Escrevemos ontem sobre a nefasta política da autarquia tomarense, que em vez de atrair os potenciais investidores, parece tudo fazer para os afastar. Com os nossos leitores decerto se recordam, anteriormente tínhamos mencionado alguns indícios da chamada prática fundamentalista -apresentar dificuldades para depois negociar facilidades. Como sempre, houve quem discordasse destes nossos pontos de vista. Efeitos dos óculos partidários. Fomos por isso à procura de casos concretos e encontrámos este, sem qualquer esforço da nossa parte.
Ali na Rua sa Fábrica, frente à sede do PSD, determinada entidade jurídica, que desconhecemos, solicitou licença de construção. De negociação em negociação, de acordo transitório em acordo transitório, a referida entidade acabou por ceder gratuitamente ao município uma cave, com entrada pelo parque de campismo, com uma superfície útil de cerca de 400 metros quadrados. Ao que conseguimos apurar, o local assim obtido destinava-se a sede de uma colectividade concelhia, quando ainda se tencionava mudar o campismo para outro lado.
Além da cedência gratuita da citada cave, a mesma entidade pagou 149 mil euros de licença de construção, ou seja a bonita soma de 29 mil e 800 contos. Um excelente T 3, em suma.
O tempo foi passando e agora a tal entidade, com o prédio em vias de conclusão, tem necessidade de obter a licença de habitação, para poder efectuar as escrituras de alguns apartamentos já vendidos, assim conseguindo liquidez para prosseguir com os acabamentos. Pois não senhor ! Têm sido dificuldades e mais dificuldades. E porque tem de vedar convenientemente o r/c; e porque tem de mandar calcetar o passeio; e porque aquilo ainda não está concluído; e porque mais isto e mais aquilo.
O lado curioso da questão, que até seria cómico se não fosse trágico, é que a gerência da entidade em causa, ao que parece, até costuma votar laranja, já tem "ajudado" o PSD, e faz parte das amizades pessoais de certo autarca da actual maioria. Integra portanto o tal grupo dos que já têm a cabeça cheia de galos, mas continuam às caroladas na parede, por ignorarem que essa é a origem dos galos. É caso para dizer -olha se calha a ser da oposição !
Porque a triste verdade é esta: Ao longo de todo o processo o tal gerente tem sido tratado pela autarquia como uma simples máquina multibanco com duas pernas e direito a voto.
Tudo legal ? Sem dúvida ! Não houve qualquer processo intencional de arranjar dificuldades para vender facilidades ? Pois certamente que não. Mas lá que parece, parece !
Provavelmente todos os intervenientes em nome do município terão agido e estarão a agir com a melhor das intenções e com o máximo respeito pelas leis em vigor. Mas parece não se darem conta de que a informação sobre estes casos se propaga na cidade e na região como um rastilho de pólvora. E em tal contexto, quem quer investir em Tomar ? Dizem alguns empresários cá residentes que só se for algum maluco vindo da Patagónia.
Há falta de bom-senso, é o que é !
Há falta de bom-senso, é o que é !
10 comentários:
O promotor pretende a licença de utilização quando nem a licença de construção de acordo com o edificado tem. Nem podia ter de acordo com os regulamentos em vigor. Bastam umas pesquisas para verificar que tem área a mais além de outros "pormenores". O promotor faz as obras sem cumprir o licenciado e depois dizem que a culpa é dos técnicos. Se os processos de acordo com os regulamentos demoram meses/anos quanto demoram os que não estão? Talvez menos. A "caldeirada" só será resolvida com a aprovação de um plano de pormenor com uma solução "feita à medida" pelos amigos laranjas.
Mais uma do Paiva - Barão da Trofa!
Faz, faz, dá à Colectividade, que a gente ó despois tratamos de tudo. OK!?
E o quem se está a lixar é o Ervilha!!!!!!
Habilidades de chico esperto encartado!!!
Mas há mais casos!!!!!!
E o último a chegar ao Aeroporto que apague a luz ... por favor.
O dito "casamento autárquico"(que agora está na moda mas por outros motivos) obteve o célebre resultado de 3 a 2, com outros 2 à espera de um eventual "divórsio" vai dando "jogadas sujas" sem que para tal exista qualquer "expulsão" do "terreno de jogo" autárquico.
Para quando algo que se possa ver e não só o nojo de quem é responsável por tais atitudes?
Como sempre acutilante.
É bom verificar que nem a chegada de um novo ano "amansou" a crítica impertinente mas sempre, sempre eloquente, do AR.
Tomar só tem a ganhar se souber dar valor a estas observações.
Um bom 2010!
TRETA!
O Ervilha não pagou um tusto de Licença de Construção, António Rebelo. Poque não tem Licença de Construção sequer, não senhor. Se pagou 149 mil euros, deve ter sido de qualquer outra coisa...
Já houve quem tentasse aprofundar o assunto do edifício; o Serraventoso até publicou um artigo a interrogar-se sobre como foi possível os técnicos da Câmara (Ah, desgraçados!...) proporem a aprovação daquele monstro (só que, tal como o amigo Rebelo usualmente peca, também não "puxou o fio à meada").
Mas, felizmente, muita gente sabe em que GABINETE DA AUTARQUIA esse processo dorme tranquilamente há meses a fio (basta consultar o atendimento do DAU...).
(Para reflectir um pouco sobre as parvoíces que o Sr. às vezes escreve neste blog! Porque pouco me interessa que este comentário seja ou não publicado, ok?)
Há coisas que nos fazem pasmar.
O agora vereador da Protecção Civil não atendeu alguns munícipes que, aflitos, nas vésperas do novo ano, queriam saber se o rio iria voltar a saltar junto à Levada. Pessoas simples, a quem foi fornecido o número de telemóvel do senhor vereador pelo funcionário bem intencionado dos serviços de protecção civil, para que fossem devidamente descansados pelo responsável municipal. O telemóvel chamava, mas o vereador, que devia estar ao serviço dos que lhe pagam o ordenado, ignorava. Certamente atarefado com as suas novas funções.
Um dia ou dois depois, o zeloso autarca lá arranjou um tempito para actualizar a página do facebook, através de telemóvel, para dizer que pudessem ficar descansados, que o rio não ia sair do leito. Nas palavras escritas pressente-se o desdém de quem pensa "que disparate!".
Ora aqui está um serviço público, destinado a todos (mesmo os que não sabem o que é a internet), atempado e de grande utilidade.
Haja pachorra!
PARA O ANÓNIMO ANTERIOR
Não se preocupe! Ainda a procissão vai no adro! Se espera deste senhor vereador um desempenho dito normal é porque não o conhece nem conhece os seus antecedentes...
Para os anteriores.
Afinal não estou só, já existem dois pelos menos aqui a expressar essa opinião. Mas tenho a certeza mais sabem e esperam os próximos desenvolvimentos da qualidade artística dos intervenientes no acordo. Ao que isto já chegou, mas ainda vai mais para baixo tenho a certeza, o algodão não engana com este tipo de senhores. Dá pena ver que o PSD no passado ainda teve algumas pessoas de nível a dar a cara pelo partido e agora está reduzido a isto, mais os outros dois do PS, sem qualquer utilidade para o concelho, pobre Tomar.
E que descansem os maldicentes anteriores, que por acaso o Vereador até ATENDEU o Munícipe preocupado com a possibilidade do Rio sair na Levada, e também vai continuar a actualizar o Facebook e o Twitter sempre que o entender e se justificar.
E também sem qualquer problema a assumir que sempre trabalhou pelo interesse público, com interesse público e pelas pessoas que nele votaram e neste caso que está a tempo inteiro na Autarquia também por todos os outros, incluindo os detractores, que não dando a cara vão ter no final que engolir - como vem sendo hábito - tudo o que disseram e escreveram.
É que já oiço e leio "atoardas" dessas há anos e especialmente sempre que estou prestes a "colocar" alguns dos que vivem de "expedientes" e de "resoluções" no devido sítio. O último desses até me ameaçou colocar um processo em Tribunal, mas deixou passar o prazo, para não passar a vergonha de ir lá e (também) perder (RISOS!)
Como dizia o meu camarada Guterres: É A VIDA!
O Vereador da Protecção Civil e outros...
LIÇÃO DE PORTUGUÊS - 1
Ao cuidado do sr. Luis Ferreira
o termo "MALDICENTE" não existe. Ou escreve MALEDICENTE ou MALDIZENTE.
Fica-lhe mal escrever com erros na qualidade de vereador (até mesmo em que qualidade for...se existir)
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