quinta-feira, 31 de maio de 2012

Temas da imprensa local e regional






Começo com um recado aos cada  vez mais leitores insatisfeitos, que me têm vindo falar sobre a imprensa local. No meu entender, devem ter a honestidade e a frontalidade de escrever ou dizer isso mesmo directamente aos responsáveis dos ditos semanários. Por duas excelentes razões: A - Não faço parte de qualquer das redacções. Os textos publicados com o meu nome em CT são copiados de Tomar a dianteira, naturalmente com o meu acordo. B - Diz o povo, cheio de bom senso, que "Quem tem boca não manda soprar."
Quanto aos temas em destaque, o relevo vai com satisfação para a última página do Jornal de Leiria, onde a leitora São Fernandes usa a habitual secção "Viagens (fora) da minha terra" para louvar o trabalho cultural do Fatias de Cá, cujo motor é, como se sabe, o incansável Carlos Carvalheiro. Temos assim que aquilo que os tomarenses em geral continuam a ignorar, agrada sobremaneira a muitos visitantes. A demonstrar que estamos perante um dos raros percursos locais com estofo, fôlego, envergadura, qualidade, originalidade e modernidade. Força Carlos!
No Cidade de Tomar pode ler-se, na página 3, uma "Carta aberta ao presidente da edilidade tomarense." Nela, num estilo escorreito, o tomarense António Gabriel Cupertino Marques incita Carlos Carrão a actuar quanto antes e em diversas áreas. Infelizmente, não especifica como ou com que meios. Fica-se pelas generalidades, sem nunca descer aos detalhes práticos, ou ascender às sínteses. É pena. Mas se bem entendi, há pelo  menos a intenção de espevitar o eleito adormecido. Ou estarei a ver mal?
Mais adiante, na página 13, Mário Reis continua a tentar defender a sua dama, desta vez com uma crónica intitulada "Tomar na via para o inferno ou em desenvolvimento de marcha atrás?" Pretende que o troço do IC 3 que faz de periférico à cidade, não venha a ser portajado. Era bom era! Mas o tempo das benesses acabou e não mais voltará. Entrámos na era do utilizador-pagador, que durará enquanto houver dívida pública. Para sempre, por conseguinte. Contudo, pode o amigo Mário Reis dormir descansado, se conseguir. Tanto quanto sei, não estamos nem caminhamos para o inferno. Limitamo-nos por enquanto a andar à roda no purgatório nabantino. Cabe aos eleitores, no próximo ano o mais tardar, decidir se querem continuar assim, ir para o inferno ou tomar café no paraíso, sem terem de frequentar o café da Corredoura. Oremos, irmãos!
Nos outros dois semanários, não li esta semana nada que, no meu tosco entendimento, mereça especial referência. Deve ser da crise...

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