Foto Rádio Hertz
Foi mais uma conversa extremamente agradável, desta vez com um velho amigo, conterrâneo e colega de labuta. Refiro-me à 19ª edição do programa "À mesa do café", uma iniciativa conjunta Rádio Hertz/Tomar a dianteira, com o convidado António Sousa, o fundador maestro e impulsionador do Cor Canto Firme e da respectiva associação, a que agora também preside.
Conhecido entre os seus concidadãos, entre os quais tenho gosto de me incluir, como entranhadamente tomarense, começou por ter a franqueza de confessar que não nasceu nas margens do Nabão, onde chegou já com 5 anos, atribuindo todo o mérito da sua formação tomarense ao pai, o causídico António Sousa, que ele sim escolheu Tomar para viver com a família.
Reconheceu serem bastante difíceis para a música e para a cultura em geral estes tempos que agora atravessamos, lamentando que o ensino artístico continue a ser o parente pobre da educação portuguesa, assim a modos que uma coisa socialmente pouco prestigiante. Na mesma linha, lastimou que a autarquia ajude por igual todos as associações concelhias -cerca de centena e meia- quando seria de toda a conveniência, no seu entender, efectuar uma selecção em termos de qualidade e de pertinência, mantendo-se naturalmente a inteira liberdade de associação, desde que não implique encargos para o erário público, municipal neste caso.
Recordando o passado, não foi até aos tempos da Filarmónica Fraude, mas falou da criação praticamente em simultâneo da Canto Firme e do Fatias de Cá.
Como é do domínio público, ambas têm a sua origem na secção cultural da Banda Nabantina, que nos idos de 80 do século passado levou à cena uma célebre revista de costumes locais, intitulada justamente "Fatias de cá". Seguiram-se algumas peripécias genuinamente tomarenses, tendo como origem o antagonismo políticos entre alguns sócios e dirigentes daquela prestigiada agremiação musical. Havia então um sector mais à direita, muito preocupado porque, diziam mezza voce, "os comunistas querem tomar conta disto". Referiam-se mais concretamente a António de Sousa e Carlos Carvalheiro, demasiado "atirados para a frente" de acordo com a óptica então reinante. Durante mais algum tempo, o agora maestro da Canto Firme e Carlos Carvalheiro, actualmente líder do Fátias de cá, procuraram continuar naquela colectividade, apoiados por João Coimbra, Fernando Nini Ferreira e Manuel Machado, entre outros. Sousa ensaiando o coro da casa e Carvalheiro ensaiando mais uma peça. Mas foi sol de pouca dura, segundo relatou agora aquele, pois quando pretendiam ensaiar encontravam a sede sempre fechada, o que naturalmente os forçou a demandar paragens mais hospitaleiras. Mais tarde nasceram o coro Canto Firme e a Associação cultural Fatias de Cá.
Falando da actual conjuntura económica e social, Sousa mostrou-se bastante bem informado consciente e preocupado, mencionando a manifesta inadequação entre alguns dos nossos hábitos societais e os constrangimentos das economias europeias. Referiu designadamente, os hábitos de consumo dos portugueses, que surpreendem os visitantes estrangeiros, nomeadamente no que concerne a habitação, automóveis e férias a crédito, onde é evidente a tendência para vivermos acima das nossas possibilidades. Concluiu admitindo estar muito preocupado com o futuro próximo, temendo que não sejamos capazes de cumprir cabalmente o acordado com a troika, e portanto de ultrapassar com êxito a muita difícil conjuntura actual.
No próximo sábado há mais. A Rádio Hertz convidou o vereador, vice-presidente e ex-dirigente local do PSD Carlos Carrão, que recusou. Ele lá saberá porquê.
7 comentários:
Porque é que o Carrão recusou ?
É óbvio!
O homem não consegue articular duas ideias...
O homem não tem conversa para 1 hora,nem lá perto...
O homem tem uma "folga nos platinados" que ninguém o percebe...
O homem tem medo que lhe perguntem se ainda vai ser PC...
O homem sabe que a "merda" que os seus patrões Relvas & Paiva fizeram no concelho...
O homem terá consciência do bluff que é Relvas como hipotético ministro...
O homem é um inapto !...
O Carrão pode ser isso tudo, mas o que é certo e que será Presidente da Câmara de Tomar.
E já agora, muito melhor do que o Sr. De Sousa, mais conhecido pelo "sim-sim não faz nada".
Hoje, durante um largo período de tempo, estiveram a conversar animadamente, na Corredoura, Carlos Carrão e Sérgio Martins. De que falaram? De Tomar? Do PSD? Da Misericórdia?
E não falaram do outro irmão Sousa?
Claro só tinha que recusar. VALE ZERO e nem falar sabe. As crónicas escrever com o coração no Cidade de Tomar eram escritas pelo padre Mário
É o principal culpado da dupla que arrasou Tomar ( Paiva/Relvas)
Meteu-me nojo, nojo mesmo estar numa rua em Tomar e ver a rpocissão das coroas ( 3ª saída) em que se usou a mesma para Miguel relvas fazer camapnha. Só faltava o Passos Coelho. Ao que isto chegou. Nunca se v~e o homem e hoje tinha-mos que levar com este tipo. Depois ainda não percebi, numa procissão religiosa os componentes irem a falar alto, ao telemóvel, a bater palmas e a cumprimentar pessoas nas varandas. padre Mário diaga a estes vaidosos que numa procissão, vai-se com respeitoe não s ebatem palmas ou então digam que isto não é nada de procissão é a feira das viaddes e a marcha da promoção e de se mostrarem. Ganhem postura e não queiram acabar com a Fetsa. Isto não se vê em lado ennhum. e uma imagem péssima para visitante e cheira mal, cheira a podridão do sistema, cheira a promoção, cheira a compadrio. Vai ali gente que devia ter vergonha na cara pelo que fez a TOMAR
Miguel Relvas não deve meter nojo a ninguém. Pelos vistos ele assume-se publicamente católico. Nojo metem os dirigentes socialistas que passam a vida a dizer que são ateus, agnósticos ou (prognósticos?), mas sempre que lhes convém por motivos eleitorais fartam-se de beijar as mãos dos bispos e do Patriarca, suposto socialista lisbonense!!!
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