sexta-feira, 26 de abril de 2013

Até os americanos se admiram com tanta fartura...


É verdade! Somos tão perdulários, tão estoira-vergas, tão esbanjadores que até já somos notícia por isso mesmo nas colunas do prestigiado Wall Street Journal, uma das bíblias financeiras mundiais. Interessa-lhe? Então faça favor de ler os 3º, 4º e 5º parágrafos da primeira coluna. O seu inglês é curto? Também o meu, mas ainda assim posso traduzir-lhe este último ( e só esse, para evitar rbéubéus, rnhónhós e quejandos): "Um hospital na cidade de Tomar, com 40 mil habitantes, pagou em 2011 210 mil euros em horas extraordinárias a médicos, para manter em funcionamento durante a noite e aos fins de semana a urgência médico-cirúrgica. Durante os períodos referidos, o referido serviço foi usado apenas três vezes, declarou-nos o Dr. Vasco".
Caso único de esbanjamento de dinheiros públicos, que explica muito parcialmente o astronómico aumento dos custos do SNS, de mais de 1.000% entre 1975 e 2012? Era bom era! Infelizmente, por estas bandas, pratica-se sistematicamente a gestão à nabantina, também conhecida por caça ao voto ou compra de consciências. Exemplos?
Ainda recentemente o presidente Carrão informou que os dois parques de estacionamento cobertos provocaram o ano passado um prejuízo de cerca de 80 mil euros, dos quais 7 mil se referem a energia eléctrica para alimentar o ar condicionado dos Paços do Concelho, instalado no ex-ParqT, vá-se lá saber porquê! 
Na área dos transportes, o mesmo senhor Carrão declarou, todo ufano, que os TUT - Transportes Urbanos de Tomar, reduziram o prejuízo em 77 mil euros. Seja. Mas mesmo assim custaram aos contribuintes a bagatela de 240 mil euros = 48 mil contos. Mais de mil escudos por habitante do concelho! Não seria melhor acabar com semelhante regabofe, que prejudica gravemente os taxistas, comprando cadeiras de rodas eléctricas e/ou bicicletas para os mais carecidos? Ficava muito mais barato e era melhor para a saúde de muitos que gostam de andar de cu tremido à custa dos outros.
Na mesma linha, o autocarro do município anda sempre num badanal.  O antecessor, que podia e devia ter sido dado à troca, acabou na mãos do União de Tomar. O actual, não há festa nem dança onde não vá a Constança. À borla. Os felizes utentes, como se diz em burocratês, apenas liquidam (quando liquidam) o combustível e as horas extraordinárias do motoristas, (ignoro se com ou sem IVA e factura).
E o desgaste de material, nomeadamente pneus, óleo, revisões, manutenção e amortização? E os prejuízos causados por exemplo à FATIMACAR - NABANTUR, que é a principal lesada, mas apesar disso continua a pagar as suas contribuições e impostos? E a ideia assim inculcada nas pessoas de que é possível viver à custa do orçamento, naturalmente alimentado pelos outros?
O mais extraordinário é que a oposição maioritária vai-se calando e, como diz o povo, "quem cala consente". E quem consente concorda. Percebe-se. Como se trata de comprar votos, todos querem. O  essencial é continuar com a bola nos pés, mesmo sem marcar golos desde há anos. Ora gaita para gente assim! Acham que... mas isto já lá não vai com achismos. Nem coisa parecida!

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