sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Há Tomar e TOMAR; há perder e ganhar

O socialista Hugo Cristóvão publica no seu Algures aqui uma magnífica peça pró-domus e anti-Carrão, a não perder sob nenhum pretexto. Esmiuçando a carreira do agora presidente da autarquia por substituição, Cristóvão escreve aquilo que na minha opinião pensa nesta altura uma larga camada de eleitores nabantinos. Que com a actual maioria relativa não vamos a lado nenhum e que o tempo de Carrão e do improviso já passou, sendo agora absolutamente indispensável arranjar quem seja capaz de pilotar a nau tomarense no oceano cada vez mais alteroso que aí vem e que não podemos de forma alguma evitar. 
Apoio e subscrevo, por conseguinte, tudo quanto avança o deputado municipal socialista. Lamento no entanto que não tenha abordado a outra vertente do problema local: Como foi possível que cidadãos respeitáveis, porém sem credenciais, sem programas e manifestamente de baixo quilate político, tenham conseguido vitórias eleitorais sucessivas, algumas até bastante folgadas? Mérito deles? Asneiras e outras aselhices dos adversários? Simples pouca sorte? Ou afigurações e basófia a mais? 
Caso não ousem pôr-se em causa, debatendo aberta e completamente a questão, é meu entendimento que os socialistas tomarenses estarão uma vez mais -embora convencidos do contrário, como tem sucedido- a dar a vitória de bandeja aos adversários. Isto porque, como bem sabem todos os tarimbeiros da urbe, as eleições não se ganham no dia em que os cidadãos vão ou não colocar os votos nas urnas, mas muito antes. E nesta altura, conquanto seja duro de aceitar, a verdade é que, pelo menos na cidade, à excepção dos ligados ao PS, ninguém aposta um chavo na vitória socialista. Exactamente porque o voto rural vai ser sobretudo pró-Carrão, por causa das tais comezainas e outros eventos pagos por todos nós. Quanto ao voto urbano, que representa mais de metade do total concelhio, tanto em 2005 como em 2009, os IpT obtiveram mais votos do que o PS em ambas as freguesias (2009 = IpT 19,83%, PS 16,72%, em Santa Maria; IpT 26,73, PS 15,81%, em S. João). Em 2005, ainda sem "Geração Tomar", fora  um pouco pior. Porquê?
Eis um excelente tema para debate interno, aberto e sem condições, no qual estou disposto a participar, caso os dirigentes do PS estejam dispostos a aceitar que as coisas são o que são e não aquilo que nos convém que sejam. Aqui fica o desafio. Em prol de Tomar!

1 comentário:

templario disse...

DE: Cantoneiro da Borda da Estrada

Que grande e oportuno safanão!

E o mundo rural existe! Eu até nasci lá. E há hoje bons caminhos para lá chegar.