Futuro incerto para a imprensa
Sebastião Barros com a redacção de TaD
Agrava-se singularmente a crise económica mundial, alastrando como mancha de óleo a todos os países e a todos os sectores. Após o colapso da moeda islandesa e da divisa húngara, chegou a vez da libra inglesa e do dólar americano, ambas moedas de referência. A moeda inglesa, que valia há um mês 1,30€, cotou ontem 1,05 contra o euro, no mais baixo valor de sempre, desde que existe a divisa europeia, e com tendência para piorar. Quanto ao dólar, apesar de se encontrar praticamente a juro zero, continua a perder valor face ao euro e ao yen. Há seis meses, um dólar valia 1,20€; ontem já se comprava a moeda americana a 0,80 cêntimos de euro por cada dólar.
Nesta conjuntura económica, aumenta o desemprego, baixa o consumo, encerram empresas. No sector da imprensa, o grupo Chicago Tribune está com sérias dificuldades, enquanto o New York Times, o jornal de maior tiragem nos USA (1.250 mil exemplares por dia), foi forçado a hipotecar a sua imponente sede em Manhatan (Centro de Nova Iorque), para poder cumprir compromissos inadiáveis.
Aqui ao lado, em Espanha, o grupo PRISA, que controla entre outros o conceituado diário El País, também enfrenta sérias dificuldades.
Em Portugal o grupo Impresa, de Pinto Balsemão, proprietário do semanário de maior circulação no país, o Expresso, pretende dispensar 125 pessoas desse jornal, o que corresponde a cerca de 25% do total. Também em Lisboa, o Jornal de Negócios experimenta grandes dificuldades, que têm vindo a agravar-se. Em todos estes casos críticos são apontadas as mesmas causas: aumento dos custos, quebra na publicidade e na circulação paga.
Na nossa cidade, de acordo com as informações recolhidas por TaD, a situação também está muito longe de ser brilhante. Cidade de Tomar estará com sérios problemas de tesouraria, provenientes de excesso de pessoal, aumento de custos, quebra na procura de publicidade e nas vendas em quiosque. Enquanto isto, haverá cada vez mais assinantes que se vão esquecendo de liquidar os seus compromissos para com o jornal. Alguns poucos por nós contactados asseveram que não pagam, dada a fraca qualidade redactorial do jornal. Em tempos conturbados, qualquer desculpa serve.
Pelas bandas do Templário, após a separação da Rádio Hertz, houve aquele diferendo Isabel Miliciano/Manuel Faria, que este ganhou em tribunal. Na sequência dessa sentença, estamos em condições de informar que Faria mandou penhorar 80% do Templário, bem como uma percentagem que não conseguimos apurar da moradia que Isabel Miliciano possui, e onde habita, na Freguesia de Carregueiros.
Pessoas ligadas a estas questões de execuções de sentenças, opinaram estarmos perante uma decisão ditada sobretudo por mera sede de vingança, pois nas actuais circunstâncias os bens penhorados dificilmente encontrarão compradores, caso cheguem realmente a ir à praça. No caso do jornal, por causa da presente situação de crise, que tende a agravar-se e não poupa nada nem ninguém. No caso da moradia, porque está hipotecada a um banco e habitada, sendo que na conjuntura actual nenhum banco responsável estará na disposição de ficar com mais "um menino nos braços", quando a tendência é para ninguém comprar, ficando na expectativas de ainda maiores quedas de preços.
2 comentários:
Caro Rebelo
Liguei para sua casa e ninguém atendeu.
Só lhe queria agradecer a notícia sobre a penhora da minha casa e do Templário. Fico a saber através do seu blog destas novidades delirantes. Idênticas às que revelaram ter sido apanhado a "comer uma gaja" na capela de N.ª Sr.ª da Conceição. Enfim...
Bom Natal
José Gaio
Caro José Gaio:
Contactos feitos, garanto-te que não tem nada de delirante. Foi o próprio M. Faria que confirmou a facto há dois dias, portanto já depois do regresso da China. Lastimo que a notícia te irrite e garanto-te que o blogue está às tuas ordens para eventuais respostas ou correcções.
AR
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