Obrigado pela sua participação empenhada. Agradeço também a sua preocupação para comigo, esclarecendo que não estou de modo algum perdido. Apenas limitado pelos recursos locais e pelo âmbito da minha colaboração, que não visa um público universitário.
No que se refere a Max Weber e à ética, nada mais lhe posso acrescentar, pois apenas pretendi vincar dois aspectos: que as coisas não acontecem por acaso; que nem todos têm com o dinheiro a péssima relação que os portugueses em geral têm, o que contribui para explicar o nosso atraso recorrente e muito mais.
Quanto ao desejo mimético, mais conhecido por estas bandas como inveja, cobiça, ganância, ganhunça, avidez, garganeirice, só lhe posso aconselhar a leitura atenta do pensador francês René Girard. Li em tempos duas obras dele -Des choses cachées depuis le début des temps e Mensonge romantique et vérité romanesque- que me marcaram profundamente pela sua originalidade de pensamento. Creio que não existem em versão portuguesa.
Sobre as minhas intenções ao escrever sobre a crise, como decerto sabe, nem sempre os leitores compreendem aquilo que um autor pretende transmitir, sobretudo quando se trata de temas áridos como os do domínio da economia política. Por isso, julgo que o melhor será aguardar as reacções finais, para então tentar esclarecer da melhor maneira possível, se tal for necessário.
Saudações cordiais.
António Rebelo
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