sexta-feira, 6 de maio de 2011

SINALIZANDO (UMA VEZ MAIS) A FALTA DE SINALIZAÇÃO






Por todo o país, o turismo é o mote para o desenvolvimento local. Tomar não escapa à regra. Lástima que não se consiga passar das palavras aos actos. Actividade extremamente sensível, cujo desenvolvimento depende muito da promoção e esta do "boca a orelha" praticado pelos que já nos visitaram, qualquer erro pode ser fatal. Mau acolhimento, má relação qualidade/preço, população pouco hospitaleira, maus acessos, pouco comércio, falta de sinalização completa e adequada... Tudo coisas susceptíveis de desencorajar mesmo os turistas mais tolerantes e optimistas. Que irão dizer mal da sua passagem por Tomar, afastando assim outros candidatos à visita da cidade templária. Cujos eleitos, pelo que se pode constatar, também se não incomodam minimamente. Há anos que se reclama uma sinalização concordante com século XXI e com uma cidade templária e património da humanidade. Até agora em vão.
Aquilo que existe, até devia envergonhar os seus autores, não fora o caso de já terem batido a asa. Ninguém consegue saber sequer a quem se destinam as raras placas de sinalização existentes. Para todos os veículos? Só para ligeiros? Só para autocarros? Para ligeiros e peões? Só para peões? Por onde devem ir os peões para o Convento? E os peregrinos para Fátima? E os peregrinos para S. Tiago de Compostela? Qual é na área urbana o respectivo caminho multi-secular?
Cúmulo da miséria, o monumento tomarense mais difícil de encontrar, a Sinagoga, que por acaso até pertence à autarquia, apenas tem uma pequena indicação artesanal, em papel, à esquina da Rua Direita. Que geralmente desaparece ou fica em mau estado quando chove. Quando será que os senhores autarcas, sempre com gargarismos sobre turismo cultural, ganham alguma vergonha na cara e mandam proceder à elaboração e colocação das indispensáveis indicações para quem nos visita, seja em trabalho ou em lazer? De promessas não seguidas de efeito, estamos todos fartos. E os turistas não se compadecem com dificuldades humanas ou orçamentais. Quem sabe sabe! Quem não sabe passa a corneta a outro que saiba! Assim dizia, já há mais de 50 anos, o cabo de corneteiros do 15. E era só cabo! Imaginem o que diria agora o general comandante da 3ª Região Militar, que já foi em Tomar, mas entretanto desapareceu...
Para ver se entendem melhor o que se pretende, aqui ficam alguns exemplos de sinalização turística, num país do sul da Europa, como nós -a Itália do cavalière Berlusconi, que até nem é grande espingarda.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tomar não poderá - NUNCA - ser comparada a Veneza!