domingo, 24 de maio de 2009

RONDA DE FIM DE SEMANA

A não existência de um programa claro, dá nisto. Falta de critérios adequados e críticas por fazer e por não fazer. Há quem acuse a autarquia de arboricídio, por causa do infeliz episódio do abate dos plátanos, junto à Igreja de Santa Maria dos Olivais, provocado por falta de adequado planeamento dos trabalhos ali efectuados. Prova disso é que ainda nem sequer concluíram o pavimento da nova praça, porque falta encontrar solução para os sumidouros de águas pluviais, entre a torre e a igreja, e já se admite a hipótese de substituir a gravilha por revestimento mais confortável. A ilustração que publicamos, tirada no antigo estádio, mostra outra faceta do mesmo problema. Árvores decrépitas, em fim de vida, não são sequer podadas, certamente com receio das reacções, sempre inconvenientes em ano eleitoral. Depois logo se verá. Por agora todo o cuidado é pouco.
Outro exemplo flagrante de que os nossos autarcas afinal até gostam muito do verde. A tal ponto que nem mandam arrancar a vegetação espontânea num dos centenários açudes, coisa que sempre se fez, a maior parte das vezes a pedido do Nini Ferreira. Outros tempos...

Bem sei que nos vão acusar outra vez de só gostarmos do que vem de fora, mas ainda assim não resistimos. Em França, para ajudar na luta contra a obesidade e as doenças cardíacas, é obrigatório incluir em qualquer publicidade ou embalagem de produtos alimentares preparados a indicação "Pela sua saúde evite comer demasiado gordo, demasiado açucarado, demasiado salgado. WWW.MANGERBOUGER.FR" Entre nós parece que ninguém ainda pensou no assunto. O que se compreende. Qualquer obeso ou hipertenso, quando questionado, na rua ou num daqueles programas televisivos, garante que até tem muito cuidado com a boca, come pouco, nada de gorduras nem de açúcar. E tudo praticamente sem sal. (Como disse o outro obeso ao seu médico assistente -Só como cozidos e grelhados. Muito cozido à portuguesa e o leitão também é sempre grelhado). E até costuma fazer exercício e andar a pé. É de família sabe!? Um problema hormonal. Até a água me faz engordar, já pode ver!
Mais tarde cá estarão os contribuintes para pagar as bandas gástricas, os internamentos, os bypass e os medicamentos. Sempre fomos assim, íamos agora mudar? Era o que faltava!


Encontrámos este magnífico gastrópode multicolorido rumando para sul, na estrada de Lisboa. Resolvemos parar e travar diálogo. -Então?! De abalada? -Tem que ser. Não me adaptei à vida tomarense. É tudo demasiado lento, demasiado complicado, demasiado triste, demasiado arisco, demasiado conflituoso. Vou em busca de burgos mais amenos. -Mas olhe que ainda assim vivem cá muitos da sua espécie! -Bem sei! Bem sei! Foi isso que me iludiu. Malta nova, sabe! Falta de experiência. Não têm mundo, não podem comparar, é o que é! Quando chegarem à minha idade e à minha vida vivida, farão como eu, vai ver!
Filósofo este caracol!




9 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde.

O que me irrita neste blogue é o tom professoral, sacerdotal, de uma arrogância evidenciada a cada "post", a cada comentário, a cada momento, a cada contradição.

O Dr. fique lá nos seus castelos, no seu ter mundo, que a ralé, esse povo que diz não existir, vai vivendo, vai fazendo, mal ou bem, sem necessidade de messias, de grandes líderes.

A populaça sabe tratar de si e não é preciso ter privado com "o" Cartaxo da Fonseca, não é preciso ter sido formado em Paris VIII, não é preciso ter uma ligação à internet, não é preciso saber montar um blogue, para saber cuidar e amar Tomar.

Mas lá no seu Olimpo, de onde apenas desceu para nos irritar, fique ciente que só no sua cabeça é o último dos que amam Tomar.

Felizmente há muitos mais.

E não são os "caracóis", se calhar devia dizer escargots para mostrar que , da sua mal engendrada metáfora, é gente que aqui trabalha, aqui vive, aqui ama, aqui respira, aqui vive. E que levará Tomar para o futuro.

Tenha um bom dia, senhor marquês.

[Uma dúvida. De tantos possíveis pseudónimos porquê escolher "Sebastião Barros"? Porque não "Narciso"?

Anónimo disse...

Caro/a Senhor/a Anónimo/a:

Ensinaram-me, na altura própria, que que qualquer mensagem, desde que formulada em linguagem aceitável, merece resposta. É o caso da sua e por isso aqui vai.
Diz o/a senhor/a que "O que me irrita neste blogue é o tom professoral, sacerdotal, de uma arrogância evidenciada a cada "post", a cada comentário, a cada momento, a cada contradição."
Naturalmente que tem todo o direito de se irritar, enervar, exaltar, alterar e mesmo de exagerar, como fez. Só não entendo o que (o/a) leva a seguir um blogue que o/a irrita. Algum masoquismo?
Sobre o tom, estamos conversados. Escrita é escrita e cada qual vê nela aquilo que muito bem entende, dentro de certos limites, naturalmente. O meu alegado tom professoral deve resultar de qualquer deformação profissional. Não é impunemente que se lecciona durante mais de 35 anos. Já o tom sacerdotal, será por ter tido vários colegas padres? Por estarmos próximos de Fátima? Influência do "sacerdote" Louçã? Confesso que não sei.
Escreveu depois, designadamente, que "A populaça (sic) sabe tratar de si e não é preciso... (segue uma lista de atributos), para saber cuidar e amar Tomar." E mais abaixo: "...É gente que aqui trabalha, aqui vive... ...E que levará Tomar para o futuro."
E aqui é que a porca torce o rabo (mas não tem gripe, fique descansado). Contrariando o que afirma, nunca pretendi nem pretendo ser o último dos que amam Tomar. Duvido porém que sejam tantos como o/a senhor/a julga.
Nestas coisas não basta dizer. É preciso fazer. E passar à prática é coisa que não tenho visto. Por isso em muita dessa "gente que aqui trabalha, aqui vive, aqui ama... ... E que levará Tomar para o futuro." Nunca tive nem tenho, usando a feliz expressão de Manuel Alegre, feitio de ditador nem alma de lacaio. Assim, decidi intervir após anos e anos de silêncio, apenas porque me faz impressão o estado a que isto chegou. Tanto a nivel nacional como local.
Como país somos, no meu entender, uma anedota em economia, mais precisamente em produtividade. Em termos de PIB por habitante, por exemplo, ocupamos o 15º lugar entre os 27 da União Europeia. Os únicos países ocidentais abaixo de nós são o Luxemburgo, meio milhão de habitantes, e Malta 400 mil habitantes. À nossa frente estão 5 países com população inferior à nossa. Três deles (Dinamarca, Irlanda e Finlândia) têm menos de metade da nossa população. Acha isto aceitável? Apresentável sequer? Chama a isto desenvolvimento? Continua a pensar que "a populaça sabe tratar de si"? E quando, já em 2013, acabarem os fundos europeus, como vai ser?
A nível local as coisas não vão melhor. Infelizmente para todos nós. No primeiro recenceamento eleitoral após o 25 de Abril, Santarém era a 1ª cidade do distrito em nº de eleitores, Abrantes a 2ª, Tomar a 3ª e Ourém a 4ª. Já este ano, os dados são outros. Santarém continua em primeiro, Ourém galgou para 2º, Tomar mantém o 3º e Abrantes passou para 4º. É para este futuro de decadência, de ruína, de miséria, que nos querem levar? Se é, fiquem desde já a saber que continuarei a opor-me com todas as minhas forças à ruína de Tomar, sejam quem forem os causadores.
E não adianta acusar-me disto, daquilo ou daqueloutro. Tenho um projecto para Tomar e continuarei a martelar nisto. Se não o puder levar à prática, pois paciência. Estamos em democracia. Mas não procurem cercear a minha liberdade de expressão, frontal ou lateralmente. Atirar a bola para fora é legal mas agora já dá muito nas vistas.
Prosseguirei, por conseguinte, apresentando factos e números em vez de opiniões, sempre que possível
Cumprimento-o cordialmente,

A. R.

Anónimo disse...

Boa tarde.

Apenas porque foi tão lesto um outro dia em "atirar à cara" um errito do mesmo tipo, chamo-lhe, caro senhor, a atenção para a ortografia da palavra "recenseamento".

Cumprimentos

Anónimo disse...

Deixa o Tó em paz. Faz-lhe um favor: não entres mais neste site. Assim deixamos de lhe dar importância. O homem nunca foi à tropa e nem sabe carregar um saco de cimento. Também detestos marqueses.

Anónimo disse...

Tem toda razão. Agradeço-lhe a sua correcção e, já que estou com as mãos no teclado, chamo-lhe a atenção para a repetição redundante de "aqui vive" na sua mensagem.
Respondendo, bem disposto, às suas perguntas finais -Sebastião porque as pesoas são sebastianistas; anda tudo à espera que apareça um salvador numa manhã de nevoeiro. Ou mesmo numa tarde soalheira. É preciso é que apareça. E quanto mais cedo melhor!. Barros para poder deitar barro à parede. A ver se pega.
Narciso não me agrada de modo algum e nem sequer me reconheço nessa qualificação mítica. Mas gosto muito de bacalhau à Narcisa.

Anónimo disse...

Faltava-nos mais este entendido que apareceu agora a mandar palpites. Carregar sacos de cimento ou ter ido à tropa tem alguma coisa a ver com a actual situação da cidade e do país? Alguma relação com blogues e informação? Com saber escrever ou não?
Por vezes perdem-se excelentes ocasiões de manter o silêncio, ainda por cima num blogue que não é nenhum forum.

Anónimo disse...

"BRINCALHÃO!?

Nem lhe chegas as calcanhares.

Por alguma razão o lema da CDU é:
Rigor, Honestidade e Competência."

Rigor: trabalho com números;

Honestidade: não tenho bens materiais;

Competência: a qualidade do meu trabalho fala por mim.

Bruno Graça: eheheheh, que cromo. Parece um Gnomo, eheheheh.

Anónimo disse...

Camarada o lema é

TRABALHO - HONESTIDADE - COMPETÊNCIA

Não invente.

Anónimo disse...

@ 24 de Maio de 2009 18:49

Touché.

Cumps