Com tanta gente a dar música aos contribuintes, pareceu adequado começar com uma ilustração do MIRANTE cor de rosa, que sempre é música apenas a brincar. Já a notícia da página três parece de bico amarelo, posto que os dois jornais de Tomar nada dizem sobre o assunto. Não sabiam?
"Antigo fiscal", refere o texto. Demitiu-se? Foi exonerado? Beneficiou de aposentação compulsiva? Haja algum jornalista a operar em Tomar que honre a carteira profissional, aprofundando este assunto.
A divergência política de José Vitorino "por razões de consciência" faz a manchete de CIDADE DE TOMAR. Entretanto já houve a discussão e votação do mesmo documento na Assembleia Municipal, onde obteve a maioria de votos dos presentes, mas acabou rejeitado, por não ter conseguido os indispensáveis 19 sufrágios favoráveis.
Resta ao vereador Vitorino admitir que votou em vão e agir em consonância. Caso o não faça, vamos ter direito a um longo diferendo, cujos contornos não vão ser nada bonitos, uma vez que até já foi despromovido pelo secretariado do PS, que nomeou de facto Luís Ferreira como porta-voz do partido no executivo, ao arrepio do que deveria ser, pois Vitorino encabeçou a lista eleitoral. Face a tal desautorização, continuar a exercer o mandato só pode causar problemas a ambas as partes, agora divorciadas após um consórcio aparentemente feliz de sete anos.
Para ler, reler e meditar, temos "Um congresso esclarecedor", subscrito por Luís Maria Pedrosa Graça, do qual se destaca este excerto: "Seguiu-se o Dr. Paulo Alcobia Neves, com a calma discursiva de quem projecta uma série de diapositivos, onde a sequência de possíveis iniciativas foi pingando como "torneira mal apertada". Impecável a moderação do prof. Clemente Pedro Nunes." Sucede que o moderador deste painel foi na realidade Appio Sottomayor... Acontece aos melhores.
"Congresso de Tomar ultrapassou expectativas" diz O TEMPLÁRIO na página 2. Deduzo que se refere tanto à quantidade como à qualidade dos intervenientes e dos espectadores. Nesse aspecto tem razão. Foi realmente a primeira "formatura geral" daquilo que em tomarês se costuma designar por "boa sociedade", "boas famílias" ou "homens bons" de Tomar. Quanto às consequências práticas, vamos aguardar que passe esta fase de congratulações recíprocas, para ver resultados palpáveis. Se vier a haver, dado que, como é sabido, nos países do sul a oratória tende a substituir a acção.
Na página três há um "apanhado" da comunicação de José Gomes Ferreira, muito útil para quem não tenha tempo ou meios de acesso ao site da Rádio Cidade de Tomar, onde se pode ouvir e ver a citada intervenção.
1 comentário:
DE: Cantoneiro da Borda da Estrada
N"O Templário" destaco esta semana o artigo de Fernanda Leitão, onde escreve:
"Em Portugal, as elites traíram sempre. O povo nunca traíu. É soberano no que a palavra tem de autoridade moral".
Sobre o Congresso de Tomar, Gomes Ferreira, moço de recados deste governo, que persiste em mergulhar-nos numa tragédia, tem honras de primeira página. A televisão tem muita força... Nos poucos momentos que estive presente, aplaudo a intervenção de Paulo Alcobia sobre Turismo, e pela negativa uma intervenção (não me ocorre o nome) a arrear na actual juventude - fez-me lembrar os tempos em que jovens eram levados à esquadra (aconteceu em Tomar também) por usarem cabelo comprido...
"Temos de mudar!", foi a tónica da intervenção de JGF. Temos, quem?!
Repito as palavras de Fernanda Leitão: "Em portugal, as elites traíram sempre!". E essa tem sido a nossa desgraça. Parte das nossas elites traem sempre quem os pariu, alimentou e suportou encargos com seus estudos: o povo!
Onde se opera essa degeneração?
Há quem queira um novo povo - não um mundo novo!
Quem souber que responda.
(É muito estranha a ausência, neste momento crítico que vivemos, do movimento estudantil universitário... - não debate, não se move, não se ouve! Que se passa...?)
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