quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

BURACOS E BOAS NOTÍCIAS - 2

Sendo as boas notícias aqui em Tomar quase tão raras como a chuva no deserto de Atacama, quando aparecem, convém agarrá-las logo pelos cabelos, não vão elas sumir-se sem deixar rasto. Neste caso dos buracos nas ruas, o pessoal rezou às santas e aos santos, não tendo rezado a Deus porque se encontrava a banhos alhures. Vieram depois do ano novo reparar o buraco da Rua Aurora Macedo, mas limitaram-se a entulhá-lho. Novas rezas, para dizer que um dia destes tudo voltaria à primeira forma.



Eis senão quando, maravilha das maravilhas, (íamos a escrever milagre, mas não se pode que é pecado), as nossas rezas foram ouvidas. Como mostra a fotografia, voltaram esta manhã os trabalhadores camarários e, pela primeira vez na história recente, em vez de calcetarem e ficarem a aguardar novos buracos nos mesmos sítios, escavaram, encontraram as lajes que cobrem o colector de esgotos, acompanharam as juntas e outras fendas detectadas, para finalmente voltarem a cobrir e calcetarem. Exactamente como aqui tínhamos dito. Excelente trabalho, portanto. Para agradecer ? Claro que não. Quem cumpre as suas obrigações não nos faz nenhum favor. Ou estamos enganados ? Estamos ?! Nesse caso, muitíssimo obrigados, pois mais vale prevenir que remediar, e candeia que vai à frente alumia duas vezes... Dizem !

3 comentários:

Rebelesco disse...

Será verdade o que li? Custa a acreditar, mas venha lá uma foto com a beleza do trabalho executado.
Será que "alguém" se ausentou de Tomar para ver como se resolveria esse problema? Tudo é possível, até a hipótese de ter aprendido como se faz bem, mas ainda devagar...
Olhando para o tempo passado é de facto uma vergonha camarária, mais uma a que já nos vão habituando. Ou não houvesse algures por aí algum guerreiro que assusta o Presidente!!!

Pensamentos soltos disse...

É realmente inacreditavel tapar um buraco na cidade, té parece que nunca se fêz nada nesta cidade. Será que esta população andou a dormir quase 12 anos, afinal o "guerreiro" ou era fraco ou não tinha armas.
Parece ironico dizer que agora é que é bom, afinal até já se lhes chama milagre ás coisas, por aqui podemos ver o tão cegamente estavam cetas pessoas(a maioria) só viam o Paulino e o resto era paisagem, será que agora estão finalmente a abrir os olhos, se estão já vão tarde é que há danos que se fizeram que penso ser irreparaveis, ou se não o são so o tal " milagre" os pode resolver.
Apenas no meio disto tudo so posso afirmar; somos realmente um povo pacífico!

Anónimo disse...

Para "PENSAMENTOS SOLTOS"

Aplaudo a sua opinião e permita-me que a complemente com a minha!

Como certamente saberá o povo é cego, não é surdo nem mudo, mas é tacanho! E por isso dificilmente compreenderá as suas razões, isto é, seria preciso que o céu caísse em cima de certas (muitas, muitas, muitas...) cabeças para finalmente perceber a patranha em que fomos metidos durante os reinados do eng. Paulino Paiva.
A onda de choque das suas asneiras ainda está para chegar em força, qual "tsunami". Quando o "relvado" do campo de bola a que foi reduzido o Estádio Municipal 25 de Abril ficar totalmente impraticável, situação que tem andado a ser escondida pela câmara, a cidade será confrontada com uma de duas coisas: ou o custo da sua renovação mas por um relvado, ainda que sintético, de qualidade elevada, ou o fim daquele espaço enquanto local de desporto em troca sabe-se lá de quê.
Passando a outro "tsunami" falemos do contencioso com a ParqT. Ora o espertalucho Paulino Paiva não teve pruridos em abandonar a câmara deixando certos fogos a arder. Quem quiser que os apague! Sacudiu a água do capote e cá vai disto...ála que se faz tarde!
Os custos, esses, vamos ser nós a pagá-los e não são assim tão leves!

Outras obras que eu denomino de "paulinas", dado o seu cunho provadamente desajustado para não lhe chamar reles, e porque caracterizam o seu renado, terão de ser alvo de reajustamentos (entenda-se intervenções) sob pena de se tornarem alvo de ridicularia e risota pública, além de esventrarem a ainda restante beleza que a cidade conserva e a que aquele senhor não conseguiu ou teve tempo de lançar o camartelo. Refiro-me à "extraordinária" fonte cibernética cujos custos foram aviltantes, ao Mouchão Parque desfigurado, ao Polis do Flecheiro que está na miséria que se vê, com as áreas pedonais esventradas com pedras arrancadas, lixo a esmo, e erva da altura de uma pessoa, o Pavilhão Municipal que com todos os erros técnicos de concepção não serve senão para feiras de stocks e jogos entre amigos barrigudos, tendo há muito deixado de exercer a sua função de serviço à comunidade tais as imposições que a autarquia manda, a súbita doença das árvores que tem "assolado" a cidade de lés-a-lés, qual sirocco, transformando paulatinamente aquela que era uma cidade acolhedora numa terra ser cor, sem sombras e pouco cativante.

E há ainda um outro aspecto que quero salientar e que considerado muito importante apesar de não ser tão visível quanto os anteriormente enunciados, pelo menos para já. Trata-se da autocracia instalada na câmara, introduzida pelo eng. Paulino Paiva, e que se revela sobretudo no desrespeito pela vivência das pessoas e pelos hábitos consagrados na sociedade tomarense. Isto toma corpo, por exemplo, na decisão em reduzir a "escombros" o Mercado Municipal, um espaço ainda hoje de confluência de muita gente, subvertendo-lhe a função para que foi criado, sob a argumentação de que está desajustado à realidade actual. Quem é que mandatou os "caciquilhos" desta terra para "deliberar" semelhante "diarreia"? Que provas têm disso? Com que autoridade moral pretendem impôr um detrminado estilo de vida às pessoas?
Neste caso eu percebo que acima de tudo está a especulação imobiliária, ou não fossem os nossos autarcas (e não me refiro apenas ao de Tomar) "garçons" do lobby da construção.

Muito haveria ainda por dizer, mas para já fico-me por aqui...já estou cansado...!!!