segunda-feira, 23 de maio de 2011

FACTOS ESPARSOS PARA MEDITAR...

1 - Final da Taça de Portugal, em Lisboa, mas disputada por dois clubes do norte. 2 - Taça de Portugal, Taça Europa, Taça da Liga e Campeonato Nacional disputadas sobretudo por clubes do norte. 3 - A sul de Setúbal não há clubes da 1ª Liga, excepto um algarvio. 4 - No interior entre Tejo e Mondego, apenas um clube disputou este ano a 1ª liga -a Académica. 5 - Numa acção de campanha em Ponte de Lima -o único município do país liderado pelo CDS- Paulo Portas assinalou que a câmara local não tem dívidas, mas dinheiro a prazo nos bancos; que não cobra derrama aos seus habitantes; que lhes devolve os 5% de IRS fixados na lei; que cobra preços e taxas pelo mínimo; que é totalmente transparente, fornecendo atempadamente todas as informações solicitadas. 6 - Apesar do auxílio exterior, "os mercados" continuam a não confiar em Portugal. Referem que o país tem fraca produtividade e que desde há mais de dez anos vem perdendo competitividade.
Começando a meditar pelo fim, cabe referir que em geral a população, os eleitores, iliteratos em economia, não entendem minimamente em que consiste e quais os inconvenintes da baixa produtividade e da subsequente perda de competitividade. Refugiam-se no popular dito de Herman José: "o português é uma língua muito complicada e traiçoeira".
Não é o local nem o tempo para tentar explanar de forma detalhada a questão produtividade/competitividade. Por ora, fiquemo-nos pelo b + a = ba. Grosso modo, a produtividade é a relação entre o tempo, os diversos custos e a quantidade de produtos/merdadorias conseguidos. Daqui resulta, a qualidade igual e por comparação com a concorrência, a tal competitividade. No que concerne a Portugal, a situação é cada vez mais problemática nessa área sensível, não só devido à rápida obsolescência do aparelho produtivo , mas sobretudo por causa dos custos de produção. Para não entrar agora na excessiva regidez do mercado de trabalho, assinale-se que os empresários, forçados a pagar os factores de produção (energia eléctrica, combustíveis, matérias-primas, transportes, impostos...) mais caros do que os concorrentes estrangeiros, muito dificilmente podem competir em pé de igualdade.
Foi isso que, de forma sibilina, pretendeu assinalar o líder do CDS. Autarquias endividadas e demasiado obesas em termos de pessoal, tendem a cobrar quanto mais melhor, forçando o tecido produtivo a procurar paragens mais amenas, que facultem condições mais competitivas. Regra geral, essas paragens situam-se no litoral norte, conforme demonstra a maior densidade de clubes de futebol, como é sabido fortemente dependentes das actividades produtoras de valor acrescentado ou, por outras palavras, de mercadorias transaccionáveis.
Em Tomar, pelo contrário, confundem-se despesas com investimentos enquanto a dívida global vai aumentando cerca de um milhão de euros por mês. Para onde vamos?

2 comentários:

Anónimo disse...

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Em Tomar, pelo contrário, confundem-se despesas com investimentos enquanto a dívida global vai aumentando cerca de um milhão de euros por mês.
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Mas ninguém pára o progresso em Tomar. São feiras, festas, festivais em dose cavalar. São investimentos sem retorno para gláudio dos empreiteiros e demais legionários. São projectos que visam unicamente engordar o número de funcionários da autarquia.
Ninguém está preparado para pagar a factura que irá chegar dentro em breve. Os impostos directos sobre o imabiliário irão duplicar, mas mesmo assim ninguém parece preocupar-se. Continuamos na ressaca da grande farra... ou então estamos atordoados pelo peso dos analgésicos.

A.A.

Anónimo disse...

Boa tarde,

Terra de peixe de rabo na boca... o eterno retorno, o autismo politico e social da generalidade do povo da cidade. Actores sociais cobardes, vê-se pelo medo que têm dos ciganos, como eu nunca vi em lado algum, e já vivi em muito lado... Festas, feiras completamente ridículas e retrógradas, veja-se o exemplo do festival das sopas, sem comentários...
Ainda não percebi o arranjo do Pelourinho, em que modo veio beneficiar a população, o kioske no mouchão, porquê fechado!??
A levada não valia mais terem transformado num espaço comercial para comercio tradicional de qualidade (não o que existe em tomar), bares,restauração e cultura para todos, seja Cutileiros, Street Art, Teatro, Musica. Alguém aqui já foi ao Lx Factory ou A Fábrica de Braço de Prata, dois bons exemplos. Enfim vai nascer outro estádio vazio...
E vão criar um guetto na zona industrial!?? Este povo tomarense não sabe mesmo o que poderá acontecer... Querem criar ainda mais revolta... Bastava controlar com uma segurança atenta, disciplinadora, e humana. Associado a isso terem as condições básicas que qualquer ser humano necessita.
Sem querer ofender susceptibilidades acho que um dos problemas,entre outros, desta sociedade local é a atitude perante si e os outros, esta religiosidade e o pouco sentido Laico reflecte-se na mentalidade tacanha, veja-se o exemplo do aniversario da cidade, onde houve um direccionamento completamente católico, já pensaram em todos aqueles que não o são, e isto serve como exemplo para muitas atitudes completamente estruturadas e automatizadas a nível cognitivo.

ass: Aquele que quer chegar ao poleiro também