quinta-feira, 4 de abril de 2013

Perseguição? Simples chamada de atenção?

                         

Qualquer que seja a resposta, é por estas e por outras semelhantes que por esse Ribatejo fora se vão rindo dos tomarenses, cidadãos assaz peculiares desta terra à beira Nabão plantada. O que não surpreende. Já no século XVI, Gil Vicente situou em Tomar a acção de seu Auto de Inês Pereira. Nele, uma alcoviteira nabantina arranjou para uma sua conterrânea jovem e casadoira dois noivos. Um jovem, fogoso e bem parecido, mas sem recursos. O outro, um ancião já quase inválido, mas rico. Inês Pereira casou-se com o velhote. Quando depois a questionaram sobre a sua escolha, retorquiu com a agora conhecida sentença "Mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube".
Os séculos passaram mas à beira Nabão os hábitos mantêm-se: os eleitores tomarenses, na sua esmagadora maioria funcionários públicos ou seus familiares, continuam a preferir um asno que os leve a um cavalo que os possa vir a derrubar. O pior vem a ser que, como é sabido, os asnos andam e trotam, mas só os cavalos conseguem galopar. E o Mundo está a mudar a galope, o que nos vai deixando cada vez mais para trás...

Sem comentários: