Foi notícia a nível internacional que no Brasil, onde o voto é obrigatório, 140 milhões de eleitores foram às urnas, para eleger a vereação de cinco mil e quinhentas cidades. Em Portugal, onde o voto é livre, nas autárquicas de 2009, 5 milhões e 500 mil leitores, de um universo de apenas 9 milhões e 400 mil inscritos, foram às urnas para eleger os autarcas de 4.260 freguesias e só 310 câmaras municipais. A diferença é de tal ordem que não pode deixar de levar a pensar um bocadinho na nossa vida política. 140 milhões de brasileiros elegem os gestores de cinco mil e quinhentas cidades, enquanto apenas 5 milhões e meio de portugueses escolhem os gestores de 4570 autarquias?!? São os nossos irmãos do Atlântico sul que têm autarquias a menos? Ou somos nós que temos autarquias a mais?
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1 comentário:
Caro professor,
Má vontade de novo!
Ainda que parcialmente de acordo com o que deixa subentendido, não se podem comparar realidades diferentes. São Paulo, p.e., tem 7.100.000, sete milhões e cem mil eleitores. O estado do Rio de Janeiro tem onze milhões, oitocentos e noventa mil, que elegem 51 membros do executivo municípal e 1.581 vereadores, tendo a cidade "apenas" 4,2 milhões. A proporcionalidade será sempre diferente, devido à enorme concentração de eleitores. Provavelmente, se comparar todos os eleitos, percentualmente, terá uma surpresa!
Mas comparemos com França, que conhece e eu não, vali-me de umas pesquisas na net: 45.000.000, quarenta e cinco milhões de eleitores, 36.821 "mairies" ( desconheço o n.º de elementos de cada órgão, mas será certamente proporcional ao n.º de eleitores ); percentualmente, um pouco mais de 12%, menos cerca de 8% que em Portugal, que tem cerca de 20%; não podemos contudo descartar os 348 senadores, os 1.879 conselheiros regionais, os não sei quantos conselheiros gerais, os 377 prefeitos e vice-prefeitos, a juntar aos 577 deputados. Deve andar ela por ela.
Se eu estiver completamente enganado (o que admito, porque foi difícil a pesquisa), faça o favor de me corrigir, para bem da sanidade mental dos seus leitores.
Cordialmente
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