quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

INSÓLITOS TOMARENSES - 21

A entrada sul é o principal acesso à cidade para quem venha da A 1/A 23/IC 3. E ainda bem que assim é, pois o local está uma verdadeira maravilha, conforme documenta a imagem. Tem até uma importantíssima atracção turistica, por enquanto infelizmente ainda não aproveitada de forma capaz, como de resto acontece com as outras. Trata-se da conhecida Aldeia de Férias La Gitana. Dado que até sabemos quem elaborou o processo de candidatura do Convento de Cristo a Património da Humanidade, vamos providenciar no sentido de se conseguir outro tanto neste caso. Argumentação não falta: Trata-se de preservar uma paisagem da ocupação humana na entrada das cidades, tal como havia na Europa entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a adesão dos países ibéricos para a então CEE, com a consequente vinda de milhares de milhões de euros. Como se vê, valeu a pena e não houve, pelo menois por estas bandas, nem esbanjamentos, nem custosas obras inúteis...
Gualdim, achas que isto está bem assim ? -Bem me queria parecer. Por isso lhes voltas as costas e te proteges com o escudo.


Aproximando-se um pouco mais do pomposamente designado núcleo histórico, os automobilistas visitantes lá conseguem vislumbrar enfim alguma sinalização. Pouco ou nada adequada ? Sejam pacientes, não se pode ter tudo assim do pé para a mão !
Leiria, Ourém, Ferreira do Zêzere, Convento de Cristo, parques de estacionamento ? Para quê ? Importante é o Convento de S. Francisco, monumento muito visitado e que está sempre aberto. Ou os terminais, que os visitantes, está-se mesmo a ver, chegam de automóvel, vindos da auto-estrada, para apanharem o comboio ou os autocarros, geralmente depois de serem julgados e absolvidos no tribunal de Tomar. Quanto à sinalização da "Comunidade Urbana", era absolutamente imprescindível. Basta pensar que terá servido, na melhor das hipóteses, apenas uma vez, a qualquer coisa como seis ou sete senhores autarcas, caso ainda não conhecessem Tomar. Extraordinário realmente ! E depois o pessoal é que é má-língua, quando -ó crime de lesa-autarcas- ousa escrever que regra geral os eleitos pensam sobretudo neles próprios e estão-se marimbando para quem neles votou, quanto mais agora para os que votaram nos adversários...

Qual milagre da multiplicação dos pães, sem qualquer indicação prévia, eis que se sumiram os terminais e o tribunal. Mas manteve-se a "Comunidade Urbana", a tal indicação indispensável, porque extremamente útil. E apareceu, vindo de nenhures e para ninguém, a sinalização do "Museu dos Fósforos". Só falta agora apurar, dada a ausência de sinalização anterior, como é que os visitantes vindos da A 23/IC 3 vão adivinhar que chegados ao cruzamento do Flecheiro devem cortar à esquerda e logo a seguir à direita, para então encontrarem a placa do Museu dos Fósforos. Que de nada lhes servirá, caso antes tenham conseguido vê-la, porque cortando outra vez à esquerda, vão encontar em frente o Convento de S. Francisco, mas continuarão a ignorar onde se situa afinal o dito museu, pois não há qualquer indicação na bifurcação. Resultado: uma vez livres de tais atrasos de vida, só cá voltarão a pôr os pés se obrigados. E mesmo assim, mesmo assim ! Mas Nosso Senhor tem lá muito para nos dar. Por isso, não vale a pena preocuparmo-nos, desde que o dinheirito continui a chegar pontualmente...
Segundo um jornal de hoje, Sócrates (o outro, não o que nos procura governar), terá escrito que o ideal para formar um casal feliz é uma mulher cega e um marido surdo. Exactamente o que temos tido na política aqui emTomar, desde há uns bons anos. Autarcas surdos e eleitores cegos. Ou não ?!


3 comentários:

Anónimo disse...

Se eu fosse o negligente Vereador deste pelouro enchia-me de coragem e dizia para mim mesmo:

- É pá, tens de mostrar o que vales! Vamos lá pôr estas coisas na ordem.

Se a indolência e falta de sentido da função que exerço me bloqueasse, reunia com a família e pedia estímulo.

Se mesmo assim continuasse a não ter vontade e saber para o fazer, pedia a um funcionário dos respectivos serviços para me ajudar.

E por aí fora...

Se não fosse mesmo capaz de resolver estas coisas simples, entrava neste blogue e, como anónimo, enchia o autor do post de vitupérios, de estar ao serviço de outro partido, de ser invejoso, etc..

Mas continuava a dizer nas reuniões do partido que temos de defender os interesses do povo (dos munícipes), a dizer mal de José Sócrates, de MFLeite, de JSousa, etc., conforme o partido a que pertencesse.

E para chatear ainda mais o autor deste post e as pessoas em geral, lá estaria ao dia tal... a levantar, ou controlar, o ordenadozinho mensal, pagamento da cagançazinha de ser poder, de ter esse status.

Demitir-me, nunca. A vida está muito difícil.

Anónimo disse...

Inda p´ra mais agora é Comunidade INTERMUNICIPAL, a relva(s) da Urbana secou há tempos.

Realmente quem tem a responsabilidade do trânsito, estacionamento e sinalização na nossa urbe não sabe pêva disso.

Inginheiros (e guerreiros) é o que eles são, mas com a cabeça cheia de caraminholas!!!!!!

Que mais (nos) irá acontecer!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Bom dia António Rebelo,

Apraz-me registar o seu remoque referente à principal, porque mais antiga e mais movimentada, entrada da cidade de Tomar, que alguns idealistas teimam em chamar de turística...e templária!
Eu mesmo já tinha feito eco da situação e os seus efeitos nefastos na primeira impressão que se colhe quando se chega a Tomar! As mentes empedernidas dos moradores dos Paços do Concelho não se "comovem" com esta situação nem são sensíveis à necessidade de alterar as coisas a bem da imagem da cidade e do urbanismo. Como já reparou aquilo é um caso evidente de saúde pública.
Aproveito para saudar aqui o facto de já se ter providenciado a iluminação da estrada no pequeno troço entre S.Lourenço e a rotunda da entrada na av. Nuno Álvares Pereira.

No que se refere à sinaléctica urbana, convenhamos que neste caso o António Rebelo estará a pecar por excesso de zelo. Note que quem chega à zona da escola nr.1 na Várzea Grande já deixou para trás os terminais da CP e da Rodoviária do Tejo, donde não vejo necessidade de repetição dos respectivos sinais.