sábado, 5 de maio de 2012

Acampamento do Flecheiro: uma situação com muitos Pês

Interpelado por Augusto Barros (IpT), presidente da Junta de Freguesia de S. João, na recente sessão da Assembleia Municipal, sobre a questão da comunidade ciganado Flecheiro, o presidente Carlos Carrão teve pelo menos uma virtude -foi sincero. Reconheceu não ter neste momento a autarquia qualquer solução para aquele problema. Trata-se, como os leitores bem sabem -sobretudo os que habitam ou trabalham naquela zona- de uma triste situação com muitos pês: problemática, perigosa, preocupante, porca, promíscua, pestilenta, patusca, paradoxal... Que se vai agravando com o tempo. Como bem referiu Carlos Carrão aqui, ao princípio eram poucas famílas, mas agora já ultrapassam as sessenta, o que representa cerca de 200 pessoas. E o aumento é exponencial. Tudo num microcosmo sem água corrente, sem instalações sanitárias, sem instalação eléctrica conveniente, sem saneamento e sem limpeza, com cães, patos e ratos vivendo praticamente em comum com seres humanos, portugueses e tomarenses como nós. 
E a autarquia, através do seu líder, reconhece não ter solução, nem planos, nem ideias, nem vontade de procurar estas para implementar aqueles. Situação paradoxal, posto que a União Europeia dispõe de vários projectos generosamente dotados e até os próprios ciganos sabem muito bem aquilo que querem. Aquando daquela estapafúrdia ideia de os alojar na Zona Industrial, um dos patriarcas com quem costumo falar, explicou-me em detalhe como pretendem sair dali, quando, como e para onde. Resta portanto à autarquia, que afinal alberga mais de 500 funcionários e 42 eleitos (7 executivos + 35 na AM), meter mãos à obra, se querem evitar que os eleitores formulem uma vez mais a usual e incómoda pergunta: Afinal estão lá a fazer o quê?
Ao contrário do que proclama o conhecido anexim árabe "Dá tempo ao tempo, que o tempo tudo resolve", neste caso quanto mais tarde pior. Há no acampamento cada vez mais famílias ciganas aguardando uma solução, com o consequente e perigoso agravamento da situação sanitária.

2 comentários:

Pata Brava Tomarense disse...

Professor Rebelo como mortais que somos informo que o vereador masculino dos IpT está doente mas não quer que saibamos. Afinal também é feito de carne e osso. Vamos ver como as coisas lhe correm mas mesmo doente não deixa de ser egocêntrico, vendido e mau.

Luis Ferreira disse...

Estimados bloggers

Informo que sobre a questão das famílias ciganas tive oportunidade, na qualidade de vereador da proteção civil propor ao anterior Presidente, por escrito, o inicio de uma solução para o problema.

Foi aliás no âmbito dessa estratégia que defewndi, que iniciei em Setembro de 2011 uma relação de confiança com a ACMET, que visava desenvolver uma parceria estrat+egiaca, onde naturalmente se inseria a Junta de Freguesia de S.João Batista, para a melhoria das condições humanas e a resolução a médio prazo do problema.

Como sabemos a inteligência emocional do anterior inquilino da presidência da CMT não era a mais adequada para a função, nem tão pouco se espera que o atual esteve melhor preparado, pelo que teremos de aguardar serenamente pelas eleições de setembro de 2013, para darmos uma definitiva solução democrática ao nosso Concelho.

Com os meus melhores cumprimentos

Luis Ferreira
Vereador e libertário "encartado"