Quatro aspectos da edição deste ano da multicentenária Feira das Passas, que já foi uma referência na região, pela genuinidade dos seus produtos e respectivos preços. Destaque para o saibro lavrado e o candeeiro decrépito, na primeira foto; a curiosa arrumação das bancas, na segunda; uma vista do conjunto, na terceira, ; e o esgoto provisório das casas de banho temporárias. Se fosse um particular a fazer semelhante coisa, a câmara multava-o logo e a ASAE não perdoava. Esgoto com coliformes fecais a céu aberto?! Nem pensar!!! Mas tratando-se da Comissão da Feira de Santa Iria...
Quem se dê à pachorra de ouvir as queixas dos comerciantes da parte antiga da cidade, sabe que as queixas são muitas, que o negócio vai de mal a pior. Entre elas, avulta a de que os turistas/visitantes/clientes não vêm até ao centro, nomeadamente por falta de estacionamento gratuito. Procurando remediar a problemática situação na medida do possível, o vereador Luís Ferreira determinou que a Feira das Passas fosse instalada na Praça da República. Assim se fez, salvo erro durante dois anos. Este ano porém, alguém -que não se sabe quem tenha sido- viu a coisa de outra maneira e decidiu que ao lado da Igreja de S. Francisco é que era bom.
Vereadores contactados garantiram a Tomar a dianteira que nunca o executivo debateu tal problemática. Deve ter sido por conseguinte a Comissão da Feira da Santa Iria, presidida pelo vereador Perfeito, a mãe da criança. Baseada em quê, eis o que falta apurar. Tal como a legalidade da referida comissão, que até tem autonomia financeira, mas salvo erro nunca submeteu as suas contas ao crivo da Assembleia Municipal. Está mal!
Nalguns cafés da cidade pode ler-se "saladas várias". A autarquia está na mesma. Só em relação à Feira de Santa Iria já temos a mudança inopinada da Feira das passas, o diferendo com a Rádio Hertz e a eventual ilegalidade da comissão.
Tudo isto sob a égide de um presidente por substituição, que indica no seu currículo "Dr. Carlos Carrão, Licenciatura em Economia (inc.), Possuo uma vasta experiência autárquica, que se deu início (sic) como secretário da Assembleia de Freguesia de Casais, entre 1985 e 1989." (Colóquio sobre património e turismo, Centro Cultural da Barquinha, 20/21 de Outubro, IPT, CPH, ITM, Município da Barquinha, CV dos participantes.)
5 comentários:
Vou confirmar a informacao, o professor tem a certeza, pois a quem diga que ele nao acabou o curso. O professor tem apurar a verdade, pois esta informacao e de fonte segura.
Sem dúvida. Ele próprio indica a seguir a Licenciatura em Economia (inc.) = incompleta. Agora só falta saber se muito se pouco incompleta.
É que é mesmo "lorpa"!
Tanto tempo a conviver com o Relvas e não aprendeu nada...
Qual a relevância desse tema para os Tomarenses e para Tomar!?
Penso que nenhuma.
Será necessário ter uma licenciatura!? Não me parece,sendo um bom exemplo as pessoas que(des)governaram Tomar e o País desde 1975 até aos dias de hoje.
A propósito deste tema, sempre direi:- para que serve um falso canudo? Por que mordem agora em C. Carrão, se ele nem diz ter um Dr. atrás do nome? Serão estes já os convenientes temas pré-eleitorais? Aquilo que eu penso acerca de canudos, pode ser visto no poema que abaixo vos deixo, e que foi feito a própósito de alguém pouco independente licenciado a um santo domingo, por um "frade" de Arouca!!!
MISTERIOSOS CANUDOS
(Chiste para um chico-esperto)
I
Por ter havido alguns favores, e mui mistério...
De canudos houve muito quem falasse…
Mas o que importa é ser competente e sério,
Existem Homens que ergueram seu império...
Apenas só com honrosa quarta classe!
II
Mas há outros, cuja vaidade fútil e cega...
Muitas vezes em brios se ultrapassa...
Por isso mil ciladas ela lhes prega,
E lhes põe suas vidas em desregra...
Levando-os ao vexame... e à desgraça!
III
Lá vem o dia em que cai sobre a cabeça,
Justo castigo a esta estirpe ambiciosa...
Toda a tramóia é desmontada, peça-a peça,
Tudo desaba com tal fragor... e tal pressa,
Sendo tocados pela desonra vergonhosa!
IV
Vêm queixumes, que suas vidas são um calvário,
Das más acções só esperavam colher mel...
Porém, a sorte, roda às vezes ao contrário,
E ajusta-lhes as contas do rosário...
Deixando-lhes na dourada taça o amargo fel!
V
É o fim do mito... e da torpe valentia...
É o fim da carapaça, tampa infame!
Os que procuram exceder-se em ousadia...
Na base da trapaça... da cobardia...
Só merecem ser chumbados no exame!
Tomar – 24 09.2007.
Autor: Alfredo Martins Guedes
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