Eis, como habitualmente às quintas-feiras, as primeiras páginas dos semanários da zona. Para não ferir ninguém inutilmente, uma vez que a doença tomarense é crónica, limito-me a pedir aos leitores que as leiam com atenção e tirem as suas conclusões. Pela minha parte, apenas destaco duas peças, uma no TEMPLÁRIO, outra no CIDADE DE TOMAR. Aquela é sobre o regresso ao Brasil do Padre Dilceu, após três anos em Tomar. Na hora da abalada, disse coisas que quando bem interpretadas poderão não ser nada agradáveis. A começar pela citação da primeira página: "Aqui não me sinto realizado como padre". Se já nem um sacerdote lusófono se sente bem por estas bandas, que havemos de dizer nós, os tomarenses de sempre?
O outro texto é uma opinião do ex-vereador PS António Alexandre, candidato vencido numa eleição autárquica posterior. Sob o título "Tomar perdeu o comboio" ousa dar nome às coisas e colocar as pessoas nos lugares que realmente ocupam, que não são bem aqueles que julgam ocupar. Mesmo não sendo o estilo de primeira água, julgo que vale a pena ler e meditar o escrito em questão, do qual destaco a parte final: "É isto que me incomoda, indigna e faz tomar posição. Espero que o incómodo de alguns agora, que a coisa chegou longe demais, leve a uma alteração de comportamento dos partidos e dos autarcas, que se mude de página, se fale de progresso, numa época em que muitos já duvidamos do futuro, e com razão. Mas sobretudo, que não se tomem agora decisões sem estudo e ponderação, que não aumentem ainda mais esta desgraça, que tem sido a gestão autárquica em Tomar." Antes já escrevera algo bem esclarecedor sobre o seu posicionamento actual: "Quando os Presidentes da Câmara, não levam a sério estes assuntos [águas e saneamento], quando os vereadores (todos eles) não se interessam sobre este assunto... ...Vejo com apreensão o laxismo dos autarcas e dos cidadãos em geral..."
É tudo por agora. Façam o favor de estar atentos ao próximo texto.
1 comentário:
DE: Cantoneiro da Borda da Estrada
O padre Dilceu terá razão em partir.
Citando o Mestre Pinharanda Gomes,
"Portugal (Europa) é hoje uma sociedade cristã sem Deus" - um cristianismo ateu.
É natural que não se sinta realizado por cá.
Boa viagem de regresso senhor padre.
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