quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

ANÁLISE DA IMPRENSA LOCAL E REGIONAL

Redacção de Tomar a Dianteira
Se calhar adeptos do "se eles sacam, porque não hei-de sacar eu?", os responsáveis da empresa que colocou o interceptor da cidade nova não estiveram com meias medidas. Alegando obras a mais e outros contratempos, como por exemplo a interrupção forçada para a realização da Festa dos Tabuleiros, avançaram para a justiça. Pedem uma idemnização nunca inferior a milhão e meio de euros (500 mil contos). Para uma empreitada que custou pouco mais de 2,6 milhôes de euros, não se pode dizer que sejam modestos a pedir. Dado que a citada empresa é de Braga, onde como se sabe a influência religiosa é grande, provavelmente terão pensado que, por estarmos próximos de Fátima e da Santa da Ladeira, ainda cá acontecem milagres. Caberá ao Tribunal de Tomar decidir se têm ou não razão. Entretanto, O Templário fez manchete da notícia, aparentemente desconhecida para os restantes periódicos da zona.
Ainda no Templário, as habituais crónicas de Isabel Miliciano, José Soares e João Simões, bem como 18 páginas de desporto, para 28 de informação geral. O Remate já bateu na trave há largos anos, mas parece ter deixado muitas saudades a gente influente. Para os leitores poderem comparar, nesta mesma semana o Cidade de Tomar dedica 12 páginas ao desporto, enquanto que O Mirante, jornal regional, se contenta com 6 páginas desportivas e O Ribatejo, igualmente regional, se fica pelas 4.
Mas também é verdade que o Orçamento da Câmara de Rio Maior é de 32 milhôes de euros, e o concelho avança a olhos vistos, contra 57 milhões em Tomar, cuja situação é conhecida de todos. Tudo leva a pensar que há-de haver por aí vários disfuncionamentos devoradores orçamentais, mas a comunicação social local, (por enquanto?), guarda do Calado o prudente silêncio.
No Cidade de Tomar, destaque para mais um acidente no paredão ali junto à nova Ponte do Flecheiro, bem como uma peça bem documentada sobre a recente sessão da Assembleia Municipal, durante a qual dois presidentes de Junta do PSD se manifestaram contra o executivo, igualmente do PSD. Os corajosos foram o presidente das Olalhas e o de S. Pedro. Se a moda pega, ainda vamos ter ocasião de ouvir e ler do bom e do bonito, que aqueles autarcas sabem muito mais do que aquilo que dizem. Ainda no semanário da Praça da República, geralmente tão recatado, uma opinião surpreendente. A Chefe de redacção incluiu, nos 12 pedidos para 2009, a construção de um Forum. Quem diria!
O semanário O Ribatejo manifestamente não tem ninguém aqui no concelho. Semana após semana, aparentemente nada acontece aqui em Tomar, se nos guiarmos por aquele semanário. Seja qual for a razão de semelhante e prolongado mutismo, temos de reconhecer que não é justo. A época é de crise, mas por enquanto ainda estamos vivos. E enquanto há vida... Acresce que a autarquia continua a enviar a sua publicidade paga, pelo que deveria haver retorno noticioso.
No Mirante, pode ler-se uma entrevista de duas páginas com António de Sousa, director artístico da Casa-Memória Lopes Graça, o caso do rapto de rapariga adolescente com fins sexuais, a proposta de PS de bicicletas gratuitas na cidade e a muito contestada aprovação do Orçamento autárquico para 2009.
A fechar, a "prata da casa", pois também integramos a comunicação social nabantina. Tomar a Dianteira falou com o vereador Carlos Carrão, na tentativa de saber as últimas. Na sequência da breve troca de palavras, podemos dizer que: 1 - Por enquanto nada de novo. 2 - "Vale mais morrer reinando do que viver servindo." 3 - "Não podemos esquecer que a palavra dada tem muito valor." 4 - Continuam as pressões de toda a parte e "dividir é favorecer terceiros."
Bom Natal!

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