quarta-feira, 25 de maio de 2011

COITADOS DOS TURISTAS!!!

Foto 1 Esquina Rua da Costa/Rua Nova, direcção sul-norte
Foto 2 - Esquina Levada/Rua Nova, direcção sul/norte
Foto 3 - Esquina Levada/Rua Nova, direcção norte/sul
Foto 4 - Esquina Rua Infantaria 15/Rua Nova, direcção norte/sul
Foto 5 - Esquina Rua Infantaria 15/ Rua Nova, direcção sul/norte
Foto 6 - Esquina Rua dos Moinhos/Rua Nova, direcção norte/sul
Foto 7 - Esquina Rua dos Moinhos/Rua Nova, direcção sul/norte
Foto 8 - Interior da Sinagoga. Aspecto da parede poente

  Foto 9 - Interior da Sinagoga. Aspecto da parede nascente

Coitados dos turistas! Quando resolvem visitar Tomar, estão longe de supor que os aguarda uma verdadeira penitência, uma versão moderna da Via Dolorosa. Já se assinalou que não existe em toda a cidade uma única indicação para turistas a pé. As  poucas que há tanto podem ser para peões como para automóveis ou autocarros. Os visitantes que pretendem deslocar-se ao Convento a pé, são obrigados a perguntar o caminho aos habitantes, ou a proceder por tentativa e erro.
Em relação aos outros monumentos acontece exactamente o mesmo, com especial enfoque na Sinagoga. Após meses e meses de pedidos, súplicas, requerimentos, reclamações e críticas, a autarquia lá acedeu a mandar colocar duas pequenas indicações em papel ( Fotos 4 e 6). É uma decisão posítiva, que se agradece, todavia muito insuficiente e a denotar que quem supervisionou a coisa não está muito habituado a fazer turismo.
Quem circular pela Rua do Pé da Costa de Baixo não dispõe de qualquer indicação do monumento judaico (foto 1). O mesmo acontece com os visitantes que venham pela Levada  (Fotos 2 e 3). Os transeuntes da Rua Infantaria 15 só vêem a indicação Sinagoga caso venham da Praça da República (Foto 4). Em sentido contrário, nicles. Já houve mas a chuva não perdoou (Foto 5). Mesmo cenário na Rua dos Moínhos. Quem vier da Corredoura vê a indicação (Foto 6); quem vier da Rotunda terá de perguntar ( Foto 7).
Concluído com sucesso o percurso do combatente, o turista vitorioso fica desanimado com o que vê no interior da mais velha Sinagoga do país. Tanto dinheiro europeu, tantos impostos e taxas, tanto subsídio para foguetes, morteiros e excursões "comezaina/tintol/bailarico",  e nem assim há cabimento orçamental para mandar picar, rebocar e pintar duas paredes? (Fotos 8 e 9) Tomar terra de turismo, não é verdade?

3 comentários:

Anónimo disse...

É a palestinização das nossas cidades. Não há coincidência em qualquer semelhança! As imagens que nos chegam daquele lado do mundo mostram-nos uma verdadeira orgia de cartazes e anúncios por todo o lado a que se junta, tal como cá, um intrincado conjunto de fios eléctricos para compor o ramalhete.
Em Espanha, por exemplo, em todo o lado onde foram feitas obras de restauro e conservação, sobretudo em zonas históricas, não se vê um único fio eléctrico, e os cartazes e anúncios são reduzidos ao mínimo, quando não mesmo proibidos.

Por cá é o que se vê, ou não fizéssemos nós jus à nossa herança árabe...!!!

Anónimo disse...

Melhor ainda: não se consegue na net uma planta da cidade com os percursos do TUT (só tem o 1º percurso que existiu, entretanto alterado). Terão falta de pessoal na càmara para actualizar os dados? Assim vai "o turismo que nos salvará" segundo o presidente, ou a "industria do turismo" segundo o vereador desbocado, ou a "necessidade de um turismo científico" como defende o autor do blogue. Se cá morasse haveria ainda o "turismo Kultural a custar milhões" à Carrilho do Côa.

Anónimo disse...

Boa noite. Estive no passado dia 8 a visitar a Sinagoga e perante este aspecto também perguntei o porquê e para quando as obras. Foi-me respondido que estão a tirar as lápides para rebocar e pintar as paredes. Acredito que esteja para muito breve. Muito obrigado. Ernesto Jana