiros tomarenses, entre os quais me incluo, são bastas vezes assediados por um cidadão aparentemente com um feitio dificil e com hábitos muito peculiares. Conquanto ultimamente tenha mudado para bastante melhor, continua a causticar os menos pachorrentos. Assina com os mais variados e desvairados nomes supostos, do tipo O BURRO, Mega Massa Pro, Pato Bravo Tomarense, etc. Sendo o estilo sempre o mesmo e os temas idem idem, já não consegue ludibriar senão aqueles que querem ser enganados.
Quando as respostas que obtém para os seus escritos não lhe agradam de todo em todo, ou quando os contraditores usam uma argumentação mais elaborada e difícil de rebater, resolve o problema sempre da mesma forma -chuta para fora, dando conselhos e avançando elementos quantitativos e outros, geralmente fora de contexto. Até já cheguei a supor tratar-se de simples provocador de serviço, agindo no sentido de "tirar nabos da púcara", pois vêm aí as autárquicas e as ideias portadoras de futuro e mobilizadoras tardam em aparecer.
Assim ou assado, já não é a primeira vez que me intima a provar o que escrevo e a apresentar dados estatísticos e outros para apoiar os meus axiomas. É bizarro, mas é assim. Não tendo ainda perdido a esperança de o convencer a deixar-nos a todos em paz, portando-se com normalidade, resolvi escolher, no discurso de posse de Obama, um excerto que lhe sirva como uma luva. Oxalá ele possa contribuir também para nos tornar mais conscientes, de modo a deixarmo-nos de brincadeiras serôdias com coisas demasiado sérias. Afinal, é o nosso futuro como comunidade urbana que está em causa.
"Sabemos agora muito bem que estamos em crise. ... ... A nossa economia encontra-se muito enfraquecida, como consequência da ganância e da irresponsabilidade de alguns, mas também por causa da nossa incapacidade colectiva para efectuar escolhas difíceis e para preparar a nação para uma nova era. Famílias ficaram sem casa; empregos foram destruídos; muitas empresas faliram. O nosso sistema de saúde é demasiado caro; a nossas escolas toleram demasiados abandonos; e cada dia que passa constatamos que o modo como gastamos energia fortalece os nossos adversários e ameaça o nosso planeta.
Tais são os indicadores da crise que podemos ilustrar com dados estatísticos. Porém, o que é menos quantificável, mas igualmente grave é a maneira como perdemos a confiança em nós próprios. Um medo lancinante de que o declínio da América é inevitavel e que por isso a geração seguinte deverá fixar-se objectivos mais modestos.
Hoje quero dizer-vos que estamos perante tremendos desafios. Que são graves e que são numerosos. Não os venceremos nem com facilidade nem rapidamente. Quero, porém, dizer à América categoricamente -tais desafios serão vencidos!
Hoje estamos aqui reunidos porque preferimos a esperança em vez do medo e a união em vez dos conflitos."
Os Estados Unidos são um grande país e nós somos uma pequena cidade. Os americanos olham para o futuro e nós olhamos para o passado. Eles são realistas e nós somos fantasistas. Obama apelou aos cidadãos livres e isso aqui em Tomar é coisa muito rara. E depois, mas não finalmente, nós acreditamos em milagres e eles não. Nunca ouviram sequer falar de sebastianismo. Apesar de todas estas e muitas outras diferenças, recuso-me a perder a esperança, recuso-me a abandonar a acção em prol de uma sociedade mais livre, mais justa e mais fraterna.

4 comentários:

Anónimo disse...

Até que enfim alguém que faz um apelo credível e legível. Ganharia o conselho com o dar das mãos de todos os municipes e deixarem de andar a olhar os outros com desconfiança e desprezo. Infelizmente não é assim mas pode sê-lo. Bem haja!
Cumprimentos a todos os tomarenses.
O Eremita

Anónimo disse...

Tatatirirituta.

Conselho!?

Anónimo disse...

AO an´nimo das 17h e 17m. Tem razão! Queria dizer Concelho, mas ao computador e a digitar depressa os erros comentem-se. Errare humanum est.
Cumprimentos a todos os tomarenses.
O EREMITA

Anónimo disse...

O Obama é preto e nada percebe de números.