Principais temas da semana

Contrariando o habitual, inicio com três assuntos da secção "Ocorrências diversas": Um homicídio, uma agressão sexual e uma vingança mesquinha. O primeiro teve difusão nacional, chocou muita gente e conta-se em poucas palavras. Determinado cidadão, residente no concelho e treinador de futebol, resolveu assassinar o seu mais velho e íntimo amigo, atirando depois o corpo ao mar da Nazaré. Apenas porque lhe devia dinheiro, que não estava em condições de pagar. Se a moda pega... Vem nos três jornais regionais.

O caso de agressão sexual tem algo de doentio, além de escabroso. Um homem de 53 anos violou uma mulher de 80, que surpreendeu na sua própria casa e durante o sono. O tribunal de Tomar condenou-o a 6 anos e 4 meses de prisão. Poder ser lido na página 6 do TEMPLÁRIO

Quanto à vingança mesquinha, que é noticiada no CIDADE DE TOMAR e no TEMPLÁRIO, atingiu um honrado cidadão, que arrematou uma vivenda na Freguesia da Madalena, num leilão das finanças. Ao tomar posse do bem adquirido, verificou que o anterior proprietário, alvo da penhora fiscal, destruira completamente um anexo e arrancara vários elementos ornamentais exteriores à própria vivenda.

Três casos a dar que pensar, pois me parecem sobremaneira preocupantes. Mostram a lenta mas inexorável erosão dos nossos badalados brandos costumes. Matar um amigo para não lhe pagar, violar uma avó ou praticar uma vingança mesquinha contra quem não tem culpa alguma, três ocorrências no contexto de abandalhamento moral e de perda de marcos referenciais, em que portugueses como nós já não se coibem de agir conforme vêem na Tv. Tristes tempos.

No que concerne à política local, tudo como dantes. Não há notícias relevantes. Apenas uma referência para a ausência de munícipes na mais recente reunião do executivo. Certamente porque já todos perceberam ser inútil lá ir solicitar providências. Devagarinho, mas lá vão aprendendo. Tarda o que nunca vem.

Uma nota final sobre os nossos autarcas e a Internet. Segundo O MIRANTE, Paulo Fonseca, presidente da Câmara de Ourém, anda muito abespinhado com determinado blogue anónimo, que o ataca sem dó nem piedade. A tal ponto que até lhe responde no Facebook, segundo o citado semanário, num estilo nem sempre meigo. Manda a verdade dizer que os autarcas tomarenses nunca honraram Tomar a dianteira com qualquer resposta do mesmo jaez. O que pode significar várias coisas, entre as quais a que mais me agrada. Se nunca responderam terá sido porque também nunca se sentiram assim tão injustiçados. Ou será que tal silêncio resulta apenas do facto de não passarem cartão a quem não foi eleito? Numa terra onde ainda persistem indícios do velho sistema de castas, nada me admiraria que assim fosse.