quinta-feira, 17 de maio de 2012

Temas da imprensa local e regional





Estive para deixar de escrever sobre a imprensa regional, mas depois lembrei-me dos tempos vividos longe de Tomar e do prazer que era ler as gazetas da terra...
Esta semana, como é habitual, são raras as notícias de índole política. No Mirante escreve-se que a crise também já chegou ao comércio religioso de Fátima. Estavam à espera de quê? Os milagres, mesmo quando chegam a acontecer, nunca são definitivos. Como de resto reza a nota no ângulo inferior esquerdo do semanário da Chamusca: "A gráfica Mirandela, a maior e a mais prestigiada das gráficas portuguesas, caiu depois de quase um século de laboração." Lá se foi mais um milagre. O que obrigou a agregar as edições Médio Tejo e Lezíria do Tejo.
No Templário, além da cobra capturada no Café Santa Iria e dos "assaltos - relâmpago". Pareceu-me oportuno reproduzir dois anúncios, que considero excelentes documentos sociológicos:



Em relação ao segundo até suspeito que poderá tratar-se de algum piloto aviador, no duplo sentido do termo. Piloto da aviação e piloto para aviar senhoras bem aviadas. Aquele "senhor de boa família" pode muito bem trazer água no bico, em vez de brevet ao peito. Mas devo estar enganado...
Ainda no semanário dirigido por José Gaio, destaque para um excelente texto de Godinho Granada, com o rol de vicissitudes históricas do caminho de ferro em Tomar. Bons tempos! Agora estamos como é sentido por todos.
"João Henriques considera absurda a extinção da freguesia", refere Cidade de Tomar. Trata-se do presidente da Junta de Freguesia de Além da Ribeira. Que na sua óptica até é capaz de ter razão. Na verdade, bem vistas as coisas, extinção de freguesias, redução de salários e pensões, controlo orçamental das autarquias, memorando da troika, austeridade em geral, tudo não passa de um absurdo.
Só a dívida pública e privada dos portugueses, que corresponde a 278% do PIB, não é nenhum absurdo, pois ninguém nos forçou a pedir dinheiro ao estrangeiro...
Enfim, sempre poderemos enveredar pela via radical grega, proclamando à cidade e ao mundo que não pagamos! Não pagamos! De preferência durante uma procissão das velas. Para que mais tarde a Cáritas nos garanta pelo menos uma sopita por dia. À borla, pois então!

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