sexta-feira, 5 de abril de 2013

Os tomarenses aguentam tudo

Os preços, as taxas, as exigências e os prazos impostos pelo município de Tomar aos industriais e comerciantes, são de tal ordem que já nem os recém-instalados chineses se aguentam. Se eles não conseguem, como vão os outros conseguir?

 Numa factura da água para particulares, um casal que pague 31 euros está a liquidar 16 euros em taxas obrigatórias, entre as quais o saneamento e os resíduos sólidos. O que esta foto mostra faz parte do saneamento, dos resíduos sólidos, da cultura o da educação?

Eis um aspecto parcial da Várzea Grande, o principal parque de estacionamento gratuito da cidade, tanto para ligeiros como para pesados. Consta que o actual executivo já encomendou meio milhar de galinhas poedeiras, para as instalar nos ninhos que estão à vista. Aguarda apenas que o tempo melhore e a água se evapore...

No município é sempre a mesma coisa. A administração custa uma pipa de massa e funciona mal, os serviços de limpeza é como todos sabemos, as obras municipais idem idem. Nestas condições, não surpreende que os parques e jardins também se estejam nas tintas para os espaços verdes da urbe. No foto, o obelisco que comemora a sentença judicial que atribuiu ao povo a posse da sua Várzea Grande.
Foi há quinhentos anos. Onde isso já vai...

Entretanto o ex-vereador Ivo Santos, candidato pelo CDS em Outubro próximo, disse numa entrevista ao Templário que Tomar não aguenta mais quatro anos como estes últimos. Era bom era! Sucede contudo que comerciantes e industriais estarão cada vez mais à beira de ataques de nervos, porque condenados à morte lenta. Agora os reformados, os funcionários e os eleitos -sobretudo os eleitos- estão-se marimbando para as dificuldades alheias. Desde que o pilim vá aparecendo no final de cada mês, o autocarro camarário continuará a fazer milhares de quilómetros, movido a gasóleo IVA e IRS. 
Segundo O PÚBLICO de hoje, Sócrates (o grego antigo, não o delinquente) terá escrito "Se alguém procura saúde, pergunta-lhe primeiro se está disposto a evitar no futuro as causas da sua doença; casó contrário, abstém-te de ajudar." Embora não me conste que o município procure saúde ou peça ajuda, pelo sim e pelo não em Outubro vou abster-me. Para evitar remorsos.

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