quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um atentado contra a saúde pública?





As duas primeiras ilustrações acima parecem mostrar que os excelentíssimos autarcas que temos se estão a preparar pela calada para virem a atentar contra a saúde dos consumidores, que somos todos nós. O estado da tenda/mercado provisório, cujo preço de compra teria permitido uma requalificação geral do edifício, está num estado miserável. Entretanto prosseguem as obras, naquele ritmo pachorrento que é timbre da autarquia.
Tudo indica portanto que ainda antes das eleições de Outubro o presidente Carrão vai tentar reabrir o mercado tradicional. Se é essa a ideia, bem pode arranjar outra quanto antes, que esta é um nado morto. O velho edifício tem uma cobertura de amianto, já com mais de 30 anos e em avançado estado de degradação, como mostram os sucessivos remendos. Como o amianto é cancerígeno e está proibido pela União Europeia desde 2005, não parece razoável pensar que a ASAE irá autorizar a reabertura, sem que antes mudem todo o telhado em questão. O que não vai ser nada fácil nem barato.
Mesmo dando de barato que a ASAE, eventualmente bem untada com óleo laranja, consentisse tal crime, haveria logo uma providência cautelar, solicitando o imediato encerramento do mercado. Com fundamento no facto de os três pavilhões nem sequer terem forro, pelo que as fibras que se vão desprendendo das placas degradadas caem directamente em cima de frutas, legumes, peixe, carne e alimentos preparados. As fibras de amianto, uma vez ingeridas junto com os alimentos, ou pela respiração, provocam cancro das vias respiratórias, conhecido em termos médicos por asbestose ou amiantose. É isso que a câmara pretende?

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