É claro que, em relação ao texto anterior, tudo será algo diferente e muito mais problemático, caso entretanto venha a ser aprovada e implementada a anunciada reforma da lei eleitoral para as autarquias. Como é sabido, fala-se de redução de eleitos, de assembleias municipais com mais poderes e de executivos mono-colores. A ser assim, em Tomar teremos um executivo de apenas cinco membros e um parlamento local reduzido a metade.
Se mesmo com executivos arco-iris já chegámos ao que chegámos e estamos como estamos, com uma câmara de cor única, onde desencantar os cinco magníficos que não nos deixem ficar mais uma vez envergonhados? Confesso que não estou a ver. Dois ou três em cada formação, ainda vá que não vá; agora cinco?! Nas capoeiras políticas nabantinas ainda continua a ser religiosamente seguido o velho e conhecido princípio segundo o qual não pode haver dois galos para o mesmo poleiro, sob pena de acabarem à bicada.
Acrescente-se o estado calamitoso das finanças municipais e temos uma situação que poderá ser tudo menos fácil de ultrapassar. Não adianta por isso armar-se em carapau de corrida, considerando como de costume que o importante é ganhar as eleições, que depois logo se vê, pois desta vez o contexto vai ser outro. Ou muito me engano ou os eleitores tomarenses, embora mudos e quedos como sempre, já perceberam que têm sido "levados" noutras consultas eleitorais, pelo que em 2013 vão querer ideias substantivas, perspectivas realistas e explicações convincentes, antes de colocarem a cruzinha e depositar o papelinho na ranhura. Adeus promessas balofas, adeus megalomanias, adeus improvisações, adeus gajos desenrrascados, adeus projectos mal enjorcados em cima do joelho... Tarde é o que nunca vem.
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