UMA HISTORIA DE PASMAR
Está na última página do Diário de Notícias de hoje. Assinada por um jornalista branco, Ferreira Fernandes, nascido e educado em África. Li e fiquei banzado. Por isso decidi contar aqui. Para que nunca uma coisa dessas ocorra nas margens nabantinas. De onde saíram os meios para financiar a empresa dos descobrimentos.
Todos sabemos que os Estados Unidos se orgulham de ser a pátria da liberdade. Que já pagaram com muitas dezenas de milhares de mortos em combate a defesa dessa mesma liberdade. Sabemos igualmente que continuam a liderar esse combate à escala mundial, tal como também não ignoramos que acabam de eleger, pela primeira vez, um presidente democrata e afro-americano. Pois foi por tudo isto e muito mais que fiquei de boca aberta após a leitura da tal história, que é extremamente simples e terrivelmente elucidativa.
O cidadão Paulo Serôdio nasceu em Moçambique, filho de portugueses há três gerações em África. Emigrou para os Estados Unidos e naturalizou-se americano. Casado, com filhos, resolveu ir cursar medicina, apesar de já estar na casa dos 40. Na Faculdade de Medicina de Nova Jérsei, em Newark (cidade que fica próxima de Nova Iorque, onde habitam milhares de portugueses e luso-descendentes) pediram a cada um dos alunos que se definisse culturalmente. O sr. Serôdio disse ser "afro-americano branco". Logo uma colega negra se sentiu insultada e reagiu de forma pouco amena. Então o professor ordenou ao sr. Serôdio que nunca mais se definisse assim. Como ele insistiu, foi suspenso das aulas e corre contra ele um processo judicial. Nos Estados Unidos, pátria da Liberdade! A poucos quilómetros de Nova Iorque, a tal que nunca dorme! Numa Faculdade de Medicina! Agora digam-me lá se não é mesmo de ficar de boca aberta??!!
( Os interessados em mais detalhes podem ir ao site da ABC TV, ou ao blogue www.blasfemias.blogspot.com )
11 comentários:
Boa tarde.
É, de facto, uma história inacreditável.
Quando o "politicamente correcto" é levado a este limite só pode ser "realmente incorrecto".
É mesmo uma história de pasmar.
Ao Administrador do blogue,
Talvez seja de mudar o link de blasfémias.blogspot.com, uma coisa infame, como decerto notará se entrar no "blogue" para http;//www.blasfemias.net o site para onde penso queria apontar.
Desculpe o atrevimento.
Muito obrigado senhor Caiano Silvestre! Também me dei conta do equívoco. Peço desculpa a todos.
Muito bom texto, muitos parabéns!
Excelente mesmo. Nunca li nada mais original na forma e conteúdo.
Julião Petrúchio :-)
Se houver alguma dificuldade em mudar o link posso dar ajuda.
Vergonhoso, mas o racismo encontra-se patente em todas as raças. A senhora é de raça negra e nunca viu a África, provavelmente e sentiu-se insultada por ver um branco africano. Mas qual é o mal? Que coisa grotesca essa. Ainda pior são as instâncias legais que fizeram alarde do assunto em vez de o resolverem com um simples esclarecimento cultural entre os intervenientes.A América tem coisas boas mas o que tem de mau chega ao péssimo.
Abraço a Tomar do Anónimo da Parolada.
Muito grato pela sua disponibilidade, senhor Caiano Silvestre. Venha daí essa ajuda, que eu em informática sou um nabo. Se me explicar os "passos" um a um, pode ser que eu consiga.
Tentei, senhor Caiano, mas não consegui. E depois desisti, por estar convencido de que a sua oportuna mensagem de alerta evitou que muitos mais fossem vítimas da minha ignorância. Entretanto a actualidade foi-se perdendo e os internautas emigrando. Obrigado, em todo o caso.
Vá lá! Já começas a admitir que és ignorante! Mais um bocadinho e admites que eu tenho razão noutro assunto!
É tudo uma questão de mentalização.
A mensagem eliminada era minha e foi-o apenas porque era semi-pessoal e cumpriu o seu período de vida.
Sempre que precisar de alguma coisa pode contactar-me via mail e se eu puder estou ao dispor.
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