sábado, 2 de junho de 2012

Um futuro digno para Tomar

No PS nabantino, Anabela Freitas terá sido reeleita ontem presidente da respectiva Comissão Política. Foi uma eleição com lista única, o que em política nunca é bom sinal. Significa sempre que não houve antes condições para profícuo debate interno. E sem debate, a democracia estiola.
Eleita portanto sem oposição interna, Anabela e os seus camaradas têm agora pela frente a parte mais difícil da travessia do rio que os separa das próximas autárquicas. Delas, da Anabela e da travessia, vai depender em elevada percentagem o sucesso ou o desastre socialista, na consulta eleitoral prevista para o último trimestre de 2013. Questionada pela comunicação social local sobre a sua eventual candidatura à presidência nabantina, a responsável socialista foi lapidar. Disse que cabe ao partido escolher o candidato numa eleição primária.
Na mesma linha de pensamento, no seu compromisso de candidatura à CPC, Anabela Freitas já antes referira que "Tomar tem muito saber instalado, tem cidadãos que gostam da sua terra e que estão dispostos a contribuir para devolver a Tomar a importância que esta merece", acrescentando que "O Partido Socialista deverá ser o aglutinador e potenciador da vontade de todos os que querem dar futuro a Tomar."
Assim sendo, é meu entendimento, enquanto tomarense empenhado em causas cívicas, que a melhor maneira de caminhar rumo aos objectivos já anunciados consistirá em organizar uma eleição primária aberta, tal como foi feito em França para escolher o candidato socialista que acabou por vencer as presidenciais, o que mostra bem as potencialidade de tal tipo de consulta. Tal escrutinio poderá ter um normativo muito simples, do qual constarão obrigatoriamente os seguintes tópicos: O cabeça de lista do PS para a próxima consulta eleitoral autárquica será o candidato mais votado na eleição primária que terá lugar em .....; Cabe à CPC organizar e supervisionar a eleição primária, até à proclamação dos resultados finais, homologar ou recusar candidaturas, por maioria simples e gerir os donativos recolhidos, dos quais apresentará contas; Podem candidatar-se todos os cidadãos titulares do cartão de eleitor, filiados ou não no PS e antes homologados pela CPC; Os candidatos aceites figurarão num boletim de voto único, com um quadrado à frente de cada nome completo; São eleitores todos os cidadãos inscritos nos cadernos eleitorais concelhios, devendo cada um apresentar no acto de votar identificação oficial com fotografia e  respectivo cartão de eleitor; Haverá X mesas de voto, que funcionarão em ..... das tantas às tantas horas; Cada eleitor deverá efectuar imediatamente antes de votar um donativo não inferior a um euro, a título de ajuda para as despesas eleitorais e de campanha; Cada candidato poderá designar dois delegados para cada mesa de voto, os quais se manterão em funções até à proclamação dos resultados.
Se assim for feito, então a democracia, os tomarenses em geral e os socialistas em particular poderão vir a estar de parabéns. Finalmente!
Porque na política, tal como na vida e sobretudo na agricultura -salvo raríssimas excepções- só se colhe aquilo que antes se semeou e cuidou. Com uma circunstância agravante há muito conhecida: "Quem semeia ventos, colhe tempestades."

1 comentário:

Luis Ferreira disse...

Uma pena que A.Rebelo não preencha uma ficha (novamente), se torne militante, faça depois a pedagogia pelo modelo democrático na Concelhia, distrital e nacional e augure convencer os órgãos nacionais - a quem compete tais alterações -, das vantagens de tal.

Ou melhor: tendo havido duas candidaturas ao PPD local (de elevadíssima cólidade política como vamos vendo e sabendo), porque não propõe também lá o modelo de primárias que diz defender para o PS.

Ou não estará na altura de bos deixar os de tretas e criar, com empenho e inteligência, uma solução de futuro para o nosso Concelho