Agravam-se perigosamente as consequências da crise. Em Tomar são cada vez mais as falências e insolvências, os desempregados e os jovens à procura do primeiro emprego, os salários em atraso e as rendas por pagar. Há também famílias a entregarem os apartamentos comprados a crédito, por não poderem honrar os compromissos assumidos, cidadãos sem abrigo, outros a viverem em barracas. E até o já célebre "problema urgente, que já se arrasta há mais de 40 anos". Falo, claro está, do acampamento cigano do Flecheiro.
Dirão os políticos instalados no poder que não têm culpas no cartório, mas estarão uma vez mais a tentar intrujar quem os elegeu. Porque nalguns casos é evidente o seu desmazelo. Determinada entidade local tem salários em atraso "porque a autarquia não está a cumprir com aquilo a que se comprometeu", segundo uma informação de fonte fidedigna.
Neste clima social deletério, Tomar a dianteira sabe de fonte segura que a Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais (PSD), resolveu organizar mais uma excursão gratuita para eleitores séniores, autarcas e respectivos familiares, daquelas tipo "tintol/comezaina/bailarico", com direito a discurso do sr. vereador Carrão, que costuma ir e vir no seu/nosso Opel Insígnia, para não se misturar com a maralha, para além do estritamente necessário. Gente fina é outra coisa!
Desta vez, segundo se conseguiu apurar, a passeata será até Bragança, estando prevista para os dias 10 e 11 de Junho. Custará aos contribuintes à roda de 4 mil euros, caso os participantes paguem as respectivas pernoitas. Caso contrário, upa! upa!, que o orçamento dá para tudo. Infelizmente, a crise chega a todo lado, pelo que tentar comprar votos fica cada vez mais caro ao erário público. E como, com grande pena de todos, os euros não esticam, os que se gastam em tintol e etc. fazem depois falta noutros sectores.
Para além de se tratar indubitavelmente de um sinal errado aos cidadãos, por outro lado instados a poupar e a pagar cada vez mais impostos, tais passeatas constituem uma forma de concorrência desleal às agências de viagens locais, cujos impostos e contribuições vão servir em parte para lhes roubarem os potenciais clientes. Será justo?
Continuando nesta questão da crise e dos dinheiros, pessoas minhas amigas opinaram que fiz mal em revelar os rendimentos anuais do meu agregado familiar. Segundo elas, estamos num país e numa terra de invejosos, que agora me vão passar a odiar ainda mais. São bem capazes de ter razão. Sucede, porém, que sempre procurei ser coerente. Ao longo da vida sempre tenho procurado, na medida do possível, dizer o que faço e fazer o que digo.
Neste caso, resolvi agir assim porque: 1 - Sendo um dado adquirido que ninguém vence eleições dizendo a verdade, eu, pelo contrário, não estou nada interessado em vencer o que quer que seja sem dizer dizer toda a verdade; 2 - Sempre fui e continuo a ser partidário da consulta livre, por qualquer cidadão e sem restrições, de todas as declarações de impostos e contribuições, como forma de pôr fim a dissimulações e falcatruas de toda a ordem; 3 - Há por umas ratazanas velhas, com recalcamentos e outros traumas, sempre desconfiados em relação aos seus concidadãos. Assim, já ficam a saber de antemão que, caso me venha a candidatar a qualquer lugar, hipótese ainda a ponderar em tempo oportuno, não será de certeza para meter a mão na gamela orçamental. Porque não tenho feitio, não estou habituado, nem preciso. Tanto para mim como para a minha família. Aqui fica o recado, para todos os fins julgados úteis.
13 comentários:
TOMAR TEM MAIS ENCANTO COM A. REBELO
É a campanha (stupid)!
Mas olha que o Carrão faz isto há mais de uma dezena de anos,SEMPRE COM A OPOSIÇÃO do RELVAS.
VERDADE?
O Relvas só vê em Tomar uma forma de prestigio, e sacar dinheiro das senhas e deslocação, mais nada.
Está na calha mais um baluarte de Tomar a ser decretada falência. Mais 20 funcionários para o olho da rua não tarda
Já há ordenados desde Março em atraso
Qual é a que está em risco de falência?
Já que manda o palpite para o ar...ponha "o nome nos bois",certo?
Para ser franco consigo, divulgar os seus rendimentos anuais (agregado familiar), poderá não ter sido boa decisão. Não gosto de me meter nas questões de rendimentos seja de quem for. O meu comentário é forçado pela sua seguinte declaração e suas implicações políticas:
""...caso me venha a candidatar a qualquer lugar, hipótese ainda a ponderar em tempo oportuno, não
será de certeza para meter a mão na gamela orçamental. Porque não tenho feitio,
não estou habituado, nem preciso. Tanto para mim como para a minha família. Aqui
fica o recado, para todos os fins julgados úteis."
"NEM PRECISO"! - afirma, a propósito de meter a mão na "gamela"... É esta expressão que me leva a comentar.
No passado prevalecia o carácter olígárquico dos executivos municipaiss (no liberalismo, especialmente, e não só), a par do aristocrático, o de tradição familiar, onde se incluíam também os letrados. Elites concelhias, ou seja, elites de poder local. Como eles se amanhavam!!! Mas essas elites, sob roupagens diferentes, existem e prevalecem ainda hoje.
Para garantir o poder das elites existia o direito censitário, não só para os votantes mas também para os elegíveis. Era preciso fazer prova de um mínimo de bens mais ou menos substancial para votar e para se candidatar ou deter capacidade elegível. Supostamente, como garantia de impolutibilidade ...
O Senhor quis provar a quem se entreteve a contemplar... os seus rendimentos (nada maus, nada maus...), que ao perfilar-se como eventual candidato à cadeira principal da Praça da República, apenas sentimentos de generosidade, paixão de servir a comunidade e de cidadania o moviam e que, quanto a roubalheira, podiam ficar descansados, visto que o seu rendimento anual não o seduziria para maus caminhos: "NÃO PRECISO"! E se têm dúvidas olhem para o que eu ganho, fruto do meu trabalho.
Esse argumento, sem que dê por isso, não faz regra, está carregado de veneno - talvez por ser imune ao seu efeito, e acredito que sim.
A história desmente liminarmente esse conceito implícito na sua afirmação. Usá-lo visa, involuntariamente, anatemizar os de parcos haveres, se candidatos a cargos públicos. A história do exercício da política, mesmo em Portugal, desmente-o. Exemplos recentes do BPN e BPP e de alguns autarcas, etc., são do conhecimento público. E ficamos por aqui quanto a exemplos.
Não adianta, por isso, revelar os seus rendimentos e tranquilizar os munícipes com o "NÃO PRECISO"! Essa bandeira está esfarrapada há milénios. A prévia declaração de rendimentos, antes da tomada de posse de certos cargos políticos,serve para comparar com declarações posteriores ao abandono desses lugares - Onde é que ele foi descobrir tanto dinheirame?! Esta prova não se faz.
Além disso, tendo sido funcionário público, o valor da sua reforma levanta uma enormidade de questões conflitantes, que é errado discutir agora, tendo em linha de conta as especiais fórmulas que as determinavam na altura, com privilégios relativamente à dos outros trabalhadores. Entretanto foram alteradas pelo actual Primeiro Ministro.
Quando me reformei depois de contribuir 46 anos, no setor privado, soube o valor que me coube e quanto me caberia se fosse funcionário público nas mesmas condições. Uma diferença do caraças!
O meu Zézito ousou mexer nessa injustiça. É também por isso que voto nele.
Mas não tenho inveja, sentimento que desconheço seja no que for.
O Matadouro vai ser uma matança económica no concelho.
E logo agora que o frango passou a estar no moda... pois a carne de vaca e de porco ficou mais distante da bolsa dos portugueses.
Respeitável Provedor, ilustre Dr. Rebelo,(candidato ou não candidato).
Estamos todos sob mira; o senhor, eu, todos quantos, de boa ou menos boa fé, passarem ali para as bandas da rotunda embruxada, também conhecida e autenticada como de Alves Redol!
Isto é um “big brother” á moda de agora!...
O meu ilustre e atento repreensor, já olhou, com olhos de atenção, para o cimo, para o cume, lá mesmo para o alto, da esquina sul poente do edifício da moagem (agora em obras de peso de puro para transmutação em museu qualquer de coisa…); pois, se não olhou, olhe, fotografe, amplie e divulgue aquele olho de águia vulgo câmara de filmar a 360 graus ali instalada para, para , eu não sei bem para quê!...
Estamos todos sob mira!...(repito).
Ajeite-se o senhor (como tem prometido…), a fazer uma mijinha no muro ali plantado e a que chama das vergonhas e…. pimba, fica logo com o pirilau filmado e fitado, para o que der e aprouver!...
E diz o Provedor que em Tomar não se trabalha à séria!..
À séria, e ao nível das melhores urbes da Europa, e do mundo!...
Que viva o voyeurismo!....
Saudações, da mira, e a espreitar!
d´esquina
Tomar necessita de uma «troika» o quanto antes... Ou melhor, os tomarenses necessitam que a «troika» tome conta dos destinos do município o quanto antes.
Primeiro: Acabar com a «tachice» que está instalada nos SMAS e dar lugar a jovens formados, que não tenham qualquer filiação política;
Segundo: Diminuir o número dos agora chamados deputados da Assembleia Municipal. Correr com os «deputados» tachistas e deixar apenas os presidentes de Junta de Freguesia. O Bloco, como não tem nenhum, beneficiava da excepção de manter representação «de fora». Mas apenas um elemento. Imagine-se a quantidade de dinheiro que se poupava em senhas.
Terceira: Acabar, de vez, com a acumulação de «tachos». O caso mais flagrante é Fernando Jesus. Ou é Provedor da Misericórdia ou vice-presidente da Assembleia. A chucha tem que se esgotar.
Quarta: Limitar o uso de telemóveis aos membros do executivo camarário. E abolir, de vez, os luxos. Nada de topos de gama para se andarem a pavonear. Um telemóvel de 15 euros serve bem para o efeito. Até dão para enviar sms.
Quinta: Acabar com a frota luxuosa que é colocada ao dispôr de alguns. Mas que vergonha é esta de um membro do executivo andar de topo de gama, ainda para mais quando nem estamos a falar de deslocações de trabalho?! Haja descaramento!
Sexta: Contratar ou delegar tarefas em alguém responsável e competente para ver, de perto, as obras que são feitas na cidade e, consequentemente, a eficiência dos operários. A Câmara gasta «rios» de dinheiro fruto de intervenções mal feitas e de perguicite aguda.
Que os tomarenses juntem mais ideias, que promovam um abaixo-assinado, que sejam um exemplo para o país. Caso contrário, não ganhamos para os lenços...
O fascista do coxo do jaguar já anda outra vez por aqui a empestar o ambiente.
Irra, que ninguém imprensa por fraude.
País de crápulas.
Mas há mais.
Há aí uma pequena empresa tomarense, muito conhecida, onde o proprietário grita e chora porque não está a aguentar a situação, e queixa-se de não ter apoio dos bancos.
Os bancos também têm problemas.
Fornecedores do matadouro estão assustados, têm muito a receber e podem vir a perder um grande cliente.
Na Zona Industrial há uma empresa de componentes para veículos em dificuldades.
Vai fechar muita coisa. E os serviços públicos?
O que eu gosto de "cumuer e de buer"! Já passou a feira das sopas. Venha agora a do frango assado e a da cerveja! isso sim é "quinduca", ou como diria o Perestrelo que cá andasse: "é disto que o meu povo gosta!".
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