segunda-feira, 30 de maio de 2011

COMO OS ESTRANGEIROS RESIDENTES VÊEM OS PORTUGUESES - 2

"Judith Bauer apaixonou-se pela Costa Vicentina, no Alentejo, quando era criança. Veio de férias com os pais e jurou a si mesma que um dia ia voltar. A promessa cumpriu-se em 2000, já a jovem alemã tinha completado os estudos de luthier [fabricante e/ou reparador de instrumentos de cordas] em Cremona, Itália: "Vim trabalhar com um luthier francês. Passado pouco tempo já estava a trabalhar por conta própria. Há muito trabalho; há muito mercado."
A sério? "Sim. Em Portugal o pior é a burocracia. As pessoas tratam-se por senhor doutor e por senhor engenheiro e não pelo nome, e como há muitas leis, tudo se complica. Uma vez, na Repartição de Finanças que havia em Alcântara, disseram-me que não tinham obrigação de responder à minha dúvida, que consultasse os códigos. Olhei e vi vários livros todos enormes. Desisti. Os portugueses recebem muito bem os estrangeiros, mas sinto que não são tão acolhedores quando os estrangeiros vêm para trabalhar."
Nessa altura, Judith preparava-se para montar o atelier onde constrói e repara violinos, violoncelos, contrabaixos e outros instrumentos de cordas. É essa a sua arte. "Não tenho nenhum português a trabalhar comigo, porque há poucas pessoas com esta formação." Insistimos e a jovem acabou por assumir que já teve "uma experiência que não correu muito bem. Na Alemanha, uma pessoa que entra às 08H00, está no trabalho às 07H50 e às 08H00 está mesmo a trabalhar. Aqui, às 08H00 toma-se o café, depois fala-se com a colega e talvez às 09H00 se comece a trabalhar. E depois antes do almoço ainda há uma pausa para mais um café. Custa dizer, mas penso que em Portugal as coisas não funcionam porque as pessoas fazem quase tudo a fingir."
Exemplos? Judith prossegue no mundo laboral: "Na cabeça de muita gente não está presente a ideia de que é preciso trabalhar bem e com eficácia. O que é preciso é ser visto. Nas manifestações também. Vêm para a rua, gritam, mas depois comportam-se como se nada se tivesse passado. Na Alemanha os sindicatos articulam-se com os patrões, para alcançarem o melhor para os trabalhadores e para o país, e há poucas greves. Aqui discute-se muito, culpam-se os outros e não se apresentam soluções."
Para Judith, a ajuda financeira do FMI, UE e BCE, representa uma oportunidade. "Mas só o dinheiro não basta. É preciso acabar com a mentalidade do "não estamos muito bem, mas ainda podia ser pior". Na verdade, podia ser bem melhor. Mas os portugueses têm de querer!"

Jornalista Célia Rosa, Fotógrafo Orlando Almeida/Global Imagens
Revista NS/Diário de Notícias, 28/05/2011
Negritos e cores de Tomar a dianteira

9 comentários:

Anónimo disse...

Banha da cobra , | 30/05/11 09:05

Continuem a dar dinheiro às carradas aos aposentados da FP..., afinal são eles os verdaddeiros motores do desenvolvimento económico!

in http://economico.sapo.pt/noticias/risco-de-falencia-da-grecia-ameaca-nova-crise-do-euro_119341.html

Anónimo disse...

Marcelo afirmou : "A escolha entre alguém que, a meu ver, não tem condições para e alguém que talvez tenha. Mas é uma escolha para muita gente do menor mal, com dúvidas, com insegurança. Acho que sim, não se pode negar essa realidade".

Anónimo disse...

Usando,VERGONHOSAMENTE,um programa de comentário televisivo de grande audiência para fazer PROPAGANDA DESCARADA AO PSD - o seu partido.

Um votante BRANCO.

Anónimo disse...

Sem dúvida que a escolha nas eleiçõeses de Domingo é sobre o mal menor. O Marcelo Rebelo de Sousa já o entendeu. Passos Coelho e Relvas são o mal maior. Neste momento colocar dois impreparados à frente do Governo é para fazer revolução. Venha ela. Quanto pior, melhor.

Anónimo disse...

Uma questão para os tomarenses.
Desde há alguns anos se vem defendendo que, além do turismo e dos serviços, Tomar deve especializar-se em cultura ?
O programa eleitoral do PSD, Passos Coelho/Relvas, pretende a redução de Ministérios e a despromoção da Cultura de Ministério para Secretaria de Estado ?
Sendo assim, Tomar e o resto do País ficam a perder. Como é que Relvas pode ajudar Tomar em Lisboa se vão desvalorizar a cultura ?

Anónimo disse...

Relvas quer lá saber de Tomar...
Cultura ou Agricultura com Ministério, ou sem ele, o que interessa? Não há mesmo dinheiro.

Mas podia haver se deixassem de pagar os milhares de euros que pagam aos aposentados. No máximo os dois IAS e meio que os desempregados vão poder receber limpos, a partir de 1 de Julho: 1025€. Era mais do que suficiente. O resto era para compensar o Estado do dinheiro que anda há anos a dar a mais a eles e assim a aumentar a divida de todos nós.
Como dizia e escrevia a UDP há vinte e cinco anos: os ricos (aposentados) que paguem a crise.

Anónimo disse...

Com Relvas e Paiva no Governo Tomar vai ganhar imenso.

Assim o Vicente, a Rosa, a Sandra Mata, o Delgado e outros que tais podem chegar a secretários de estado (a que isto chegou e ainda vai chegar!).

Vai pelo Rebelo ou vota no que diz o Marcelo...
(e lixas-te, bem lixado!),

Anónimo disse...

Até que enfim. Câmara comunicou às Juntas de Freguesia que acabaram as cedências dos autocarros. Os mesmos devem ir ser vendidos entretanto ( o novo vai ser levado pela emrpesa de leasing)
Acabaram-se as passeatas do tintol+ bailarico+ vote em mim. Agora as Juntas de freguesia que vão continuar com a desbunda, não vão parar. Antes as pessoas tenham lama e erva à porta que acabar com estas passeatas. No passado fim de semana foia vez dos Casis estar dois dias a banhos no passeio de autarcas

GANDE FMI VENHAM DEPRESSA TOMAR

Anónimo disse...

Manuela Ferreira Leite

Pobre senhora, o único argumento que encontrou um Passos Coelho por quem nunca teve em grande conta é o seu ódio a José Sócrates, é um triste exemplo da decadência a que chegou o cavaquismo. Sem nada ter dito no comício do PSD Manuela Ferreira Leite acabou por dar a melhor explicação para a actual crise política, o ódio a José Sócrates por um determinado sector do PSD, algo que também é evidente no acelerado professor 0%."

O JUMENTO