quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Tendo em vista as autárquicas 2013 - 2

Foto O MIRANTE
As sessões da Assembleia Municipal são cá uma seca! Com a agravante de apenas haver garrafinhas de água para molhar a palavra. Se houvesse outros líquidos mais animadores, até a votações passavam logo a ser diferentes!


Abstive-me de fazer prospectiva no escrito anterior, pois não era essa a intenção. Acontece contudo, que o futuro é o único sítio para onde podemos ir, de boa vontade, indiferentes, arrastados ou empurrados pelos circunstâncias. Com ou sem planos; com ou sem líderes à altura da situação. Como bem sabem os que vivem por estes lados, infelizmente por aqui o pior é sempre o mais provável. Basta atentar um bocadinho no executivo e na assembleia que teoricamente nos deviam governar desde 2009, mas que...
Pois para a próxima consulta quer-me parecer que as perspectivas não se apresentam para já nada brilhantes. Nem para lá caminham. No estado actual das coisas, que em princípio pouco deverá variar até Outubro 2013, uma vez que os tomarenses repudiam maioritariamente a evolução, repetido sempre os mesmos erros, que depois atribuem aos outros (Quem é que hoje admite que votou com entusiasmo em António Paiva, três vezes seguidas? Poucos ou nenhuns, não é assim? E no entanto o homem teve amplas maiorias absolutas, que lhe permitiram agir como um ditador, sem o ser), o melhor que nos poderá acontecer será uma cópia do que existe, ainda que eventualmente com outras caras: 3 PSD, 2 PS, 2 IpT. Muito aquém -ia a escrever "exactamente o contrário"- daquilo que nos convinha. Mas há pior.
A presente cavalgada solitária e por isso quixotesca de Carlos Carrão face à atitude firme da direcção local dos laranjas, que o exclui como candidato do partido, deixa antever que poderemos vir a ter de escolher em 2013 entre quatro listas de peso sensivelmente equivalente. Todas com actuais e futuros eleitos: PSD, PS, IpT, ICC, sendo ICC o hipotético acrónimo de Independentes Carlos Carrão. Caso tal venha a suceder, adeus hipóteses de reverter a actual trágica situação que é a nossa. Se com 3-2-2 já ninguém se entende, imagine-se o que será um executivo tipo 3-2-1-1, integrando tarimbeiros conhecidos mas sem rasgo e noviços cheios de ilusões, mas carecidos de capacidade de liderança e de arcaboiço político.
A menos que, como parece indiciar a foto supra, venha a haver uma convergência independente, congregando dissidentes rosas e dissidentes laranjas. No meu tosco entendimento, seria pior a emenda que o soneto, como mostra o actual desaguizado Vitorino (ex-vereadorPSD)/PS. Mas em Tomar já pouco ou nada me surpreende. Em qualquer caso, o actual presidente da edilidade não tem qualquer hipótese de ganhar, mas pode evitar que o PSD ganhe, tal como os IpT contribuiram para a derrota do PS em 2009, sacando-lhe votos. Parafraseando Vasco Pulido Valente, isto está a ficar cada vez mais perigoso!
À cautela, já providenciei no sentido de irem arejando e aprontando a casa que temos em Caxarias (Ourém), onde já habitei durante alguns anos. É outro clima, outra gente e não fica numa cova.

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