segunda-feira, 11 de junho de 2012

AUTARCAS ESPECIALISTAS EM ASNEIRAS

É longa a lista de obras camarárias falhadas. De empreitadas caríssimas após as quais a cidade, em vez de melhorar, ficou ainda pior: Corredoura abastardada, Mouchão desfigurado, Várzea Pequena sem estacionamento para autocarros, estádio transformado em campo de treinos, pavilhão sem as normas legais em vigor, passadiço metálico Mouchão/ex-estádio marreco e inutilmente sobre-elevado, ponte do Flecheiro com uma faixa ascendente e duas descendentes (o inverso daquilo que é recomendado), dois passeios de dois metros e meio cada, a dez metros de uma ponte pedonal, mas sem rotunda no cruzamento Nun'Álvares/Combatentes/Torres Pinheiro, rotunda com fraca estética e um paredão mijatório, habitantes da Rua Pé da Costa de Cima obrigados a transitar pelo interior do parque de estacionamento para conseguirem chegar a casa de automóvel, obras da Levada sem projecto...É já longo o rol de parvoíces, a mostrar que teria sido muito difícil fazer pior em tão pouco tempo.
Conforme se escreveu esta manhã, Tomar a dianteira também dispõe de bons e bem posicionados contactos, embora não pratique técnicas do Carvalho. Desta vez, agoniados com tanta asneira e tanto dinheiro mal gasto, resolvemos recorrer ao nosso satélite espião, por acaso operado pela Google, posto que, falando francamente, nestas coisas de espionagem ainda não há como os americanos. Em meios técnicos, entenda-se...


(Se necessário, clicar sobre a foto para ampliar)

Nesta fotografia aérea, vemos na extremidade direita (Este) algum casario da cidade antiga. Ao meio, as duas manchas maiores são o Parque T e, logo à direita, os Paços do Concelho. No ângulo inferior direito, parte da Rua do Pé da Costa de Baixo e a Entrada da Mata dos Sete Montes. A linha branca contínua, no sentido Este/Oeste é o caminho pedonal pela Mata, recentemente renovado por 200 mil euros. A linha tracejada, no sentido Sul/Norte, assinala o acesso ao Castelo pela Porta da Almedina, ou Porta do Sangue, interrompido desde há 500 anos, que caso tivesse sido recuperado e requalificado, pouparia aos turistas mais de metade do caminho, em ambos os sentidos. Infelizmente, apesar de alertados atempadamente, os senhores autarcas mantiveram a sua estranha opção, que obriga os visitantes a percorrer toda a linha branca até ao terraço de entrada. Tem algum jeito?!
A outra linha tracejada, mais à esquerda, indica o que teria sido uma boa solução para melhorar a estrada do Casal do Láparo, cuja requalificação faz parte da actual empreitada. Como habitualmente, os senhores autarcas decidiram mal. Preferiram poupar na indispensável expropriação.
Com estes autarcas, ou com outros da mesma escola, alguma vez vamos conseguir sair do pântano onde continuamos a chafurdar, cada vez mais atascados?

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