Quase concluídas as obras de restauro do magnífico edifício do Turismo Municipal, construído nos anos 30 do século passado com elementos arquitectónicos anteriormente recuperados, aquando da demolição de várias construções do século XVI. A Janela de Canto foi da casa de Frei António de Lisboa, na esquina nordeste da Rua de S. João com a dos Moinhos. As cantarias da porta principal eram as da primitiva entrada no Edifício dos Cubos.
Dois detalhes do mesmo edifício renascença. Vendo-se elementos de plástico de 5ª categoria misturados com abóbadas, janelas, floreiras e postigos de traça clássica. Se fosse uma obra particular, o proprietário estaria a esta hora a contas com os senhores chefes camarários da especialidade. Tratando-se de obas municipais, siga a música que o povoléu não merece mais. É a crise!
Com tanta miséria que por aí há, mal empregados fundos europeus!
Mesmo com problemas de ortografia (que não DEIXAM escrever como deve ser) a ignorância é sempre atrevida. Mas tem razão. Era mesmo um grande favor não se falar mais no alambor, o que permitiria continuar a encher os bolsos de alguns com obras estapafúrdias, pagas a peso de oiro.
Até o arquitecto João de Castilho já está com ar agoniado perante tanta asneira junta.
E o caso não é para menos. Uma vez concluídas as obras, haverá cerca de trinta lugares de estacionamento para ligeiros e nove para autocarros, estes mesmo encostados à fachada norte do monumento. Sabendo-se que no primeiro domingo de Maio, cerca das 10 da manhã, o aspecto era o da foto supra, apesar da austeridade, das portagens, do desemprego e etc., está-se mesmo a ver o que vai acontecer em Julho e Agosto...
Depois não venham com a velha desculpa de que ninguém avisou!
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