A peça de António Freitas sobre a escola dos Calvinos, já aqui publicada, faz a manchete desta semana de Cidade de Tomar. Uma proposta dos Independentes, visando acabar com as remunerações dos elementos do CA dos SMAS e o caso do funcionário municipal, agredido por um campista estrangeiro, que há vários meses não pagava as taxas devidas, são outros dois temas importantes, no jornal decano da imprensa local.
Na página 8, sob o título "O funcionamento da Assembleia Municipal", é feito o resumo do programa semanal "Praça Pública", da Rádio Cidade de Tomar, emitido aos sábados. Aí se lêem, a dado passo, várias considerações de Pedro Marques sobre o funcionamento do parlamento tomarense. Salvo melhor opinião e tratando-se de um profissional do foro, é meu entendimento ser descabido, constituindo até um caso de falta de respeito pela AM, um membro do executivo tecer considerações pouco lisongeiras sobre o funcionamento daquele órgão.
Que os agora designados deputados municipais opinem livremente e critiquem o executivo e/ou os seus membros, eis algo de absolutamente natural. Tratando-se de um órgão de fiscalização, cada um dos seus membros pode e deve poder dizer o que lhe aprouver. Já o contrário não é aceitável, numa democracia de tipo ocidental. Alguém imagina José Sócrates -apesar do seu conhecido feitio execrável, que até os próprios membros da troika, que só cá estão há três semanas, já classificaram de intratável- arrogar-se o direito de criticar a Assembleia da República, ou algum dos seus parlamentares,mesmo na qualidade de secretário-geral do PS? Havia de ser o bom e o bonito!
Cada macaco no seu galho, proclamam os brasileiros. Conviria por conseguinte que Pedro Marques, que já não é propriamente um principiante político, delegasse futuramente noutro elemento dos IpT que não integre o executivo, a tarefa de desancar na Assembleia Municipal e/ou nos seus eleitos. Nestas coisas é sempre conveniente estar atento às regras e às boas maneiras. Caso contrário, contribui-se involuntariamente para degradar as instituições. O que é sempre nefasto.
|
N'O MIRANTE, uma grande foto do "famoso chef Chakall", do qual confesso que nunca ouvira falar anteriormente, chama a atenção para a notícia, na página 39. Nunca havendo almoços grátis, conforme proclama o Prof. João César das Neves, a página 2 do dito semanário fornece a resposta, publicando um anúncio a cores do certame tomarense. A vida é dura e a imprensa vive dos anunciantes. Apenas um reparo para a evidente rasteira causada pelo uso deficiente da língua pátria. "Sábado há sopas de todo o mundo em Tomar" é um manifesto abuso de linguagem, que não respeita a verdade. "Sábado há sopas do mundo", seja! Agora "sopas de todo o mundo"? Nem pensar! Haverá alguma da China? Do Egipto? Da Colômbia? Embora aconteça na capital de distrito, julgo que os eleitos tomarenses terão interesse e proveito em ler, na página 20, que "Comerciantes vão para o Convento das Donas durante as obras no mercado de Santarém. Requalificação do mercado municipal deve durar oito a nove meses, na melhor das hipóteses". São mesmo atrasadinhos, estes autarcas escalabitanos. Então não sabem que isso se resolvia comprando uma tenda e o respectivo equipamento? Tem algum jeito mudar as pessoas para um convento? Venham a Tomar ver o que é trabalho e inovação! Estão à espera de quê? |
|
A exemplo das semanas anteriores, O RIBATEJO continua a não incluir qualquer referência a Tomar, seja em termos noticiosos, seja no domínio da opinião ou análise. Demonstra assim, na prática, aquilo que venho afirmando há anos: Tomar integra uma província e um distrito com os quais não tem nada a ver. Seria muito mais lógico depender de Leiria, que até fica mais perto, mas os senhores da capital e do capital nunca o desejaram. Resta aguardar pela próxima supressão dos supérfluos governos civis e pela fusão de municípios, para ver se conseguimos libertar-nos de uma tutela de coxos intelectuais, que só nos tem prejudicado ao longo tempo. E se algum leitor discordar deste ponto de vista, como é seu direito cívico, que se identifique, para se poder fazer a experiência sugerida pelo saudoso Nini Ferreira, tendente a apurar quem é realmente ribatejano. Solta-se um touro em pontas, na arena da nossa praça. Quem o conseguir pegar de caras, pode dizer que é ribatejano. Aos outros restará meter a viola no saco e ir dar música para outro lado. |
|
O TEMPLÁRIO continua especializado nas "ocorrências diversas", os conhecidos "faits divers", do tempo em que o francês ainda mantinha o estatuto de língua universal de cultura. Uma vez que o seu director, o amigo José Gaio, nunca brinca em serviço, esta insistência nos temas do tipo "faca e alguidar" deve congregar mais leitores e assinantes do que a política local. Além dos temas comuns aos outros dois semanários e do suplemento sobre a Festa dos Tabuleiros, relevo para uma bela crónica de Ernesto Jana, na página 26, bem como para o apelo ao voto no PS, de Carlos Cavalheiro, na página 18. O amigo Carlitos lá saberá as linhas com que se cose, que também já tem muito mundo e já rompeu muitos fundilhos de jeans, entre outras coisas. Por mim, já não consigo mais ir por aí, em eleições legislativas. Tenho o líder do PS atravessado na garganta...e já estou velho para realidades virtuais. Tudo tem um limite! Até as comédias. |
11 comentários:
Passei hoje os olhos pelo pasquim citadino "Cidade de Tomar", e não pude deixar de pensar que realmente a iliteracia é tramada, mais ainda quando ao serviço da imprensa escrita.
Num dos seus títulos a propósito do parque escolar abandonado, o jornalista refere uma escola que está "vedada ao abandono e ao vandalismo"...
Quereria o ditoso profissional da imprensa dizer "votada", mas a sua falta de cultura não o deixa distinguir entre um termo e outro.
Outro título que me chamou a atenção foi o da multa de trânmsito aplicada ao sr. padre Mário Duarte devido a estacionamento abusivo. Diz o referido título, salvo erro, que "NEM O PADRE ESCAPA À MULTA".
Até parece que em condições normais este sr. padre, ou os padres em geral, estão isentos de coimas, e que este "infeliz" acontecimento se deve a excesso de zelo por parte da PSP.
De facto nunca vi escrito neste pasquim que o "Zé da Esquina" apanhou uma multa aqui ou ali por este ou aquele facto.
Continuam os padres a ser individualidades acima do comum cidadão? Continuam os padres a manter o estatuto que tinham no tempo da "outra senhora"?
Nõa há dúvida que Salazar e a sua máquina fizerem um bom trabalho! Só os tempos mudaram. As mentalidades continuam a ser as mesmas...
O Pedro foi à Rádio falar sobre a Assembleia Municipal certamente porque pensa que nenhum dos chamados deputados municipais dos IpT tem competência para isso, digo eu!
" Tenho o líder do PS atravessado na garganta...e já estou velho para realidades virtuais. Tudo tem um limite! Até as comédias."
E se não quer comédias (PS) o que sugere?
Uma tragédia em dois actos (PSD)?... Um ficção algo romanceada (CDS)?... Um ficção ciêntífica (BE)?... Sim porque não estou a vê-lo adepto do polar (CDU)?...
O lacrau do Nabão
E o anúncio custou a módica quantia de 300 euros + IVA senão o director do Mirante ataca
Vamos ver quantos amantes da SOPA de PEDRa ( área de influência do jornal) vem a Tomar, pelo que sabemos a CP tem promoção do COngresso no seu site e tudo aponta para um sucesso de participantes, agora quanto a contsas, certinhas, vamos a ver no final
Para Lacrau do Nabão:
Em último caso, ainda restam três hipóteses: abstenção, voto branco ou voto nulo.
Uma pérola no Cidade de Tomar.
O António Madureira, na sua Nota do Director, escreve:
- que o CT tem 76 anos de edição; no cabeçalho vem 77 anos.
- que o CT foi criado nos anos 40; se tirarmos 77 a 2011 dá 1934.
Um homem com piada.
Os jornais falam das eleições na Liga dos Bombeiros, e dizem do número de votantes. Qual a IPSS de Tomar que não quer dar o úmero de filiados na instituição? Uma IPSS que tem vindo a perder filiados. Há bronca a caminho. Os documentos para as autoridades competentes estão a caminho.
Caro Professor:
Só agora reparou que a Imprensa local caiu para nível que deixa muito a desejar? Li o editorial (?) do Cidade de Tomar, publicado na última página e assinado pelo Director. Fiquei surpreendido. Fala de “um novo CIDADE DE TOMAR, designadamente todo a cores”. Confesso que não me apercebi da mudança. O conteúdo continua fraco e faria corar o saudoso Dr. Nini Ferreira ou Romualdo Mela. Até mesmo Mário Cobra.
No Templário, também gostei da crónica de Ernesto Jana. Quem sabe, sabe!
O estimado Professor Rebelo refere a Assembleia Municipal como parlamento tomarense. O dicionário Priberam define parlamento como “Assembleia política onde se discutem os negócios do Estado” ou “Câmaras legislativas”. Apelo ao seu saber e peço-lhe o favor de esclarecer se as Câmaras discutem negócios do Estado ou negócios locais e se criam legislação (com força de leis) como a Assembleia da República.
Agora que o País tem mais doutores do que operários, tornou-se hábito chamar deputados aos membros das assembleias municipais. Não estamos perante uma vaidazinha despropositada?
E porque o Estimado Professor manifesta publicamente o seu desencanto com o Primeiro- Ministro demissionário, permita que deixe aqui este pequeno comentário do Sr. Juergen Kroeger, da Comissão Europeia que veio a Portugal preparar o programa de Governo para os próximos anos: «Se a ajuda tivesse sido solicitada mais cedo, o programa seria menos doloroso (...) Algumas áreas poderiam sofrer medidas menos restritivas».
Bom fim de semana!
O anuncio do Congresso da Sopa tb vem no Templario e cidade de Tomar da passada semana... qual é o problema na divulgação disto... há dinheiro que é mais mal empregue, de certeza
"E o anúncio custou a módica quantia de 300 euros + IVA senão o director do Mirante ataca"
Só 300 euros???
UHm..... Não acredito!
Anuncio no Mirante custa 1800€+IVA
E o rebelito na vota mais no socras porque o homem lhe vai reduzir a aposentação em 150€
Lá vai menos uma passeata
N'a direito
Para anónimo em 05:48
Percebo que estar de serviço de noite não é mesmo nada agradável.Daí uma provocaçãozita "prá ver a reacção do gajo". Pois está enganado cara (o) leitora (o). As minhas opções políticas e/ou eleitorais nunca tiveram nem têm nada a ver com os bolsos ou com a carteira. A questão situa-se mais acima, numa coisa coisa chamada cabeça, que pelo menos no meu caso costuma servir para pensar antes de agir.
E depois, se você pensa que eu mudaria de opinião por uma miséria de menos de 150 euros por mês, então não me conhece mesmo. Está só a mandar papos.
Tenha um bom fim de semana...e seja feliz pois por enquanto ainda tem um posto de trabalho. É uma situação que deve ser estimada, podendo muito bem não vir a durar para sempre...
Enviar um comentário