sábado, 25 de setembro de 2010

MAIS ESPLANADAS DA EUROPA...

Como não havia ainda espaço suficiente para esplanadas junto ao Nabão, vá de fazer mais uma, pomposamente designada por "deck". Desta vez entre a Ponte Nova e a Moagem Velha. Os tomarenses por nós contactados disseram que já nada lhes admira, mas que deve tratar-se de mais uma obra para armar aos cucos. De forma a poderem apreciar as pombinhas e pombinhos que ali vêm dar de beber à dor...
Do lado oposto, o longo e inestético paredão continua deserto, servindo apenas para armar ao pingarelho, que ninguém sabe o que seja realmente. Assim como, mal por pal, ninguém entende porque razão a muralha não vai até à Ponte do Flecheiro. Perdido por cem, perdido por mil. São obras geralmente tão manhosas que nem as asneiras levam até ao fim, como seria o caso.
Nas traseiras do paredão, esta estranha bancada, com degraus enormes, continua a intrigar os moradores da zona. Tanto mais que vedou o acesso de dois cidadãos a espaços construídos de que são proprietários ou arrendatários. A única explicação plausível é que se trata de uma bancada destinada a olhar para trás, para o passado. Será? Até nova explicação mais convincente por parte da autarquia, é mesmo!
Naturalmente que, com tantas obras até agora inúteis, os abundantes fundos europeus derretem-se como neve ao sol. E visto que o euro, apesar de ser uma moeda tão forte quanto o dólar americano, não é elástico, a autarquia não tem dinheiro para tarefas de primeira necessidade. Limpeza da cidade, manutenção dos espaços verdes, remoção dos presentes dos cães, limpeza do rio, desinfecção das sarjetas e sumidouros, reparação atempada da calçada, por exemplo na Ponte do Flecheiro, etc etc. A tal gestão atempada dos assuntos correntes. Ignorando-se igualmente quais sejam os objectivos, a táctica e/ou a estratégia do município, para além da manutenção do poder por parte da ocasional coligação contranatura, os eleitores começam a arrepender-se de terem ido votar. O que é muito mau para a democracia, como a seu tempo se verá...

2 comentários:

Anónimo disse...

Dá vontade de rir, embora não o devessemos fazer. É isto a cidade do sucesso, a do planeamento bacoco!
Abraços.
JSR

Anónimo disse...

O problema de Tomar é este:
-Ter casas e não ter novos residentes
-Ter novas escolas e não ter população escolar suficiente
-Ter esplanadas e não ter turistas nem residentes com poder de compra para as frequentar
-Ter hospital mas ter poucos serviços nele
-Ter ensino superior mas não atrair alunos de outras zonas.
A continuar assim há que investir em lares para idosos e ampliar o cemitério!Chega.
Pedro Miguel