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Com a devida vénia e os devidos agradecimentos ao CORREIO DA MANHÃ de hoje, onde foi publicada esta saborosa crónica de João M. Tavares. À qual convém acrescentar algumas precisões, com o intuito de desfazer atoardas capciosas que por aí pululam. Uma delas é que o candidato Sócrates, nessa qualidade e mesmo como primeiro-ministro, tem geralmente pouco respeito pela verdade e pela realidade. Peço licença para discordar. Tudo devidamente ponderado, concluí que, bem ao contrário, o ilustre governante tem procurado cumprir à risca aquilo que não se cansam de lhe transmitir os enviados dos nossos credores -"Senhor primeiro-ministro, a situação é muito difícil e o futuro cada vez mais negro. Permita-nos um conselho: Habitue-se quanto antes a fazer mais com menos." Vai daí, não sendo economista e como bom português, está sempre a fazer mais obras com menos dinheiro e a gastar mais com menos receitas. Não se entende por conseguinte a actual acrimónia geral, quando fala em levar avante o TGV. Vê-se mesmo que não vivemos num país normal! |
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Por falar em país normal, esta santa terra tomarense também nem sempre se integra lá muito bem na normalidade. Já tínhamos as obras do elefante branco da Levada; agora temos também um Infante Branco, na Rua da Graça. As horas que o Nuno Gonçalves terá passado a pintar o senhor D. Henrique, todo de negro vestido! Vai-se a ver, cinco séculos volvidos, o Infante é branco. É mesmo vontade de contrariar a história! Ou será apenas o Infante D. Henrique no dia da comunhão solene, enquanto aguardava o TUT para o Castelo? |
Igualmente insólito é este belo animal a descansar ao sol, numa varanda da cidade antiga, como se fosse a coisa mais natural deste mundo. Tomar, uma terra pacata e normal? Era bom era! Já foi!
3 comentários:
O meu Zézito acabou de ganhar mais um debate, onde não esteve.
Contradições do Passos, sempre a embrulhar-se, com Portas a facturar.
O sr. Portas do Independente, dos submarinos, sobreiros e fotocópias é que devia ser explicado "às crianças". Sobre o PS e o PSD convem lembrar que muitos trabalhadores portugueses dependem do Estado (função pública, comércio deles dependente e trabalhadores de empresas privadas com negócios com o Estado). Foi este o Estado criado após o 25 Abril. Estes receiam as consequências das teorias liberais de Passos (Relvas parece desaparecido ou mandado calar).
Há depois a classe dos ricos, dos "gestores da moda" e ainda a dos reformados d'ouro do tempo da abastança. Estes que basta estarem vivos para receber os direitos adquiridos podem aceitar todas as aventuras, os outros receiam esse futuro aventureiro.
Imaginar um bicho destes a descansar num telhado ou varanda da cidade velha em Tomar é um exercício de pura liberdade de imaginação.
Mas afirmar que andam "hienas" a vaguear pela cidade é pura constatação da realidade...
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