terça-feira, 4 de junho de 2013

Convento de Cristo: tudo na mesma

Segundo a imprensa, o secretário de estado da cultura mandou publicar um despacho uniformizando os serviços de gestão do património cultural, uma vez extinto o IGESPAR, de triste memória. Infelizmente, pode-se dizer que tudo na mesma como a lesma. Continua a ser preciso marcar previamente as visitas guiadas ao Convento de Cristo; continua a ser preciso depender da disponibilidade dos serviços; continua a ser preciso pagar 6 euros/pessoa, sem direito a qualquer explicação ou acompanhamento; continua a ser preciso aturar o feitio áspero da actual directora interina; continua a haver horários desadequados; continua a não existir qualquer sistema de segurança minimamente fiável; continua a não existir qualquer sistema de alarme anti-incêndio; continua a não existir qualquer sistema de alarme anti-intrusão; continua a haver uma entrada para os visitantes que é uma vergonha. Em resumo, mantêm-se todas as mazelas.
Apenas mudou o regime de acesso gratuito. Até agora entrava-se de borla aos domingos de manhã. Agora só numa manhã de domingo por mês. Porquê? Vontade do príncipe decerto. Perante isto tudo e muito mais, o executivo municipal, que em teoria representa a população do concelho, reunindo a cem metros do monumento, mantém-se mudo e quedo. Como diria o voltairiano Pangloss: está tudo bem no melhor dos mundos possíveis.
É certo que o também social-democrata Seara, que preside em Sintra há vários mandatos e com grande sucesso, lá conseguiu para uma sociedade de direito privado e capitais públicos -Parques de Sintra Monte da Lua- a gestão do Castelo da Pena, do Parque, dos Palácio Nacionais de Sintra e de Queluz. Mas isso é em Sintra! Aqui em Tomar dava muito trabalho à autarquia integrar uma sociedade semelhante para gerir os monumentos, a Mata, o Nabão e os Tabuleiros. Assim os senhores eleitos ganham o mesmo e cansam-se menos, que pensar também fatiga. Deus os abençoe e proteja, que estamos bem servidos! Amen!

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