sábado, 6 de abril de 2013

Mais uma martelada na fantasia tomarense

De cada vez que nestas páginas tenho a falta de educação necessária para escrever verdades inconvenientes, cai o Carmo maila Trindade. Vem uma chuva de insolências, de insultos, de testemunhos de inveja, de basófia, de hipocrisia, de boçalidade até. Em vão, porque tenciono continuar a escrever exactamente no mesmo sentido. Assim, em matéria de turismo, repito que em Tomar não há praticamente condições para o seu desenvolvimento no actual contexto. Falta mentalidade, sentido prático, afã de criação de riqueza. Donde resulta que o acolhimento é mau, a qualidade pouco mais que reles e os preços de fugir, quando se tem em conta a relação qualidade/preço. E aí temos a explicação para o facto da esmagadora maioria dos visitantes ir ao Convento de Cristo e ala que se faz tarde. O que faria você se chegasse a uma terra, pagasse 6 euros por cabeça para entrar num monumento Património da Humanidade e depois lá andasse, perdido e sem qualquer acompanhamento, durante uma hora ou mais?
Sou pretensioso? Tenho a mania? Gosto de criticar? Sou estrangeirado? Não é isso que está em causa. Nasci e cresci aqui. Do que se trata é de saber se tenho ou não tenho razão. O resto são desculpas de gente ultrapassada há muito pela evolução do mundo.
Para quem tenha dúvidas, aqui vai mais uma opinião fundamentada. De um brilhante profissional de turismo, que tem muito mundo, tal como eu, e que dirige o prestigiado Hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra, de que a sua família é proprietária. É obrigatório ler na íntegra e assimilar, se possível. Está no DN e no JN de hoje.
Depois não venham com a cantiga do costume de que não podiam saber porque ninguém vos preveniu.






1 comentário:

Leão_da_Estrela disse...

Ora muito bom dia, professor.

Não podia estar mais de acordo consigo, neste assunto em concreto! de acordo com todas as permissas.

Já não compreendo o Miguel Júdice. A sua Quinta das Lágrimas é excelente, tem um ambiente óptimo, etc., é de facto algo de muito bom, por experiência própria.
Assim, admito que tenha sido mal transcrito, quando diz: "...trabalham pouco, recebem mal e têm pouco jogo de cintura. São profissionais, mas exageram, são sérios de mais". Ora, se há horários "lixados" em Portugal, são os da hotelaria e turismo, onde se trabalham em regra mais de doze horas diárias média. Pouco jogo de cintura: ele há lá povo mais "desenrascado" que o português? não a tivessem eles e agora a miséria seria ainda mais gritante! e mais afável? é perguntar aos turistas, que o que destacam para além do sol, é a simpatia dos portugueses. E essa de se ser profissional, mas sério de mais, não lembra ao diabo! então um profissional não deve ser sério? o sério será sizudo? mas não dizem os turistas que os portugueses são um povo afável?
Vá-se lá entender estes jornalistas...ou o Júdice, que no "tasco" fino que tem em Lisboa, também não é assim tão alegre e bom profissional como em Coimbra. A culpa deve ser dos trabalhadores, que apesar de serem muito bons, não dão um arzinho de riso...

Agradado por ser um pouco menos gamado, cordialmente

EG